A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

quinta-feira, 31 de maio de 2012


Desafios na Família Hodierna



Este mês que se finda, comemora-se o da Família. Tive o privilégio de palestrar para muitos casais e pregar em várias igrejas sobre diversos temas relacionados a esta área. É perceptível o quando existe uma falta de estrutura em muitas famílias e uma inversão de valores. Talvez isto explique, mas não justifica o alto índice de divórcio gerando como conseqüência filhos e pessoas machucadas e revoltadas. Indago-me por que um lugar que deveria gerar vida, tem gerado morte. . . deveria gerar crescimento, no entanto, gera enésimas divisões. . . deveria gerar amor, mas tem gerado ódio?
Baseado em tais questões, quero enumerar aqui três questões nevrálgicas no seio familiar.
A primeira é o “consertar x descartar”. Infelizmente, vivemos numa sociedade onde a facilidade e o poder de comprar nos faz desprezar a possibilidade de consertar. Para que consertar, se posso ter outro novo? Era esta considerada como a “época do descartável”. Esta realidade é vista nas famílias, onde diante das crises, os cônjuges preferem divorciar a lutar para salvar o casamento e a vida de seus filhos. Precisamos lutar todos os dias por nossa família através do diálogo, oração, jejum e aconselhamento com profissionais da área família. Peça socorro antes que seja tarde demais!
Outro fator a considerar é a relação entre “presença x presente”. Este novo “modus vivendi” pós-moderno prega a satisfação profissional e a realização pessoal a qualquer preço. Neste afã profissional investimos tempo em nossas graduações, empresas e trabalhos com a justificativa de darmos um estilo de vida melhor para nossa família. Urge entendermos que a possibilidade de algo melhor não substitui o momento presente. Muitos pais e cônjuges têm tentado comprar seus filhos e companheiros satisfazendo os desejos materiais como forma de compensar a ausência. Somos seres humanos, e como tal precisamos e que nossas necessidades afetivas também sejam realizadas. Existe um filme por nome “Click” que retrato muito bem este tópico, onde o personagem perde a família e a própria saúde por viver sempre em função de algo que poderia acontecer em sua ascensão profissional. Reitero aqui que sucesso nenhum justifica o fracasso da família.
Em último lugar vemos uma falta de significado na relação “sexo x amor”. Nesta era globalizada vemos a vulgarização do sexo, sendo este sem compromisso, sem responsabilidade, cheio de taras, fantasias e permissividades, onde o cônjuge é visto muito mais como objeto de prazer do que um ser cheio de volições e sentimentos que precisa ser amado e satisfeito em suas necessidades.
Em nome de uma sexualidade mais prazerosa alguns terapeutas familiares aconselham para “apimentar a relação”, utilizar-se de alguns métodos e caminhos anti-bíblico. Precisamos restaurar o amor em nossa relação e fazê-lo com nosso cônjuge. . . quando isto acontece existe reciprocidade nos carinhos, carícias e as necessidades são satisfeitas. Se no sexo existe individualismo, no amor existe satisfação de ambos. . .pois ambos pensam em satisfazer o outro.
Estas são apenas algumas reflexões para que venhamos a ter um casamento melhor e uma família feliz e fundamentada no Amor de Cristo.
Lutemos por nossa família. . .


sábado, 19 de maio de 2012


Urgência na Evangelização

          Não se pode negar que o mundo esteja vivendo um dos piores tempos de sua história. A humanidade nunca esteve tão distante de Deus. Nunca os valores cristãos foram tão vilipendiados e desprezados, nem a moral deturpada. Jamais, em nenhum momento da história, os homens serviram tanto aos prazeres da carne.
      Contrastando tristemente com essa situação, as Igrejas estão regredindo na área do Evangelismo. Financeiramente falando não investe nem 0,5% na obra de evangelização, no seio ministerial os pastores estão mais preocupados em passar a liderança para seus familiares do que a responsabilidade da grande comissão, os arautos estão pregando a teologia da prosperidade e não o evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Os nossos congressos estão mais preocupados em ter estrelas do que ver almas rendidas aos pés do Senhor. . . cada dia mais cresce o número de falsas religiões disseminando heresias e enganado o povo.
        O Desafio que temos diante de nós é muito grande; ainda faltam 2000 povos a serem alcançados e 3 bilhões de pessoas se encontram-se cambaleando para  matança.
     Conta-se que um viajante, na Índia, foi abordado por um oficial que entrou no trem e fez várias perguntas, anotando as respostas. Informando de que fazia parte de um recenseamento a que o governo procedia, o viajante comentou que, sem dúvida, levaria várias semanas para completar o censo. Ao que o funcionário respondeu: “Não, Senhor, começamos hoje ao meio-dia e terminaremos à noite”.
       Admirado, o viajante perguntou: “Mas, o senhor que dizer que o censo de toda a Índia se realiza dentro de um só dia? Respondeu o funcionário: Sim, mas o senhor precisa lembrar de que somos 200.000 pessoas trabalhando para isso”.
       Eis aí o segredo. A evangelização do mundo não é tarefa de um grupo, de uma Igreja ou de uma denominação. É responsabilidade de todos os cristãos. É preciso que o povo de Deus ponha as mãos no arado, dedicando suas forças e recursos para a realização da obra. A ordem do nosso Senhor Jesus Cristo, como palavra final, foi: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Baseado nisto, a igreja primitiva alcançou o mundo inteiro daquela época. . . e nós ainda não alcançamos nem o Brasil inteiro. . .
      O tempo é escasso, não temos tempo a perder. Não há outra opção. Ou assumimos a nossa responsabilidade. Ou daremos conta a Deus por ver o mundo perecer diante de nossos olhos, sem nada fazer para amenizar o sofrimento de milhares de pessoas que escorregam para o inferno.

terça-feira, 1 de maio de 2012


A Oração Intercessória

Vivemos hoje um período em que as pessoas se tornaram individualistas, insensíveis e tomadas por um espírito de conquista pregado pela teologia da prosperidade. Neste momento crítico, urge que voltemos para a palavra e resgatemos o valor da oração intercessória.
Vemos na Bíblia vários exemplos. Encontramos a oração de Jesus em prol de seus discípulos (Jo 17); o centurião de Carfanaum pelo seu criado paralítico (Mt 8:5-13); a mulher cananéia em prol de sua filha que estava endemoniada (Mt 15:21-28); a igreja primitiva intercedendo por Pedro, estando este no cárcere (At 12:5), e no Antigo Testamento Moisés intercedendo pelo povo, quando este pecou (Ex 32:30-34).
O que vemos em comum em todos estes episódios, é que as pessoas não apenas oravam, e sim intercediam. Na oração, conversamos com Deus, mas na “intercessão”, experimentamos um nível mais profundo, pois neste ato, suplicamos ou fazemos uma petição em prol de outrem. Na intercessão somos tomados por um sentimento de empatia sentido a dor do próximo. Através desta interação, aprendemos a conhecer o desejo do coração de Deus por uma determinada pessoa. Se fizermos um exame minucioso acerca das curas que Cristo realizou, constataremos que os seus milagres estavam atrelados à palavra “íntima compaixão”. Sem dúvida, este é um sentimento que precisa tomar conta das pessoas hoje. O apóstolo Paulo, em uma de suas cartas disse: “de sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”.
A oração se torna intercessória, quando a carga que sentimos é tão grande quanto a de quem intercedemos. A bíblia fala sobre emprestar a boca ao mudo no sentido de falar por ele, interceder por aqueles que não tem condição de clamar.
A intercessão envolve estarmos dispostos a abrir mão dos nossos próprios direitos e deveres, a fim de nos separarmos para Deus.
Quando isto acontece, vemos o agir de Deus na vida das pessoas que necessitam. A igreja hodierna precisa executar mais a oração intercessória, pois esta é fundamental, mormente na obra missionária. Lembro-me que na época da URSS, as igrejas oraram para que o comunismo caísse, e isto se tornou realidade. Wesley intercedeu por um avivamento que mudasse a história da Inglaterra e aconteceu um dos maiores avivamentos naquela nação. John  Hyde intercedeu pelos indianos e levou 100 mil indianos até Cristo. A Voz de Deus ainda ecoa, dizendo: “interceda ao Senhor da seara para que envie trabalhadores, pois o campo é grande, mas poucos são os trabalhadores”.
Temos hoje, um dos maiores desafios missionários que é a janela 10 x 40. Aqui se concentra mais da metade da população mundial e que precisa conhecer urgentemente a história de Jesus. Precisamos interceder por nossa geração que se perde nos vícios, que está sendo ceifada pelas enésimas doenças e pestilências. Somos responsáveis pela nossa geração.
Este é o momento de despertarmos de nosso torpor espiritual e começarmos a clamar em prol deste mundo perdido. Um Cristão num país do extremo Oriente, levou 188 presidiários a Cristo durante seus três anos de prisão intercedendo todos os dias por eles.
Olha o que nos diz a Bíblia: “Pede-me e eu te darei as nações por herança e os cofins da terra por possessão”.