A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sexta-feira, 27 de julho de 2012


Aspectos de uma Liderança


Falar sobre liderança se constitui em despir-se de alguns mitos que as pessoas absorveram durante alguns anos, mormente com as tendências e influências do mercado.
Vivemos em um mundo capitalista, onde somos treinados para produzir e cobrados quando não produzimos. O próprio conceito de líder mudou. Em sua etmologia, líder é aquele que treina (um professor), mas hoje se tornou uma pessoa que tem a obrigação de gerar sucesso e expandir, enfim. . . temos a difícil meta de fazer as coisas acontecerem. Fomos infectados pela síndrome de Atlas. E quando não atendemos as expectativas do mercado, somos ejetados do sistema.
 O nosso labor é cheio de percalços e desafios e o que vai nos fazer não é simplesmente a capacidade de lhe liderar o mundo de fora, mas sim saber liderar a nossa própria vida sabendo contornar os obstáculos, entendendo as tendências e ao mesmo tempo as sutilezas das filosofias, encontrar força diante das perdas e se reerguer mesmo que diante das cinzas.
A sociedade através da educação muitas vezes nos ensina a lhe dar com o sucesso e com as conquistas, com a fama e com o glamour, mas não fomos ensinados a lhe dar com o caos, com as perdas e com os lugares fora dos pódios. É necessário superar a nos mesmos antes de superar os outros. Infelizmente muitas pessoas estão presas nas aparentes contradições da vida, isoladas em sua pequenez e lamuriando pelas oportunidades perdidas na vida.
A história nos lega a história de um homem simples, filho de lavradores e que com 9 anos de idade perdeu sua mãe. Por não ter recursos financeiros, muitas vezes pegava livros com os amigos e vizinhos para ler. Por 2 vezes tentou montar seu próprio negócio e faliu. Ao ser eleito deputado, um ano depois sua noiva veio a falecer e após 1 ano caiu em depressão profunda. Passou por 7 significantes perdas entre candidato a dep. Estadual, federal, senado e vice-presidente. Ele não de quedou, depois de todas estas derrotas se elegeu presidente dos EUA. Ele não foi apenas mais um presidente e sim Abraham Lincoln, um dos maiores líderes que emancipou os escravos de seu país, um poeta da democracia moderna e dos direitos humanos.
Precisamos aprender a esperar o tempo certo, não sermos prematuro na liderança e fugir de tudo que nos dê resultados imediatos. A sociedade hoje vive em prol de um pragmatismo, onde vigora a filosofia de que os fins justificam os meios. Aprendi um ditado que diz: “Aquele que toma posse de uma herança apressadamente, seu fim não é bom”.
Existe uma espécie de bambu conhecida como “bambu chinês”. Esta espécie me chama a atenção, pois durante de 5 anos plantando na terra ele não apresente nenhum sinal aparente de vida, fica debaixo da terra. Após 5 anos ele dá os primeiros sinais de vida e começa a romper a escuridão da terra para receber os primeiros raios solares. Esta espécie é uma das mais resistentes e atinge uma das maiores alturas. Durante os 5 anos de anonimato ele só cresce para baixo solidificando mais suas raízes e extraindo os melhores nutrientes. Em conseqüência disto, ele se torna resistente aos vendavais e temporais. Precisamos entender que o líder não nasce pronto e sim é um processo que demanda tempo. Vivo com o seguinte lema: “não é a ascensão meteórica que garante uma boa liderança, mas sim o tempo que se leva para estar em liderança”.
            Como líder, precisamos criar a idéia de corpo e não de membros. Quando não se tem um corpo, existe competição, traição e desavenças.
No reino animal, encontramos um animal que se comparado a outros teria enésimos motivos para se quedar diante dos desafios. Mas se eles não existissem os ecossistemas deixariam se existir e muitas espécies não existiriam. Estamos falando da formiga que se caracteriza pelo corporativismo, cuja união leva a força e neste lema elas se encorajam mutuamente. Elas se comunicam pelo cheiro. Quando uma formiga está em perigo, ela solta um odor para alertar as companheiras, transmitindo um aviso de que as demais devem fugir. O odor varia conforme a situação, mas o ser humano não consegue sentir esse cheiro. Se olharmos para a história, veremos que as vitórias só foram possíveis quando existiu união. Um reino dividido contra si mesmo ele está fadado ao fracasso. Precisamos voltar ao lema dos mosqueteiros: “Um por todos e todos por um”. Temos que estar unidos para fortalecer a nossa unidade, a nossa empresa, a nossa casa, o nosso partido. . .precisamos criar o sentimento de que não é o líder que perde e sim todos. . .não é só o técnico, é o time e conseqüentemente seus torcedores.
Estes são apenas alguns aspectos para repensarmos sobre um líder que faz e marca a história.

sexta-feira, 13 de julho de 2012


Precisamos sair da Tenda...

             Lendo sobre a trajetória de Abraão, o pai da fé, fico observando o que fez um homem esperar 25 anos por um filho e caminhar pela fé no deserto crendo que Deus tinha o melhor para a sua vida. Se atentarmos para algumas datas vemos que com 75 anos de idade Deus lhe aparece fazendo promessas que seria pai de nações, mas sua esposa Sara, não podia ter filhos.
            Com aproximadamente 85 anos, acontece algo que nos ensina lições valiosas em nosso jornadear cristão. Em Gênesis 15 encontramos uma passagem em que Deus aparece a Abraão ratificando a promessa, mas Abraão diz que só tinha o seu servo Eliezer o qual poderia constituir como herdeiro, já que era costume na época na falta de filhos constituir o servo como herdeiro. Diante disto Deus leva Abraão para fora da Tenda, lhe mostra as estrelas do céu e renova seu alento.
            A tenda, sem dúvida é algo vital no deserto, pois as temperaturas a noite abaixam bastante, assim como se elevam sobremaneira durante o dia. Seu uso também é justificado pela proteção dos ventos no deserto e dos inúmeros animais peçonhentos. Mesmo diante de tal utilidade, precisamos sair da tenda para vermos o que Deus tem a nos revelar.
Quando digo que precisamos sair da tenda, me refiro que muitas vezes não queremos abrir mão de nosso conforto. Nós, seres humanos gostamos de um conforto, de uma estabilidade financeira e de uma vida mais segura, pois gostamos de ter o controle das coisas e isto muitas vezes nos atrapalha a contemplar os grandes mistérios de Deus, por vivemos muito em nossa autossuficiência. Deus quer nos levar a em outro patamar espiritual, mas precisamos sair da tenda.
Sair da tenda também aumenta a nossa visão em relação às coisas. Abraão estava com sua visão limitada dentro da tenda, pois só enxergava seu escravo Eliezer como saída para as promessas de Deus, sem contar que diante da idade de sua esposa e o fato dela não poder ter filhos tornava-se mais difícil acreditar no sobrenatural. Deus levou Abraão para fora da Tenda para aumentar a sua visão, assim acontece conosco, enquanto focalizarmos os problemas não enxergaremos saída, mas  precisamos focar em Deus que é poderoso para cumprir as promessas e fazer muito mais além daquilo que pedimos ou pensamos segundo o poder que em nós espera. O escritor aos hebreus nos diz para olhar para Jesus que é o consumador de nossa fé.
Sair da tenda implica também em abrir mão da mesmice, dos métodos que muitas vezes convencionamos. Tem pessoas que prefere viver a vida inteira fazendo a mesma coisa, pensando a mesma coisa a ousar e viver algo diferente. Abraão estava convencionado aos métodos do passado e precisamos entender que os tempos mudam e precisamos mudar também, mas mantendo os princípios que norteiam nossa vivência cristã.
Precisamos sair da tenda para experimentar o melhor de Deus em nossas vidas... para desfrutarmos das promessas de Deus... para sermos pessoas melhores...
Chega de perder tempo dentro de seu mundinho. . . saia e ouse viver os sonhos de Deus