A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sábado, 22 de setembro de 2012


Marcas que são Necessárias. .  .

 
            Pensando sobre a vida e observando-me no espelho percebi que carregamos muitas marcas, estigmas e muitas cicatrizes, onde muitos preferam vê-las como defeito, mas precisamos entender que cada marca que carregamos traz consigo um momento de nossa vida, construindo assim a nossa história de vida.
            Se olharmos para o significado de “marca” encontraremos no mundo empresarial um vasto conceito, mas o que me chama a atenção é a idéia que esta palavra traz para “sinal”.
            Diante desta idéia, recorro à Bília e encontro um homem que Deus o marcou profundamente, deixando-o manco para o resto de sua vida. Este homem era Jacó(Gênesis 32) – homem que lutou com Deus e com os homens e venceu. Imagine um homem são como Jacó e de repente se encontrar andando com dificuldade, carregando um estigma para o resto de sua vida.
            Muitos podem olhar para este evento e se revoltar, mas existe uma lição valiosa que precisamos aprender; Jacó nos ensina é que as marcas muitas vezes são marcos que Deus estabelece em nossas vidas. Para quem conhece a vida de Jacó sabe muito bem que durante muitos anos viveu uma vida de engano; primeiro comprou o direito de primogenitura de seu irmão e depois robou a bênção de primogênito de seu irmão, após este episódio fugiu para nã ser morto. O tempo passou, constituiu família, mas existia algo no seu caráter que precisava ser mudado. Foi então que ao lutar com Deus no vau de Jaboque, Deus tocou no nervo da coxa de Jacó e também deu lhe um novo nome. Na realidade jacó saiu mancando, mas também com um novo nome.
            Para Jacó esta marca se tornou um marco em sua vida, o dia em que Deus mudou a sua sorte e a sua história. Precisamos que Deus nos marque de maneira sobrenatural e que venhamos ter experiências de um viver santo e irrepreensível.
            Um outro evento bíblico que me chama a atenção era a do escravo em relação ao seu senhor. No Antigo Testamento, no ano do perdão os senhores davam liberdade aos seus escravos para procurarem outro senhor, mas se determinado escravo quisesse continuar com o mesmo senhor, o mesmo deveria furar a sua orelha significando assim que agora por livre vontade se tornava propriedade de seu senhor. A orelha era furada com a sovela e o escravo era marcado como propriedade de seu senhor.
 A grande lição aqui é que a servidão estava atrelada a um relacionamento de amor e gratidão. A marca que o escravo carregava mostrava que apesar do poder de escolha, ele escolher ser escravo por amor.
Não poderia deixar de falar de uma das maiores marcas da história. As mãos e os pés furados de Jesus. Indubitavelmente, esta marca mostra o grande amor de Deus para com a humanidade. Jesus preferiu ser marcado, hostilizado, ter seu semblante desfigurado para que a humanidade pudesse ter vida e vida com abundância.
Infelizmente, vivemos dias em que as pessoas se esquecem cada vez mais da história da cruz e por isso estão sendo marcadas pela depressão, pelo desamor e pela violência.
 Muitos carregam Jesus marcado em seus corpos, em seus colares e crucifixos, nos parabrisas do carros. . . mas precisamos urgentemente sermos marcados por Jesus em nosso coração. . . em nossa mente. . .em nossa alma, pois somente assim viveremos em uma sociedade mais cheia de amor e menos desumana.
Que as marcas do calvário não venha a ser somente uma fonte de renda dos profissionais da fé, mas sim o divisor de águas entre a velha e a nova criatura. . . precisamos de mais Jesus e menos religiosidade. . .