A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Jesus como Referencial dos Educadores Pós-modernos.

Vivemos em uma época marcada por profundas mudanças, onde a celeridade da informação nos impressiona. Momento marcado e conhecido pela globalização com suas enésimas tendências educacionais. A cada dia que passa surge estudos e teses sobre como fazer com que a educação seja mais relevante, contudo algumas coisas não saem do papel e nem tão pouco funcionam.
Neste ambiente pós-moderno impera o imediatismo e pragmatismo que, indubitavelmente, tem influenciado os docentes que muitas vezes se perdem na tarefa de formar cidadãos. Os núcleos educandários por sua vez, tomados por uma visão capitalista estão mais preocupados com o caixa financeiro do que com a formação do cidadão.
A educação hodierna está em processo de falência em todo o mundo, pois é uma educação que não funciona, não conscientiza, não liberta, não forma cidadão e o pior de tudo é que treina pessoas para o trabalho e não para viver a vida que é o maior tesouro que temos.
Ao olharmos para o trânsito vemos o alto índice de acidentes e infrações que geram perdas físicas e emocionais. Outro fator a considerar são as drogas e os vícios que destroem o indivíduo e o social. Não podemos esquecer os grandes líderes da democracia que se perderam em meio à corrupção destruindo a moralidade e a ética.
Diante de tais fatos, inquiro: por que apesar te todo o conhecimento que as pessoas têm de código de trânsito, cometem infrações? Por que apesar de todos saberem dos malefícios das drogas, se perdem nelas? Por que homens que chegam ao mais alto nível do poder, se corrompem?
A partir dos pressupostos acima, quero enfatizar que o problema não é a falta de conhecimento, nem tão pouco de conteúdos, mas de métodos que sejam eficazes na construção e conscientização do ser humano. Métodos estes utilizados pelo maior Educador que já existiu, pois Jesus conscientizava as pessoas sobre o valor da vida, libertava-as das tradições e preconceitos formando valores para o bem comum e social.
O Mestre dos mestres usava as coisas simples da vida para revelar grandes verdades. Um dos métodos mais utilizados por Jesus eram as Parábolas, que eram histórias ou estórias que tinham como objetivo revelar grandes verdades. As parábolas revelavam o mundo de fora e o de dentro. Nós, educadores precisamos a desenvolver a arte de contar estórias aos nossos alunos lincando-as com as verdades que queremos transmitir.
Outro meio que precisamos resgatar é o método de perguntas e respostas. Jesus sempre inquiria as pessoas sobre os mais variados assuntos para que Ele pudesse falar sobre a realidade das pessoas e ao mesmo tempo fazer com que elas pudessem desenvolver seu próprio conceito sobre determinado assunto. Infelizmente, hoje estamos dando respostas prontas aos nossos alunos criando uma co-dependência e atrofiando o desenvolvimento cognitivo de nossos alunos.
As aulas do Mestre da vida não estavam circunscrita ao ambiente de sala de aula. Enquanto os rabinos da época educavam seus discípulos nos ambientes educacionais, Jesus treinava seus discípulos nos mais variados lugares extraindo lições preciosas por onde passava. Um dos maiores discursos como o “Sermão do Monte” foi dado em uma colina.
Diante de tantos mestres, como os escribas, Jesus se destacava, pois ensinava como tendo autoridade. Este é um fator imprescindível para o educador moderno, pois para se ensinar com autoridade precisa dominar o conteúdo e ser o exemplo vivo do que ensina. Um dos maiores problemas educacionais é que somos exímios em conhecer, mas analfabetos em vivermos o que ensinamos.
Estes são apenas alguns métodos para que venhamos repensar nossa didática e pedagogia. Tais princípios levou 12 homens a morrer pelos ensinamentos de seu Mestre, pois foram convictos da verdade que Jesus ensinava.
Que venhamos a formar pessoas convictas de tal maneira que venha a lutar pelos ideais sociais e por um mundo sem desigualdade onde impere a justiça, a ética, a moral e o amor.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Por que ainda creio na Igreja
            Vivemos numa época em que a igreja tem sido uma das instituições mais desacreditadas. Como se não bastasse, vemos a corrupção grassando em vários rincões da sociedade e penetrando nos arraiais evangélicos. Não é preciso ter uma mente arguta e inquiridora para perceber que os evangélicos hodiernos se distanciaram dos postulados da Reforma Protestante e da mensagem de Cristo.            Poderíamos destacar alguns enésimos sintomas, tais como: crise teológica e ética, visão pragmática e mercantilista dos líderes, falta de líderes com autoridade moral e espiritual, invasão de uma espiritualidade mística centrada no empírico, cultos à personalidades, shows tomando lugar de culto e vocacionados sendo substituídos por profissionais de auditório e apadrinhados.
Diante de tudo isto, ouso dizer que acredito ainda na Igreja. Não na igreja instituída por homens que sugam de seu rebanho, mas naquela que Jesus derramou gotas de sangue para comprá-la.
Acredito ainda na igreja, pois. . .
Conheço seu fundado – JESUS;
Ela está debaixo de uma promessa – “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”;
É a multiforme sabedoria de Deus;
É a coluna e firmeza da verdade;
É o sol da terra;
É a luz do mundo;
É a consciência do Estado;
É perseguida, mas continua fiel;
Não tolera o pecado;
Será arrebatada.
Precisamos entender que Deus não tem compromisso com placas denominacionais e sim com o povo seu, especial, zeloso e de boas obras. . . a Igreja segue em marcha triunfal, pois Cristo é seu general e nossas maiores armas são as orações e a Palavra de Deus.
Ainda creio na Igreja do Senhor Jesus. . .

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Santidade na Pós-modernidade

Nunca em nossa história falamos tanto em corrupção; a cada dia instaram CPI’s e o povo como muitas “pizzas”, tem de todos os sabores e. Em nossa cultura vigora a lei de Gerson e em nosso cotidiano vivenciamos uma verbete bem brasileira; é o famoso “jeitinho”. Jeitinho este que muitas vezes nos leva a ignorar direitos e deveres.
Como diz o poeta: “... assim caminha a humanidade”.
Neste caos que vivemos de valores éticos e morais, torna-se necessário pautar a nossa vida nos princípios bíblicos, pois a Bíblia ainda é a única regra de fé e prática.
Já no Antigo Testamento, Deus exigia do povo um viver santo, ou seja; separado de coisas que denigrem a nossa imagem como filho de Deus. A palavra “santo” é tão somente o ato de separar e consagrar algo para uso de alguém. Em todos os momentos Deus exigiu que o povo fosse santo, pois Ele era santo.
Para entendermos melhor o que é “santidade”, “santo” e “santificar”, é necessário saber que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus, mas com a queda esta imagem ficou distorcida. No Antigo Testamento, o foco de tais verbetes é tão somente o ato de separar e consagrar. O povo deveria viver uma vida separada de tudo o que era abominável a Deus como está resumido no decálogo. A palavra santificação significa apartar-se do mal e dedicar-se ao serviço de Deus. Só no livro de Levíticos, encontramos a palavra “santo” por 73 vezes.
No Novo Testamento, esta idéia ganha significados ainda maiores, pois não está circunscrita ao separar e consagrar, mas em processo de resgatar a “Imago Dei” (termo latim para Imagem de Deus). Vejamos.
O escritor aos Hebreus nos diz que sem a santificação ninguém verá a Deus, Paulo disse para que todo o nosso espírito, alma e corpo fossem conservados irrepreensíveis para a vinda do Senhor Jesus. O apóstolo João nos diz que ainda não é manifestado o havemos de ser, mas quando Cristo se manifestar, seremos como Ele é e o veremos face a face. Jesus no sermão do monte pediu para que fóssemos perfeitos como perfeito é nosso Pai que está nos céus. Diante de tais texto, concluímos que para ver Deus temos que ser primeiramente como Ele é. Neste caso a santificação é o processo pelo qual precisamos passar para que dia-a-dia esta “Imago Dei” seja resgatada em nós.
Baseado nisto, observamos que existia uma preocupação dos apóstolos do primeiro século em levar o povo a viver uma vida de santidade na presença de Deus. Paulo, um dos maiores expoentes do primeiro século, nos exorta ao dizer que a santificação é a vontade de Deus para as nossas vidas. Ao observar o contexto paulino constatamos que ele vivera em uma sociedade plurarista, pragmática, hedonista e que não difere de nada de nossa sociedade.
Lendo alguns artigos relacionados à minha pós-graduação sobre plágios de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso tive a tristeza de ver uma estudante de Teologia de um dos núcleos educandários das Ass. de Deus confessar para a repórter que vende cada monografia por uma quantia de R$ 200,00 (Duzentos Reais), e este dinheiro servia para suprir algumas necessidades básicas.
Pensando sobre tal reportagem, ilações vieram e comecei a enumerar enésimas coisas erradas que justificamos com nossas “necessidades”; e muitas vezes dizemos que “não tem problema”, “não faz mal” ou até mesmo “Deus perdoa” Precisamos estar cientes que os valores do Reino não podem ser trocados por necessidades e prazeres efêmeros.
Precisamos acordar de nosso torpor, abandonar nossas fantasias e começar a viver uma vida de santidade a Deus. Não esta santidade que muitos demonstram pelo seu exterior, mas principalmente com uma vida digna de ser vivida, vida de renúncia às vantagens dos “imperadores denominacionais e políticos”. Precisamos dizer não às negociatas, as festinhas juninas (festa a deusa Juna – deusa da fertilidade e sexo), parar de burlar o leão, frear nossas ambições e viver verdadeiramente Cristo em nossas vidas.
Paulo chegou a dizer que morria todos os dias. . .este deve ser o objetivo do cristão, morrer todos os dias para o mundo e para o próprio “EU”, e viver uma vida plena na presença de Deus.
Deus nos convida para sermos vasos de uso exclusivo. . .vivermos uma vida anormal onde tudo é normal.
            O último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, nos diz que: “Quem é puro purifica se mais”. É hora de mudar e transformar este mundo com a santidade de Deus.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Refletindo sobre o Centenário

Olhando para A Igreja do centenário, passo a analisar os pós e os contras de sua história. Percebo que hoje, atravessa um dos momentos mais sombrios de sua jornada. Tem sido bombardeado por uma série de ideologias e filosofias que levam os cristãos à não terem mais absolutos em suas vidas. Este século testemunhou o colapso do consenso cristão; a secularização empurrou as Igrejas para as margens da consciência de nosso país, o relativismo moral, que acompanha uma visão secular da realidade, afetou profundamente a obra da igreja e o seu ministério.
Os cristãos contemporâneos estão afetados pela natureza secular de nosso mundo, Falamos das coisas divinas a um mundo que parece não conhecer o Senhor, em uma época que não é politicamente correto falar abertamente de Deus. Embora, temos hoje, aproximadamente 22% de evangélicos na nação, vemos um povo sem compromisso com a Bíblia e com Deus. Uma estatística nos revela que 60% dos presos na maioria dos presídios do Brasil têm pais e mães evangélicos ou que já freqüentaram escola dominical evangélica em algum lugar. Existe hoje, aproximadamente quinze milhões de desviados.
Manifestações religiosas cada vez mais demoníacas grassando em todo o planeta. Muitos homens que se auto-intitulam “Homens de Deus” estão por aí fazendo charlatanismo e simulando um avivamento, que na realidade não passa de êxtase religiosa, não tendo compromisso com as verdades divinas. Pessoas recebendo dentes de ouro, caindo no Espírito, dançando no Espírito, rindo no Espírito e vários outros fenômenos religiosos. Alguns, perderam o foco e militam agora em um reino de pleonexias e lutando pela manutenção de seu império.
Existe uma grande lacuna entre o que buscamos e o que estamos efetivamente experimentando. O que desejamos e precisamos é de um avivamento que transforme nossas vidas.
Este sono mortal, condenador da alma, que veio sobre a Igreja, é devido a super-excitação da época, levando as mentes a um frenesi caloroso e, então, permitindo-lhe que se relaxem até a apatia. Que a Igreja abandone o seu excitamento espasmódico, purifique a atmosfera de esforços insinceros, arrancando o olho da mentalidade dupla e cortando a mão da familiarização com o mundo. Infelizmente, estamos abrindo mão de absolutos para satisfazer o ego de uma geração que vive a cata de fórmulas para o sucesso ministerial.
O cansaço, o desgaste, a rotina, o secularismo, o esquecimento, os desvios tanto de comportamento como de doutrina, o egoísmo, a descrença, o esfriamento do amor e do entusiasmo, a desobediência, o orgulho, o sectarismo e coisas semelhantes deixam a Igreja em situação de miséria. É brasa quase apagada que exige um novo e vigoroso sopro do Espírito Santo. Então, é preciso que Deus visite constantemente a sua vinha e restaure o seu vigor, como suplica o salmista nos Salmos 80:14-19: “Aviva-nos”. Fico a pensar como os pioneiros de nossa história ficariam ao se deparar com a igreja hoje, será que ficariam perplexo com os grandes impérios pessoais erguidos em nome de Deus ou chorariam por ver uma igreja que perdeu o foco em nome do reino de César.
Sabemos que Deus estabeleceu a sua Igreja para influenciar o mundo, e isto é inegável, mas a Igreja só fará e cumprirá isto cabalmente, quando estiver cheia do Espírito Santo.
A minha pergunta é a seguinte: Como viver um avivamento em uma sociedade pragmática, materialista, mercantilista e egoísta, que confunde a ciência com o ateísmo, liberdade com libertinagem, prosperidade com ganância, piedade com pieguismo?
Minha convicção é de que falta a nós, tanto conhecer nossas raízes, como discernir seu conteúdo teológico e suas conseqüências históricas práticas. Quando busco o significado da história para avivamento é porque sei que a maior utilidade da História consiste em inspirar a geração presente com os fatos heróicos de todos aqueles que contribuíram, de modo certo e eficaz, para o progresso da humanidade. Quando me proponho a mostrar a perspectiva bíblica e histórica, quero usar a palavra grega “kata”, que nos dá a idéia de ponto de vista diferente, centralizar o foco de outro lugar. Veremos que as duas abordagens são feitas de ótica diferente, mas em nada elas se chocam. Antes, complementam-se, fortificando assim a atuação e a importância dos avivamentos na vida do homem como um todo. Avivamento tem que ser total e atingir a totalidade.
Quando falo de Avivamento total, refiro-me a algo mais que renovação espiritual individual. A Renovação Espiritual é algo individual, mas quando se transforma em algo comunitário, tratando-se da Igreja, transforma-se em Avivamento Social. E esse Avivamento, que é resultado das renovações individuais, quando se torna um projeto social da Igreja, desemboca no despertamento Nacional. Portanto, falo de três palavras diferentes. Os seres humanos são renovados, as Igrejas são avivadas, e os países despertados. Avivamento tem que transformar a sociedade, pois a Igreja é a agente de Deus neste mundo vil e corrompido.
Não devemos apenas comemorar o centenário e sim usarmos como marco para ver o que fomos, somos e onde podemos chegar. . .lembremo-nos que o compromisso de Deus não é com placa denominacional e sim com um povo seu, especial, zeloso e de boas obras.