Desafios na
Família Hodierna
Este mês que se finda, comemora-se o da
Família. Tive o privilégio de palestrar para muitos casais e pregar em várias
igrejas sobre diversos temas relacionados a esta área. É perceptível o quando
existe uma falta de estrutura em muitas famílias e uma inversão de valores. Talvez
isto explique, mas não justifica o alto índice de divórcio gerando como conseqüência
filhos e pessoas machucadas e revoltadas. Indago-me por que um lugar que
deveria gerar vida, tem gerado morte. . . deveria gerar crescimento, no
entanto, gera enésimas divisões. . . deveria gerar amor, mas tem gerado ódio?
Baseado em tais questões, quero enumerar
aqui três questões nevrálgicas no seio familiar.
A primeira é o “consertar x descartar”. Infelizmente, vivemos numa sociedade onde
a facilidade e o poder de comprar nos faz desprezar a possibilidade de
consertar. Para que consertar, se posso ter outro novo? Era esta considerada
como a “época do descartável”. Esta realidade é vista nas famílias, onde diante
das crises, os cônjuges preferem divorciar a lutar para salvar o casamento e a
vida de seus filhos. Precisamos lutar todos os dias por nossa família através
do diálogo, oração, jejum e aconselhamento com profissionais da área família.
Peça socorro antes que seja tarde demais!
Outro fator a considerar é a relação
entre “presença x presente”. Este novo
“modus vivendi” pós-moderno prega a satisfação profissional e a realização
pessoal a qualquer preço. Neste afã profissional investimos tempo em nossas
graduações, empresas e trabalhos com a justificativa de darmos um estilo de
vida melhor para nossa família. Urge entendermos que a possibilidade de algo
melhor não substitui o momento presente. Muitos pais e cônjuges têm tentado
comprar seus filhos e companheiros satisfazendo os desejos materiais como forma
de compensar a ausência. Somos seres humanos, e como tal precisamos e que
nossas necessidades afetivas também sejam realizadas. Existe um filme por nome “Click” que retrato muito bem este
tópico, onde o personagem perde a família e a própria saúde por viver sempre em
função de algo que poderia acontecer em sua ascensão profissional. Reitero aqui
que sucesso nenhum justifica o fracasso da família.
Em último lugar vemos uma falta de
significado na relação “sexo x amor”.
Nesta era globalizada vemos a vulgarização do sexo, sendo este sem compromisso,
sem responsabilidade, cheio de taras, fantasias e permissividades, onde o cônjuge
é visto muito mais como objeto de prazer do que um ser cheio de volições e
sentimentos que precisa ser amado e satisfeito em suas necessidades.
Em nome de uma sexualidade mais
prazerosa alguns terapeutas familiares aconselham para “apimentar a relação”, utilizar-se de alguns métodos e caminhos
anti-bíblico. Precisamos restaurar o amor em nossa relação e fazê-lo com nosso cônjuge.
. . quando isto acontece existe reciprocidade nos carinhos, carícias e as
necessidades são satisfeitas. Se no sexo existe individualismo, no amor existe
satisfação de ambos. . .pois ambos pensam em satisfazer o outro.
Estas são apenas algumas reflexões para
que venhamos a ter um casamento melhor e uma família feliz e fundamentada no
Amor de Cristo.
Lutemos por nossa família. . .