A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Missões na Ótica da Igreja Primitiva

Relendo alguns livros, tais como Catacumbas de Roma, Mártires do Coliseu e sobre a expansão do Cristianismo no primeiro século da Era Cristã, me inquiri sobre o crescimento da Igreja. A maneira como a obra dos primeiros cristãos é destacada em Atos dos Apóstolos me deixa perplexo, pois eles estavam dispostos a vencer qualquer obstáculo para que o Evangelho do Senhor Jesus chegasse ao mundo inteiro.
Diante de expressivo crescimento e proeza, fico me perguntando o “porque” deles negarem até mesmo a própria vida pela verdade do evangelho. . .apesar de várias perseguições e perdas de muitos irmãos eles continuavam firmes do objetivo missionário. Elencarei aqui alguns conceitos que mudou a vida dos cristãos do primeiro século.
A igreja primitiva via missões como uma tarefa intransferível. Sabia que se eles não fizessem poderia comprometer toda sua geração. Cada cristão estava consciente do seu papel em cumprir o IDE do Senhor Jesus. Infelizmente, hoje as pessoas estão vivendo um estado de torpor e praticando o pecado da omissão; sabe o que deve ser feito, mas não fazem.
Destacamos também a visão de que os campos estavam brancos para a ceifa. Os cristãos primitivos aproveitavam as oportunidades, cada situação era um momento propício para a pregação do evangelho. Paulo até mesmo diante das maiores autoridades da época defendia e pregava as verdades do evangelho. Em momentos de prisões e perseguições ele anunciava e chegou a dizer que as perseguições contribuíam para maior proveito do evangelho. No presente século a maioria das ficam esperando a baixa do dólar e dinheiro no caixa da igreja. O escritor Salomão disse que quem “observa o vento nunca plantará e quem olha as nuvens nunca ceifará”. Precisamos acordar e compreender a urgência da obra missionária, pois na África existe mais de 3500 grupos etnolinguísticos em 56 países. São 756 mil pigmeus espalhados nas florestas da África. Na Ásia e Oriente Médio mais de 89 milhões de povos tribais. Na Oceania são 1238 grupos etnolinguísticos separados em 25 mil ilhas. Um milhão de crianças no comércio sexual de escravos (leilão de virgens). A droga ataca 65% da juventude internacional.
Os cristãos sabiam que a obra missionária dependia exclusivamente do poder do Espírito Santo. Eles estavam cônscios que através do sobrenatural de Deus é que as pessoas se converteriam ao Evangelho. Hoje, a maioria das igrejas estão confiadas em seu poder aquisitivo, muitos líderes em seus estudos, pregadores em sua oratória e popularidade, esquecendo-se do principal que é a unção de Deus sobre a vida. Deus não usa métodos e sim pessoas ungidas.
Estes e outros motivos fizeram com que o Evangelho saísse de Jerusalém e alcançasse os confins da terra; fez a igreja ver o que Deus vê e que o povo de Deus trocasse vida, posse e bens pela expansão do reino de Deus.
Que Deus nos ajude a ter o mesmo sentimento que houve sem seu filho JESUS.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Reflexões sobre a Educação Teológica no Brasil

            Fazendo uma retrospectiva sobre a Educação Teológica no Brasil, fico maravilhado pela aceitação e o crescimento em várias regiões e ramificações evangélicas. Digo aceitação, pois no passado a educação, mormente a teológica era visto como profanação, algo que pudesse abalar a fé dos fiéis e comprometer a sã doutrina. Quanto ao crescimento, vejo como positivo, mas me preocupo, pois está faltando em muitos núcleos educandários à devida qualidade na formação do ser de uma maneira holística.
O termo Educação, do latim “educere”, significa extrair, tirar, desenvolver, que consiste essencialmente na formação do caráter do homem. Se a educação pretende desenvolver o caráter, penso que na teológica precisamos gerar o caráter de Deus na vida do teologando e não conhecimento engessado e feito em laboratórios para atender esta ou aquela necessidade. Precisamos conhecer mais de Deus e menos de instituição religiosa. O profeta Oséias vaticinou em uma época de densas trevas: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”. Urge que tenhamos um conhecimento mais bíblico e cristocêntrico e não antropológico e místico.
Nesta década que milito como docente na área teológica tenho visto o quanto muitas pessoas estão mais preocupadas com diplomas do que com conhecimento e com a responsabilidade de ser mostrar a Deus como varão aprovado e que maneja bem a Palavra da Verdade. A teologia como defendia os “Pais da Igreja” trabalhava com a verdade. Infelizmente existem muitos professores e escolas abrindo mão de trabalhar com a verdade para atender as demandas de uma sociedade pluralista, capitalista e hedonista.
Às vezes, em minhas ilações, me pergunto: Que Teologia Paulo ensinaria? Será que ele seria aceito e muitas escolas ou pregaria em convenções? Como ele se comportaria ao participar de um show gospel com pessoas assobiando e tirando foto durante um culto? Qual seria a reação dele ao ver pessoas sendo consagradas para serem cabos eleitorais? Como ele reagiria ao ver líderes fazendo da igreja um negócio, onde é um cabide de emprego da família e só assumem campos aqueles que são coniventes com tais práticas? O que ele diria deste casamento que vemos hoje da igreja com a política, onde muitas festas religiosas são patrocinadas com dinheiro público?
Estas e outras perguntas me consomem, pois acredito que Deus instituiu a igreja com seus respectivos líderes e liderados para uma tarefa bem mais sublime. Paulo ensinava uma teologia que se ratificava com demonstração de poder e salvação dos perdidos. . .ensinava a verdade que confrontava os ouvintes com suas práticas diárias. . .ensinava que o caráter estava acima de qualquer carisma ou dom. . .pregava que a vocação é divina e que o ministério não é um negocio. . .pregava Cristo onde Ele ainda não havia sido anunciado. . .enfatizava que a razão de existir de uma igreja é o cumprimento da grande comissão. . .
Este artigo é apenas um aperitivo para que venhamos repensar sobre o que está sendo ensinado em nossas escolas e em nossos templos, pois apesar do crescimento do estudo teológico a igreja vive uma crise de identidade. . .
Que Deus nos ajude a voltar para a verdade. . .

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Lições de Um Mendigo Cego
            A Bíblia relata a história de um cego que estava à beira do caminho e teve a sua vida mudada ao invocar por Jesus que passava naquela localidade.
            Esta história me faz pensar em algumas lições que precisamos aprender para que venhamos a alcançar os nossos objetivos. Infelizmente muitas pessoas na passagem do ano colocam expectativa no ano novo, muitos se preparam vestindo várias roupas para atrair paz, riquezas e muitas prosperidade. Precisamos entender que o que vestimos não influenciará em como será o nosso ano, mas se quisermos fazer valer a pena a nossa vida, precisamos aprender com este mendigo algumas lições.
            A primeira lição a aprender é que este mendigo não se paralisou diante das aparentes contradições da vida. Veja a vida que tinha aquele homem; cego e mendigo, ao invés de ficar lamuriando sobre a situação que estava vivendo, ele foi a luta. Naquela época era uma pessoa que vivia à margem da sociedade e sem qualquer perspectiva de vida. Não se deixou levar pelas circunstâncias, mas foi em busca de uma vida melhor...          Infelizmente muitas pessoas se escondem atrás de seus fracassos, frustrações e deficiência inventando qualquer desculpa para tentar justificar sua letargia para com o estado de sua vida Ninguém é responsável pelo seu futuro do que você mesmo. Não se quede, mas lute pela sua vida, família e sonho todos os dias.
            Destacamos também a disposição deste mendigo para vencer obstáculos. O texto nos diz que existia uma multidão impedindo que ele tivesse acesso a Jesus e ainda o repreendia para que calasse. Ao invés de olhar para multidão, o cego focalizou naquEle que poderia mudar a sua história. Isto acontece com muitas pessoas, concentram-se em seus problemas, tem sempre uma visão negativa da vida e empresta seus ouvidos para escutar o que a multidão fala, vive muito mais do que a voz da multidão do que de suas próprias convicções. Precisamos ir em busca de nossos ideais, fazer com que os nossos sonhos nos impulsione a buscar aquEle que é poderoso para fazer muito mais abundante além daquilo que pedimos ou pensamos.
            Em terceiro e último lugar este homem nos ensina a aproveitar as oportunidades da vida. Se olharmos a narrativa bíblica esta era a última vez que Jesus estava passando em Jericó antes de sua morte. O cego foi atrás de seu milagre, pois ele entendia que o tempo é um milagre que não se repete. Dizem que o tempo é como as águas de uma turbina hidrelétrica e só pode ser utilizada enquanto passa. Vemos enésimas pessoas lamuriando todos os dias pelas decisões não tomadas ou por oportunidades perdidas, caindo neste ciclo de “se”, vai deixando de viver o presente e matando a possibilidade de um futuro melhor.
            Precisamos parar de viver na procrastinação e começarmos a dar urgência às coisas que realmente vale a pena. Nem tudo esta perdido...nunca é tarde para acordar e ir atrás dos sonhos....