A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Aprendendo com os Animais

             
A sabedoria não está em descobrir coisas novas, e sim em observar as coisas do nosso cotidiano e ao derredor e delas extrair lições para as nossas vidas. Salomão, o homem mais sábio que já existiu, ao falar da formiga nos exortou a observar as suas obras e sermos sábios. Disse também sobre alguns animais que compensam a sua pequenez e fragilidade com a sua engenhosidade de cooperação, como as formigas e os gafanhotos.
              Dentro desta ótica e analisando sobre o mundo animal me encanto com a águia, pois esta é leal ao seu parceiro durante toda a vida. A sociedade hodierna, com todas as transformações ridiculariza o que é certo, verdadeiro e leal, pois vivem pelo prazer. Quantas famílias tem sido destruída por que não existe mais a lealdade entre os consortes. Quantos filhos com problemas psicológicos, pois até hoje não conseguiram lhe dar com a dor da separação. Vamos aprender com a águia, que mesmo diante dos problemas, de seus vôos altaneiros e de sua capacidade de superação ela mantém o vínculo com seu parceiro.
Um outro animal que me chama a atenção é a cobra cascavel, um animal peçonhento e um predador selvagem, mas quando em briga com os da sua espécie não destila o seu veneno. Ao lutarem entre si, evitam picar-se mutuamente, pois não são imunes ao seu veneno e podem morrer. Sua luta consiste em tentar empurrar a rival para trás, sobre si mesma. As duas adversárias se encaram de frente, erguendo um terço de seu corpo acima do chão, bamboleando e se entrelaçando, uma forçando a outra como num braço-de-ferro. A mais forte derruba a adversária e a imobiliza com o peso de seu corpo por alguns segundos, e então a perdedora vai embora, sem ter sido picada.
Até as cascavéis, portanto, têm o seu código de honra e evitam matar-se.
É incrível como a nossa sociedade se tornou predatória no que tange à concorrência, as pessoas sempre destilando o seu veneno, inventando fofocas para destruir seu próximo. . . no âmbito político vemos vários candidatos usando de meios ilícitos para denegrir a imagem de seu semelhante. Vamos também preservar a nossa ética e conduta diante da sociedade. . .
Não esqueçamos o que JESUS disse: "Amar o próximo como a ti mesmo".

domingo, 4 de novembro de 2012


A Urgência da Mensagem de Isaías

             Ao ler sobre os profetas, comecei a traçar paralelos entre dois profetas contemporâneos, a saber; Isaías e Oséias. Sem dúvida, estes profetas marcaram a história de Israel através dos oráculos divino.
            Oséias vaticinou em um momento de grande prostituição espiritual da nação para com o verdadeiro Deus de Israel, onde Deus usou a vida do próprio profeta para transmitir lições valiosas à nação. Já Isaías, considerado o profeta messiânico, fala também em tom hortativo para que a nação se arrependesse de seus pecados e mudasse a maneira de viver caracterizado por um viver leviano e superficial.
            É perceptível as semelhanças entre as profecias e que a falta do conhecimento de Deus leva qualquer nação a descer no mais profundo poço de imoralidade e pecaminosidade. Oséias disse que o povo de Deus estava sendo destruído por faltar conhecimento, enquando Isaías diz que o povo estava sendo levado cativo por falta de conhecimento. Parece paradoxal pensar que a nação de Israel tinha a lei e os 613 preceitos, sacerdotes e até mesmo vários profetas, mas faltava o conhecimento de Deus. Diante de tal quadro, inquiro-me: Por que diante de tanta religiosidade e cristandade, falta o conhecimento de Deus?
            Nos idos de 600 a. C. destacamos algumas crises que culminaram na degradação da nação. A primeira crise estava nos profetas de conveniência. Muitos profetas nesta época proclamavam não a verdadeira palavra de Deus, que leva ao crescimento espiritual e a consciência da santidade de Deus, bem como a missão, mas sim profecias que levavam o povo a viver uma vida descompromissada com o pacto com Deus. Semelhantemente, vemos em nossos dias, pregadores que levado pela lei de mercado abriram mãos da verdadeira palavra de Deus para enveredar em um evangelho sem cruz, pregações triunfalistas levando as pessoas a viverem uma vida baseada em barganha com Deus. Preferem a política da boa vizinha a confrontar o povo e os líderes com a palavra de Deus.
            Uma outra crise detectada estava na liderança que se preocupava mais com alianças políticas e conquistas pessoas do que com a espiritualidade do povo. Analisando a vida dos reis, percebemos o quanto eles se preocupavam com a vida pessoal e com os ganhos políticos e então se assessoravam de profetas que falavam aquilo que ratificava sua maneira de viver, ou seja; os profetas eram comprados. Isaías deixa registado em seu livro que os atalaias de Israel eram cegos, mudos e amam tosquenejar. . . os pastores são gulosos e não se fartam, indo cada um atrás de sua ganância (Is 56:10-11). Esta mensagem é tão atual que muitos líderes no afã de sustentar a sua vida nababesca vendem votos de irmão, utilizam-se de caixa dois e não se dedicam a uma vida de oração, jejum e estudo da verdade.
            A terceira crise é evidenciada pela vida descomprimissada dos sacerdotes. Isaías fala a respeito do louvor que o povo prestava mais que Deus não recebia, vejamos: o vosso incenso é para mim abominação…, as vossas festas solenes aborrecem a minha alma. Vamos analisar estas duas frases; a primeira demonstra uma formalidade na adoração e outra na comemoração das festas estabelecidas pelo próprio Deus. Infelizmente, faltava ensino da parte dos sacerdotes e levitas. Não diferente dos dias atuais, percebemos uma mixórdia na adoração; onde as pessoas confudem adoradores com artistas gospel. . . cultos com shows e barulho com avivamento. No âmbito das festas o povo perdeu a essência ou o memorial das festas, tornando apenas movimentos nas agendas das igrejas.
            Paulo nos advertiu que viria tempos trabalhosos, por isso conclamo-vos para que preguemos o genuíno evangelho de Cristo e não negociemos por bem terreno o dom que Ele nos deu para a edificação de seu povo. . . que Deus nos ajude. . .