Marcas que são Necessárias. . .
Pensando
sobre a vida e observando-me no espelho percebi que carregamos muitas marcas, estigmas
e muitas cicatrizes, onde muitos preferam vê-las como defeito, mas precisamos
entender que cada marca que carregamos traz consigo um momento de nossa vida,
construindo assim a nossa história de vida.
Se
olharmos para o significado de “marca” encontraremos no mundo empresarial um
vasto conceito, mas o que me chama a atenção é a idéia que esta palavra traz
para “sinal”.
Diante
desta idéia, recorro à Bília e encontro um homem que Deus o marcou
profundamente, deixando-o manco para o resto de sua vida. Este homem era Jacó(Gênesis
32) – homem que lutou com Deus e com os homens e venceu. Imagine um homem são
como Jacó e de repente se encontrar andando com dificuldade, carregando um
estigma para o resto de sua vida.
Muitos
podem olhar para este evento e se revoltar, mas existe uma lição valiosa que
precisamos aprender; Jacó nos ensina é que as marcas muitas vezes são
marcos que Deus estabelece em nossas vidas. Para quem conhece a vida de
Jacó sabe muito bem que durante muitos anos viveu uma vida de engano; primeiro
comprou o direito de primogenitura de seu irmão e depois robou a bênção de
primogênito de seu irmão, após este episódio fugiu para nã ser morto. O tempo
passou, constituiu família, mas existia algo no seu caráter que precisava ser
mudado. Foi então que ao lutar com Deus no vau de Jaboque, Deus tocou no nervo
da coxa de Jacó e também deu lhe um novo nome. Na realidade jacó saiu mancando,
mas também com um novo nome.
Para
Jacó esta marca se tornou um marco em sua vida, o dia em que Deus mudou a sua
sorte e a sua história. Precisamos que Deus nos marque de maneira sobrenatural
e que venhamos ter experiências de um viver santo e irrepreensível.
Um
outro evento bíblico que me chama a atenção era a do escravo em relação ao seu
senhor. No Antigo Testamento, no ano do perdão os senhores davam liberdade aos
seus escravos para procurarem outro senhor, mas se determinado escravo quisesse
continuar com o mesmo senhor, o mesmo deveria furar a sua orelha significando
assim que agora por livre vontade se tornava propriedade de seu senhor. A
orelha era furada com a sovela e o escravo era marcado como propriedade de seu
senhor.
A grande lição aqui é que a servidão estava
atrelada a um relacionamento de amor e gratidão. A marca que o escravo
carregava mostrava que apesar do poder de escolha, ele escolher ser escravo por
amor.
Não poderia
deixar de falar de uma das maiores marcas da história. As mãos e os pés furados
de Jesus. Indubitavelmente, esta marca mostra o grande amor de Deus para
com a humanidade. Jesus preferiu ser marcado, hostilizado, ter seu
semblante desfigurado para que a humanidade pudesse ter vida e vida com
abundância.
Infelizmente,
vivemos dias em que as pessoas se esquecem cada vez mais da história da cruz e
por isso estão sendo marcadas pela depressão, pelo desamor e pela violência.
Muitos carregam Jesus marcado em seus corpos,
em seus colares e crucifixos, nos parabrisas do carros. . . mas precisamos
urgentemente sermos marcados por Jesus em nosso coração. . . em nossa mente. .
.em nossa alma, pois somente assim viveremos em uma sociedade mais cheia de
amor e menos desumana.
Que as marcas do
calvário não venha a ser somente uma fonte de renda dos profissionais da fé,
mas sim o divisor de águas entre a velha e a nova criatura. . . precisamos de
mais Jesus e menos religiosidade. . .