A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sábado, 2 de novembro de 2013

A Reforma Protestante Hoje

             Estamos comemorando mais um ano de aniversário da “Reforma Protestante”, momento este que deve nos levar a uma reflexão, pois a história só faz sentido se soubermos aplicá-la em nosso viver diário, e assim não cometer os mesmos erros.
            O grande personagem da Reforma, sem dúvida, Martinho Lutero, que  reforçou o pensamento de seus predecessores Huss, Wycliffe e Savonarola se indignou e protestou contra muitas anomalias teológicas. Quero destacar alguns pormenores do contexto vivido em 1500 a.C.
            Lutero não se conformava com a vida nababesca e de corrupção que o clero vivia. Isto indignou mundo Lutero, pois a cúria ostentava uma vida luxuosa enquanto o povo vivia na miséria e mesmo assim contribuindo para a igreja. Em sua visita à Roma, o grande sonho virou um pesadelo ao se deparar com o luxo dentro dos aposentos dos clérigos, bem como a suntuosidade das catedrais. Segundo Cairns (1995) "a corrupção atingira todas as hierarquias da igreja romana, os clérigos compravam e vendiam cargos livremente e recebiam altos salários sem prestar o devido ofício, a justiça era vendida e comprada nas cortes eclesiásticas e muitos sacerdotes viviam uma vida de pecado. Em nossos dias deparamo-nos com o mesmo retrato, as igrejas medievais com seus vitrais e modelos góticos deram lugar a arquitetura moderna. . . a vida de muitos “pastores” se resumem apenas em lucrar,  conquistar jatos, carros importados, fama e mansões. Infelizmente existem atos espúrios acontecendo em nossos arraiais e que precisam ser varridos não para debaixo do tapete e sim para fora da igreja. Esta não é a vida que Deus espera de sua igreja. A Igreja precisa voltar ao foco de que Deus quer Almas e não clientes, requer de nós uma vida pia e santa e não uma vida baseado no ter e nas conquistas terrenas.
            Outra fator a meditar é que Lutero condenou tenazmente a exploração da fé. Todos sabem o quanto a igreja negociava com as benesses do Evangelho, tais como: vendas de indulgências, superstições e o terror nas pregações quanto ao julgamento de Deus. Naquela época existia a coleção de relíquias, tais como pedaços da cruz, fragmentos do pão usado por Jesus na Santa Ceia e ossos de santos que se tornaram moda, pois acreditava que o simples olhar para elas reduzia tempo de uma pessoa no purgatório. Um dos divulgadores das indulgências, Tetzel, usava de métodos coercitivos para aumentar as vendas. A história se repete e hoje contemplamos tais práticas em nossos púlpitos, tudo feito em nome de Deus e da fé, visando apenas as cifras. É comum vermos campanhas e mais campanhas, mercadores do evangelho negociando as bênçãos de Deus, traficando o evangelho e enganando os membros com fórmulas mágicas e as vendas de produtos ungidos que nada adiantam. Cultos que se parecem mais com casa de jogos, onde quem dá a maior oferta leva o brinde. Esta é a triste realidade que vivemos, pessoas doentes, líderes sem vocação e de muitos gurus evangélicos. Que Deus nos ajude a mudar esta história.
            Um outro ponto nevrálgico que indignou Lutero foi o casamento igreja e estado. Nesta época o bispo era que destituía e instituía reis, a saber, aqueles que davam maior rentabilidade para a igreja. O nepotismo, a simonia e sinecura eram práticas normais. Infelizmente, esta prática vem acontecendo hoje com uma nova roupagem, as desculpas são sempre as mesmas: “vamos defender a igreja”, “vamos lutar pelos nossos direitos”, vamos impedir algumas leis anticristãs que estão tramitando”. O que vemos são festas de igrejas sendo financiadas com verbas públicas, algo que é inconstitucional, mas sempre usam os meandros da lei para tal prática espúria. Temos o desprazer de ver vários pastores se envolvendo em corrupção e em negócios ilícitos. É hora de reforma. . .não nos esqueçamos que Jesus vem buscar um povo seu, especial,zeloso e de boas obras..
            Em contraste com a vida luxuosa do clero e as construções suntuosas das catedrais estava a miséria do povo. A igreja não se preocupava com os necessitados, órfãos e viúvas. Lutero pregou contra esta letargia da igreja com o povo. Enquanto a  igreja pregava indulgência explorando a fé do povo em prol de uma vida melhor no além, a cúria vivia uma vida luxuosa e o povo em misérias. Este fato é muito presente em nossos dias, pois muitos líderes e pregadores prometem uma vida próspera que só eles mesmos vivem, enquanto o povo vive em miséria. Vivemos hoje a igreja de Laodicéia que se enriqueceu aos seus olhos e ficou pobre diante de Deus, considera que tem as melhores vestes, mas está nua diante do supremo pastor. Missões continua sendo a razão de ser e existir de uma igreja. Jesus ao olhar para a multidão teve compaixão, pois as via como ovelhas que não tem pastor.
            A nossa história precisa ser mudada, lutemos e clamemos a Deus por um genuíno avivamento, não estes de fins de semana, mas daqueles que duram para romper com estruturas humanas e implante sobrenatural de Deus em nossas vidas. . .

            É hora de mudarmos a nossa história pela história de Deus. . .

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Vencendo o Desprezo

           Quem nunca foi desprezado na vida ou quem em algum momento não se sentiu assim? Este sentimento toma conta de nós na fila de um hospital, nas reivindicações de nossos direitos e principalmente em nossa vivência com outros semelhantes. Segundo o dicionário o desprezo se caracteriza pela ausência de consideração ou sem apreço. O desdém das pessoas acontecem geralmente pela própria insegurança em relação ao outro, ainda mais em um ambiente tão competitivo como o capitalismo moderno.
            A Bíblia, no livro de Juízes 11, nos mostra a história de um homem marcado pelo desprezo, mas Deus o fez um dos grandes libertadores de seu povo. Seu nome é        Jefté, que significa “o Senhor abre”. Foi o nono juiz dos israelitas. Julgou Israel 6 anos. Um dos grandes exemplos de fé em Deus (Hb 11:32).  Era desprezado e aparentemente marcado pelo destino para ser infeliz. Seu pai era importante, possuía riquezas e projeção social. Jefté era valente, porém filho de uma prostituta. Segundo alguns, ele não estava no programa de seus pais como filho.
No grifo filho de uma prostituta, vejo o quanto muitas vezes somos estigmatizados pelas conjunções adversativas da vida. Sempre existe um "mas" ou "porém". As pessoas preferem ressaltar nossas falhas e não as virtudes. É sabido que o feto embora não seja capaz de falar, ou pensar, já é capaz de perceber os sentimentos e expectativas de seus pais nutrem em relação a ele. Além de sofrer o estigma dos pais, era rejeitado pela sociedade.
A vida de muitos heróis bíblicos foram marcados por estes estigmas. José, por exemplo, foi desprezado e vendido pelos seus irmãos, foi escravo no Egito, mas venceu, pois teve atitude. Fico imaginando quantas pessoas adultas hoje que conviveram com o desdém de pessoas e até mesmo familiares durante a gestação e infância e isto criou crateras profundas na alma, pois o desprezo é uma das doenças emocionais mais profundas. Um filósofo por nome de Jean-Paul Sartre pode dizer: “Não importa o que os outros fizeram de você; importa o que você fez com que os outros fizeram de você”. É necessário termos atitude em relação ao desdém dos outros, precisamos romper as barreiras do passado; entender que não podemos mudar o passado, mas podemos lutar por um futuro melhor.
            Creia que a sua vida é regida por Deus, somos um projeto dele e Ele rege a nossa história... enquanto as pessoas nos desprezam pela cor, posição social ou genealogias; temos um Deus que nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo.
No relato escriturístico encontramos que seus irmãos o expulsaram de casa e como conseqüência da rejeição Jefté fugiu para a terra de Tobe (era um lugar deserto, árido, inóspito, selvagem, solitário). Este lugar retrato muito bem o langor da sua alma. O texto nos diz que homens rebeldes se aliaram a ele.
Atentemos bem para a expressão "fugiu". A fuga sem dúvida é o paliativo que muitos usam para se verem livres temporariamente dos problemas. o ser humano está sempre fugindo; de suas responsabilidades... de seus dilemas...de seus traumas... Não nos esqueçamos que os problemas do passado não resolvidos transformam-se em fantasmas para nos atormentar.

Infelizmente, contemplamos várias pessoas cuja vida se assemelha a de Jefté – gente que foi magoada, desprezada, ferida e que escondem seus traumas através das drogas, dos vícios, das gangues e da rebeldia. Voltando a história de José, quero ressaltar que ele poderia viver fugindo de tudo e de todos, caindo num processo de vicioso de comiseração, mas escolheu enfrentar o passado, perdoar seus algozes e viver uma vida plena. O meu desejo é que você escolha viver, se permita ser feliz. Neste processo para ser feliz, não basta apenas saber que Deus tem planos para a sua vida; e necessário tomar atitude e escolher aceitar a vontade de Deus.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013


Verdades Acerca do Vaso.

            Uma das metáforas que Deus usa para com seu povo Israel através do profetas Jeremias é o vaso e o oleiro. E diante desta relação Deus expressa, dizendo: “Assim como barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão”.
            O que mais me chama a atenção é o processo que o barro é submetido para se tornar um vaso. O vaso se torna forte e pronto para ser usado se passar por estas fases, pois cada momento é imprescindível para que o vaso se torne útil e forte para o uso. Antes de falar sobre as fases na formação de um vaso, quero elucidar algumas verdades.
            Em primeiro momento quero salientar que o material que Deus escolheu para fazer vaso é o barro e não materiais valiosos, como o ouro, a prata e o bronze. A grande verdade aqui é que o barro não possui brilho, portanto o maior valor está naquilo que está dentro do vaso. Por entender esta grande verdade, o apóstolo Paulo disse: “Temos, porém este tesouro em vaso de barro”. Infelizmente temos vivido uma época onde as pessoas valorizam o exterior e não o conteúdo, época denominada de aparências. Deus quer que sejamos vasos de barro, para que o poder dEle se aperfeiçoe em nós todos os dias.
            Presenciamos em nossos dias uma corrida alucinada pelo sucesso ministerial, pelos holofotes e pela mídia, e muitos se perdem nesta busca, querem ser vasos que brilham e não vasos que exala o bom cheiro de Cristo e transborda na unção. O Rev. Hernandes Dias Lopes disse: “A unção forja profetas, mas a fama esculpe ídolos”.
            A segunda verdade que é que Deus escolhe o tipo de vaso que Ele quer fazer com o barro. Ele escolhe se quer vaso pequeno ou grande, reto ou curvilíneo. . . precisamos entender que o agir, o querer e o efetuar é exclusivamente dEle. O grande projeto de Deus em nossa vida é que sejamos vasos em sua mão. Ao compreender esta dimensão Paulo externou: “Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas para todo sempre, Amém!” Existem vasos que estarão no palácio, outros em casas, mas todos foram feitos por Deus e tem a sua utilidade no lugar que estar. Nosso vaso precisa ser para honra e estarmos contentes com o tipo de vaso que Deus nos fez. Um dos males deste século é que as pessoas ficam equiparando suas vidas com a dos outros e se frustram, produzindo assim um círculo vicioso de inveja.
            Uma terceira lição é que o vaso é feito para ser usado pelo oleiro, no caso em questão; Deus.  Enquanto muitos oleiros fazem vaso para comercializarem, Deus faz vasos para uso exclusivo. Somos vasos e não podemos abrir mão desta exclusividade. Temos as digitais de Deus em nós e Ele quer colocar a sua unção para ser derramado no bem fazer de sua obra. A Bíblia nos conta a história de um rei que trouxe os vasos sagrado para serem usados em festas pagãs na Babilônia, e naquela ocasião uma mão misteriosa escreveu na parede do palácio; segundo o relato,  naquela mesma noite acabou o grande império babilônico. Deus não aceita que seus vasos sejam profanados. A Bíblia diz que o espírito que em nós habita tem ciúmes de nós. Tomemos cuidado para não nos render aos encantos do capitalismo e da lei do mercado. Que Deus nos ajude a fugir dos encantos de Mamom!
            Dentro destas considerações, vale ressaltar que o vaso não foi feito para ficar emborcado e sim de boca para cima. Algumas frustrações acontecem no decorrer da vida e até mesmo no ministério que nos leva a querer procurar a solidão, os cantos e a prostração, mas precisamos entender o motivo pelo qual fomos feitos, pois a bíblia nos fala que fomos chamados para uma “santa vocação”. Não importa o que a vida fez com você, nada pode ser maior que o propósito de Deus em te construir e usar. Qual seria o propósito de um oleiro investir tempo, inspiração, trabalho e valores econômicos num vaso para que o mesmo ficasse no canto sem utilidade? Deus investiu tempo para que você pudesse entender que o tempo é fundamental no processo de amadurecimento, investiu na inspiração para que você entendesse que não és mais um vaso, mas sim alguém com inspiração diferente, investiu trabalho para que pudesses trabalhar para Ele e os valores econômicos para jamais esquecer que o teu valor vem daquele que te criou.
            Somos vasos de Deus, vamos nos permitir que a cada dia sejamos enchidos pela unção do Espírito Santos para exalarmos o bom cheiro de Cristo.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sendo Luz numa Geração de Trevas

               Jesus, no famigerado "Sermão do Monte", falou sobre a grande necessidade de se fazer a diferença. Para os seus discípulos, ele disse: "Vós sois a luz do mundo"; ainda reforçou dizendo: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está no céu". Esta é a responsabilidade que temos na contemporaneidade. O apóstolo Paulo disse aos irmãos primitivos que eles deveriam resplandecer como astros do mundo diante de uma geração perversa e corrompida. Vejamos bem, que no primeiro século da era cristã, a sociedade já estava marcada pela perversidade e corrupção.
              Jó, em seu livro poético chegou a dizer: "trocaram a noite pelo dia, e que o dia estava perto do fim devido as trevas" (17:12). Analisando o nosso contexto, vemos o cunho de verdade que este verso transmite, pois a nossa sociedade é marcada pelo relativismo, hedonismo, materialismo e pragmatismo fazendo com que as pessoas vejam o pecado de maneira normal, a corrupção comum, e a verdade como um ponto de vista. Diante de tais ideologias, urge conscientizarmos da grande missão que temos como agente de transformação, pois o deus deste século, como relatou Paulo, cegou o entendimento dos incrédulos para não resplandecer a glória do evangelho.
             Para fazermos a diferença nesta geração de densas trevas é necessário não se conformar com este mundo. O Apóstolo Paulo exortou os crentes a não se amoldarem suas vidas com as estruturas mundanas e isto é uma ordenança extensiva a todos os filhos de Deus, pois como mencionou João o que há no mundo é concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida. Vemos o agir diabólico nos sistemas a cada dia que passa, utilizando-se dos meios de comunicação em massa para denegrir e minar os valores religiosos, familiares e sociais. Os tempos podem ter mudado, mas a conduta em nosso trabalho, negócios e prestação de conta deve ser regida pela Palavra de Deus.
             Um outro conselho paulino é que sejamos imitadores de Deus como filhos amado. Se Jesus é o nosso referencial e o fundamento de tudo o que cremos e vivemos, devemos tê-lo como fonte de inspiração em tudo. Existe um livro que tem como título: "Em seus passos, o que faria JESUS? Este livro mostra como deve ser a vida daqueles que são seguidores de Jesus, sendo caracterizada pela humildade, obediência, santidade e total submissão à sua vontade. Se realmente vivermos Jesus em nossa vida seremos mais do que discípulos, seremos testemunhas vivas durante nosso viver. Precisamos reconhecer que nos falta a vida de Jesus todos os dias. Precisamos nos parecer mais com o nosso Mestre. Ao entender esta grande verdade, Paulo exortou aos irmãos a terem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. Que a partir de hoje, venhamos sempre nos indagar: O Que Jesus faria em determinada situação ou como Ele agiria?
             É imprescindível também encher-nos do Espírito Santo para fazermos a diferença nesta geração de densas trevas. Jesus sempre falava sobre a necessidade do revestimento de poder. Durante seu ministério deus aos discípulos autoridade sobre toda a força do mal (Lc 10:19); no momento pós ressurreição ordenou aos discípulos a ficarem em Jerusalém até serem revestidos de poder (Lc 24:49) e perto de sua subida aos céus pontou sobre a virtude do Espírito santo que viria sobre os crentes para serem testemunhas (At 1:8). Diante deste fato, concluímos que somente com este revestimento de poder conseguiremos fazer a diferença, destituindo o reino das trevas. O poder do Espírito Santo não é uma opção e sim uma necessidade e urgência dos cristãos hodiernos.
            Infelizmente muitos acham tudo normal e natural, mas precisamos ter os nossos olhos abertos, pois existe a realidade do mundo espiritual. Os pioneiro dos Novo Testamento pontuaram que o "ministério da iniquidade já opera", "o mundo jaz no maligno" e que a nossa luta não é contra a carne e sangue e sim contra as hostes espirituais da maldade. Sozinhos e com armas naturais jamais venceremos esta guerra. É necessário poder de Deus e unção do Espírito Santo para triunfarmos em Cristo e destruir as fortalezas do inimigo.
           Indubitavelmente, grande é a nossa responsabilidade, mas temos ao nosso lado Jesus, que nunca perdeu uma batalha e nos alistou para está em seu poderoso exército.
            Avante, luzeiros de Jesus. . .

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

            
Homens que fizeram história. . .
 
             Analisando as histórias bíblicas, verifica-se homens que marcaram épocas, conquistaram muitas terras, lideraram multidão e reinou por anos deixando o seu nome na história de um povo. Mas diante de tantos heróis, fico a meditar no que disse o profeta Ezequiel: "Ainda que estivesse no meio da terra; Noé, Daniel e Jó, eles por sua justiça livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor Jeová".
             No meio de tantos homens e heróis do Antigo Testamento, Deus faz alusão a estes três homens, e me pergunto por que? Se olharmos para o histórico deles percebemos que seus ministérios não tiveram grandes proezas, mormente ao comparar com os sucessos divulgados nas homilias moderna.
              Nóe se destaca por ter sido um homem justo e reto em sua geração. Diante de uma geração perversa e corrompida, Noé achou graças diante dos olhos de Deus. Pedro em sua epístola disse que ele foi "pregoeiro da justiça". Nossa geração precisa aprender com Nóe a se manter puro diante de tanta corrupção. Aqui está a razão do Deus se referir a Noé, pois sua conduta era ilibada e ele passava isto para a sua família; a prova disto é que apenas Nóe, sua esposa, seus filhos e suas noras foram salvas do terrível dilúvio.
              Outro personagem apresentado por Deus foi Daniel que assentou em seu coração não se contaminar com as iguarias do rei. Apesar de ocupar um cargo de governador em uma das 127 províncias, ele se manteve puro e o seu coração sempre voltado para a sua vocação diante do povo de Deus. É lamentável quando contemplamos líderes espirituais perdendo a visão e correndo atrás de fantasias imperiais e esquecendo do galardão aos granjeadores de talento.
Para terminar, vemos a pessoas de Jó que era homem sincero, íntegro e que se desviava do mal. Mesmo diante de todas as tragédias e perdas, vemos um homem com uma teologia firmada no caráter de Deus e não nas circunstâncias da vida. Jó é um exemplo as cristãos hodierno que precisam enxergar um Deus que está no choro e no riso, nas perdas e nos ganhos da vida.
               As lições que podemos extrair destes personagens são as seguintes: Noé nos mostra que a nossa vida não pode ser regida pela sociedade e sim pelas convicções do nosso Deus. Infelizmente, a cada dia que passa o pecado vem se tornando mais normal, atrativo e parecendo ser inofensivo, e muitos até chegam dizer que não tem problema. Precisamos ter nossa conduta regida pela palavra de Deus e não pelos relativismos desta sociedade que chafurda no pecado. Jesus advertiu que "assim como foi nos dias de Nóe, será a vinda do filho do homem; comiam e bebiam e não se aperceberam do tempo". Bem característico desta geração que só pensa em curtir a vida loucamente sem se importar com o amanhã. João nos explicita que o que há no mundo é concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida e que isto não é do Pai, mas do mundo.
                Através de Daniel aprendemos a vocação de Deus independe do lugar que estamos do cargo que ocupamos. Apesar de está longe de sua terra natal e ocupar cargo de destaque no governo babilônico, Daniel nunca esqueceu que sua função era ser profeta de Deus e testemunha nos meio daquele povo. Infelizmente muitas pessoas ficam enfeitiçadas com o poder que se esquecem de cumprir o desígnio de Deus. Daniel tinha tanta convicção que o poder terrenos é transitório que rejeitou os presentes e honrarias do rei, pois sabia que naquela mesma noite o império babilônico chegaria ao fim. Não podemos trocar o céu por coisas efêmeras, nem mesmo nossas convicções pela conveniência terrestre. Lembremo-nos que a glória celeste é para os que jamais esquecerem o vitupério de Cristo.
                 Por último, Jó nos ensina que devemos buscar o caráter de Deus e não suas benesses. O homem mais rico de todo o oriente perdeu tudo o que tinha, até mesmo seus 10 filhos. Em um só dia escutou as piores notícias que um servo fiel poderia e teme escutar: morreu. . .robou... diante de tais notícias este homem adora a Deus. Numa sociedade em que as pessoas estão atrás das bênçãos de Deus, precisamos levantar a bandeira da verdadeira vida cristã. Aprender que a vida cristã tem perdas, mortes, enfermidades e más notícias, mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores por aquele que nos amou. O apóstolo Paulo resume os labores da vida cristã ao dizer: Todas as coisas contribui para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados por seu decreto... continuando ele diz: nem a morte ou alguma criatura pode nos separar do amor de Deus. . .

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O Conhecimento de Deus

            Presenciando alguns fatos em nossa luta diária, contemplamos e sofremos algumas perdas e frustrações pessoais; algumas portas que imaginamos será vontade de Deus em nossas vidas, mas elas se fecham sem nenhuma explicação. Algumas tragédias inexplicáveis, perdas abruptas e lágrimas rolando de nossos olhos por um momento que não compreendemos.
            O Apóstolo Paulo, o grande teólogo da igreja primitiva, em sua missiva aos Romanos exclamou: “Ó profundidade de riquezas, tanto de ciência como de sabedoria, quão insondáveis são os teus juízos e inescrutáveis os seus caminhos!”. Esta frase nos revela a conclusão que Paulo diante de anos de estudos e vivência cristã. Se estudarmos o capítulo 11 da carta aos Romanos veremos que nela Paulo abarca sobre o futuro de Israel, bem como a maneira como Deus fez para incluir os gentios no plano revelatório.
            Em primeiro lugar, Paulo usa o termo “Profundidade de riquezas”, trazendo a ideia de e riquezas inexauríveis, revelando assim a incomensurabilidade e a incalculabilidade no tocante ao  conhecimento e sabedoria de Deus. Pelos estudos teológicos sabemos muito bem que Deus é onisciente, o salmista diz que antes de haver uma palavra em nossa boca, Deus tudo sabe. Não tem como um ser finito entender o infinito, o terno compreender o eterno. Como disse certo teólogo que o que conhecemos de Deus não é nada comparado ao que Ele realmente É. Por mais que o momento presente seja de dor e lágrimas, as coisas pareçam ilógicas, precisamos render a Deus toda glória, pois Ele sabe o que faz e detém o poder da história. Seu conhecimento vai muito mais além do que os nossos poderiam ousar em pensar.
            Prosseguindo com a síntese paulina sobre a grandeza de Deus, Paulo revela que os juízos de Deus são insondáveis. Quando dizemos que algo é insondável, estamos dizendo que algo não pode ser descoberto com a lógica, pois ultrapassa a capacidade mental do homem. O maior teólogo do primeiro século estava asseverando que o homem não possui  capacidade intelectual e intuitiva para falar dos juízos de Deus. Os estudos podem apenas nos dar um breve parecer dos feitos do Senhor, mas jamais chegaremos no plenos conhecimento de Deus, enquanto estiver em corpo terrestre, pois Deus não é palpável para podermos estudá-lo em uma lâmina através de microscópio... Deus não é teoria para caber em nossos pressupostos teológicos... Deus transcende toda a razão humana. Bonhoeffer chegou a dizer que Deus não é peixe para pegarmos em uma rede e sim água para passar por ela. Deus é soberano e ao homem cabe concluir que os planos de Deus jamais serão frustrados.
            Em último lugar, Paulo destaca que os caminhos de Deus são inescrutáveis. O que está sendo ratificado por Paulo é que a mente humana não consegue entender os métodos de Deus e se perde em uma teia de pensamentos. Inescrutável e usada para indicar que e incompreensível e inatingível pela mente humana. Se olharmos para a história bíblica veremos os grandes milagres de Deus com metodologias que a razão não consegue explicar. Lembremo-nos de algumas: Soprar nas narinas de um boneco de barro dando-lhe a vida; A sarça ardia e não se consumia; o Mar Vermelho se abrindo ao meio, bem como o Rio Jordão e o povo passando a pés enxutos; o machado flutuando no rio e vários agir de Deus que a mente humana não consegue explicar. Paulo na realidade está se rendendo ao conhecimento de Cristo. Em sua epístola à igreja de Filipos ele chega a dizer que considera o seu conhecimento como esterco comparado à excelência do conhecimento de Cristo.
            Deus está acima de qualquer teologia e filosofia. Paulo termina sua exclamação dizendo: “Quem primeiro deu a Ele para que seja recompensado, ou quem foi seu conselheiro? Por que dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas para todo o sempre, amém!”
            Que esta também venha ser a nossa conclusão a respeito de Deus. Deus é perfeito em suas obras e nada foge de seu controle. Deus tem o melhor para as nossas vidas; as aparentes perdas de hoje, Ele transforma em vitórias amanhã. . .as lágrimas que hoje rolam de nossos olhos, Ele transforma em unção para as nossas vidas. . .os conflitos que enfrentamos servem para fortalecer a nossa fé e a nossa fé nos leva a descansar nos braços da soberania de Deus. Quando fazemos isto vivemos apenas com o agir invisível da mãos de Deus.

           

sábado, 27 de julho de 2013

Os Olhos . . . Janela da Vida ou da Morte?

            Segundo os judeus, os olhos constitui uma das 5 (cinco) janelas da alma. O próprio Senhor Jesus nos advertiu que “os olhos são a candeia do corpo, se os seus olhos forem bons, todo o vosso corpo estará em luz, porém se forem maus, todo o vosso corpo estará em trevas”. Através desta premissa, deduzimos que o nosso viver será determinado pelo que vemos. Por isso, precisamos ser seletivos naquilo que olhamos.
            Analisando algumas histórias bíblicas, vejo que grandes fracassos espirituais começaram com um olhar, pois através deste vem a sedução e o desejo pelo que é proibido e mal.
            O primeiro exemplo que vejo nas escrituras é o caso de Ló. Quando houve uma contenda entre os pastores de Abrão e Ló, os dois se separaram; na ocasião, Abrão deu o direito de escolha para seu sobrinho Ló. O relato nos diz que Ló olhou para as campinas do Jordão que se parecia com o Jardim de Deus e tomou a decisão. O fim da história todos conhecem. . . aquilo que se parecia com o jardim de Deus, na realidade era uma terra dominada pelo pecado, cujo o clamor chegava até os céus e que mais tarde foi destruída. Esta história se repete na vida de muitas pessoas hoje, pois andam atrás daquilo que se parece e não daquilo que realmente é.
            O segundo exemplo acontece com um grande juiz de Israel, homem que teve um nascimento  vaticinado por um anjo, nascera para ser nazireu de Deus e com um chamado de libertar o povo da opressão dos filisteus. Este homem por nome de Sansão teve os olhos embriagado por uma filistéia. O texto e bastante explícito a descrever as palavras de Sansão quando seu pai foi advertí-lo: “é dela que os meus olhos se agradam”; aqui começa o declínio do homem mais forte que já existiu. O homem que conseguiu dominar muitas coisas, não foi capaz de dominar seus olhos. Casou-se com uma inimiga do povo de Deus, porque teve seus olhos cegos por umas mulher.
            O que dizer dos nossos pais no Jardim do Éden ao desobedecer a ordem divina sobre o fruto da árvore que estava no meio do Jardim e foi expulso do Jardim. O que dizer de Davi que estava em seu terraço e seus olhos de fixaram em uma mulher casada e cometeu adultério e suicídio.. O que dizer de Geazi que atentou para as riquezas de Naamã e fixou leproso.
            Jesus estava tão convicto do mal que estava em atentar para coisas ilícitas que chegou a dizer: “Se teu olho escandalizar, arranca-o e lança fora, pois é melhor entrar no reino do céu cego, do que com olho ser lançado no inferno”.
            Diante de tantas barbáries originadas com o olhar, vamos fazer como Jó que fez um pacto para não fixar seus olhos em uma virgem. Vamos seguir o exemplo divino à igreja de Laodicéia e ungir nossos olhos com colírio para vermos. Vamos orar como o salmista: “desvenda os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei”. Daví chegou a dizer: “Os meus olhos estão continuamente no Senhor, pois Ele livrará os meus pés da rede”. O Escritor aos Hebreus chegou a dizer: “Olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé”.

            Deus nos deu olhos, vamos usá-lo para o que é edificante e louvável. Paulo disse que não podemos usar nenhum membro de nosso corpo ao pecado como instrumento de iniquidade, mas sim como instrumentos de justiça. Que a exemplo de Isaías, Jeremias, Ezequiel e vários outros profetas nossos olhos venham deslumbrar a presença e a glória de Deus.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Segredo do Triunfo de José

Indubitavelmente a vida e a história de José tangencia a nossa vivência, pois passamos por lições em nosso cotidiano bastante semelhante. José se torna um exemplo para aqueles passou por perdas profundas, decepções e traição, castigos e calúnias, bem como aqueles que se encontram preso literalmente e até mesmo aqueles que se encontram no cárcere da emoção que não conseguem encontrar forças para lutar.
Olhando a história de maneira minuciosa, pergunto-me: o que fez com que José encontrasse força para vencer todos os embates na vida? O que levou José a rejeitar se deitar com a mulher de Potifá? O que levou este homem a se manter fiel, mesmo em adversidades? 
Tentando responder estas perguntas, percebo que a fé no Deus de seu pai fizera e fora determinante para que mesmo longe da família e dos amigos, ele vencesse. Atentemos bem para o fato de que a partir do relato bíblico, José tivera um sonho e diante disto percebemos a teologia formulada por José em sua saga.
José cria que Deus estava no controle das adversidades em sua vida. A maneira como José encarava as aparentes contradições da vida e as vicissitudes nos ratificam isto. Ao ser vendido como escravo, ao trabalhar como escravo, ao ser caluniado e ao viver no cárcere a bíblia nos aponta que Deus sempre estava com José e abençoava tudo que ele colocava as mãos. Precisamos crer na teologia da soberania divina, crer que Deus está no controle da história. O grande apóstolo da igreja primitiva deixou registrado que todas as coisas contribui para o bem daqueles que amam a Deus. Em outra passagem, os irmãos de Filipos estavam preocupados com a perseguição que Paulo estava sofrendo e então Paulo explica: “Todas as coisas que estão me acontecendo contribui para o maior avanço da obra de Deus”. Deus tem o controle, todo o poder está nas suas mãos. 
Desesperamos muitas vezes, pois ficamos tão inebriados com a circunstâncias e nos esquecemos de olhar para o grande propósito de Deus. Quem tenhamos firmes a esperança de que Deus sabe o que faz e jamais erra e seus projetos. Jó asseverou: “eu sei que tudo podes e nenhum de seus projetos podem ser impedidos”. Creia que Deus está usando toda a situação adversa para te abençoar. Paulo ao falar de provações, conclui: “Esta leve e momentânea tribulação produz um peso de glória excelente”. Estas são frases de homens que apesar dos momentos difíceis, venceram pois cria que Deus estava no controle de todas as coisas. 
Apesar de estar vivendo em uma terra longínqua e estranha, enfrentando crises existenciais e anonimato, José cria que o seu nome não é esquecido por Deus. Ele não abria mão de Deus em sua vida, ele recusou deitar-se com a mulher de Potifá, pois tinha temor a Deus e não queria abir mão disso. Deus era tudo que lhe restara em uma terra estranha, politeísta; onde humanamente estaria fadado a viver sem família dos seus pais e como escravo o resto da vida. Quando interpreta o sonho do copeiro ele diz: “lembra-te de mim”!. Esta exclamativa revela que dentro dele ainda tinha desejo de mudar de vida e situação. 
Infelizmente as pessoas confiam muito em apadrinhamento, nos conchaves político, na propaganda eclesiástica e nas agendas em congressos pomposos na escalada ao “sucesso ministerial”. José nos ensina que por mais que as pessoas não lembram de você e de seu nome, Deus conhece você pelo nome. Isaías vaticinou que Deus tem nosso nome gravado na palma das mãos, nos transmitindo a verdade que Deus não esquece de nós um só momento. Davi estava no campo quando Deus o chamou para ungir rei de Israel; Amós estava cuidando de bois e plantando sicômoros quando Deus o chamou para ser profeta; Moisés estava no deserto foragido do Egito quando Deus o chamou para ser o grande libertador de Israel. Não imposta onde você está ou o que esteja passando creia que Deus não esquece do seu nome. 
Em terceiro e último lugar José cria que a sua vitória estava no sobrenatural de Deus. Imaginemos o histórico de vida de José.; escravo e agora prisioneiro sob a acusação de tentar deitar com a esposa de uma das autoridades do Egito. Que prognóstico você faria de uma pessoa com este histórico? O fato de José se tornar governador do Egito contraria a lógica e qualquer pensamento humano, pois o sobrenatural de Deus fez acontecer. O agir de Deus é inexplicável, pois ele confunde os sábios. Entendendo esta grande verdade Paulo versa: “Oh profundidade de riqueza, tanto de ciência, quanto de sabedoria. Quão insondáveis são os teus juízos e inescrutáveis são os seus caminhos”.
Vivemos dias de densas trevas, Jesus nos advertiu que chegaria um dia em que as pessoas não teria fé suficiente. Precisamos crer que Deus vai agir. É lamentável vermos pessoas crendo mais em promessas de político do que nas promessas de Deus; pessoas confiando no “jeitinho brasileiro” e não no agir de Deus. Abra os olhos espirituais e veja o que as mãos invisíveis de Deus estão fazendo em prol da sua vitória.
Quando chegar o dia de Deus agir na história do servo fiel, ninguém pode impedir. O Profeta Isaías expressou dizendo: “Operando Deus, quem impedirá?
Que venhamos crer nesta verdade todos os dias. Deus vai bradar. . . creia nisso!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Realidades de um Milagre

            A própria palavra “milagre”, já nos remete a algo que foge do mundo natural e na maioria da vezes não tem explicação. Milagre se caracteriza pela suspensão das leis naturais, é quando existe uma intervenção de Deus sobre a lógica, sobre o que é natural e explicável pela razão humana. 
            Esta pergunta me veio à mente ao me deparar com uma pergunta do salmista: “Porventura, poderá Deus preparar uma mesa no deserto?”
            Ao narrar alguns momentos da saga do povo de Deus (Israel), o salmista revela o quanto o povo murmurara ao colocar em dúvida o poder de Deus. O povo que mais viu milagre não conseguia transformar isto em uma teologia que pudesse solidificá-lo em uma fé genuína no eterno Deus.                     
            Todos precisamos e queremos milagre em nossas vidas, mas esquecemo-nos que para se chegar ao milagre experimentamos o caos, a morte e as piores situações. A família de Lázaro precisou vê-lo sepultado a 4 dias para ver o grande milagre da ressurreição. O povo de Israel precisou estar diante do exército de Faraó e o mar vermelho para se deparar com o maior milagre da história ao ver o mar se abrindo ao meio dando-lhe a saída para uma nova vida.
            Diante do exposto pelo salmista o povo estava atravessando um deserto. A própria palavra deserto nos causa medo, pois pensamos em solidão, escassez, morte, dificuldade, fome, sede e perigos constantes. Diante deste panorama percebemos que o caos precede o milagre; é necessário que haja morte para que tenha ressurreição. . . é necessário que exista a escassez de alimentos para que haja multiplicação de pão.
            O povo de Israel precisava de um milagre, mas achava que o problema era maior que o agir de Deus. Se notarmos os detalhes da caminhada do povo de Israel, constataremos que sempre o povo focava o problema e não no poder de Deus. Quando se foca no problema perdemos a perspectiva do agir de Deus. Infelizmente, a maioria das pessoas preferem olhar para as perdas e o momento adverso do que para Deus e o seu poder de operar infinitamente em nossas vidas. O mesmo salmista nos diz: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”, o profeta Isaías nos vaticina: “Operando Deus, quem impedirá?”. Enquanto focarmos o problema e as circunstâncias da vida não desfrutaremos dos milagres de Deus.
            O povo de Israel enxergava o milagre como uma obrigação de Deus para com eles e não um ato de benevolência. Percebemos que o relacionamento de Israel com Deus tivera em muitos momentos uma relação de troca, relacionamento infantil onde a murmuração e a liturgia equivocada era uma constante na vida do povo. Os tempos passaram, mas a síndrome continua a mesma, pessoas infectadas por falsos ensinamentos acreditam e vivem pensando que Deus tem uma obrigação de abençoá-los. As dádivas de Deus e seus milagres são sempre um sinal de sua misericórdia para com o seu povo.

            Aprendemos que o milagre não pode ser um fim em si mesmo, mas um meio de solidificar nossa fé em Deus. Analisando a história do povo de Israel percebemos que o povo que mais viu milagres não entrou na terra prometida, exceto Josué e Calebe. Apesar de contemplar vários tipos de milagre e a mão forte do Senhor, não foi suficiente para que o povo tivesse uma vida de obediência aos mandamentos de Deus e gratidão. Esta geração andou perambulando 40 anos no deserto por murmurar contra Deus. Este mesmo mal tem acometido muitos no presente século, onde as pessoas vivem a busca de milagre, mas dissociados de uma vida de obediência a palavra de Deus. Os milagres de Deus são oportunidade de revelação de Deus em nossa vida.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Lições Aprendidas no Cárcere

           Meditando sobre a difícil e desafiadora história de José, passo a rever alguns pormenores que nos levam a pensar algumas questões enfrentadas em nosso viver diário. Podemos dividir a vida de José em 3 etapas; primeiro a fase da infância onde são lhe passado valores e ao mesmo tempo sofre com algumas perdas e rejeição. A segunda fase podemos definir quando é vendido como escravo pelos próprios irmãos indo para uma terra distante, e lá injustamente foi parar no cárcere. A terceira e última  se caracteriza por sua ascensão a governador do Egito.
            Quero me ater na segunda etapa de sua vida e extrair algumas lições para que possamos entender mais sobre os descaminhos que muitas vezes acontecem durante o nosso jornadear. Após algumas decepções, perdas e calúnias, José ainda tem que aprender algumas coisas no cárcere. O que o cárcere tem a ensinar? Vejamos. . .
            José precisava aprender que enquanto pensamos em soluções temporárias, Deus tem um plano bem maior. Percebemos isto quando José interpreta o sonho do copeiro e faz um pedido para que o mesmo lembrasse dele quando estivesse diante de Faraó. Isto revela o quanto José estava de maneira desconfortável naquela prisão, apesar de o chefe dos prisioneiros. Isto acontece em nossas vidas, somos exímios em perguntar sobre os “porquês” das coisas e procuramos soluções temporárias; precisamos entender que a prisão em nossa vida é temporária e que estamos ali para aprender algumas lições. Temos o problema de termos uma visão limitada e por isso queremos soluções rápidas, pois pensamos apenas no presente e não em nosso futuro. Deus cuida de nós em todas as esferas; Ele que que tenhamos um presente abençoado e um futuro promissor. Nossas vidas deve estar sempre nas mãos do Deus todo-poderoso.
            A segunda grande lição era aprender que o tempo de Deus não é o nosso e que existe um tempo determinado para todo o propósito debaixo do céu. Computando a vida de José desde que foi vendido como escravo até se tornar governador do Egito temos 15 anos. Em nossa vivência sempre achamos que estamos pronto, Deus não queria apenas libertar um escravo e sim fazê-lo governador, Deus não queria apenas tirá-lo da prisão e sim exaltá-lo diante de todo o povo egípcio. O tempo é maior escola que temos. . . muitas vezes o tempo nos angustia, os minutos parecem uma eternidade, mas precisamos crer que Deus está nos preparando para algo muito maior, segundo o apóstolo Paulo é algo que não subiu ao coração do homem. Creia que o tempo de Deus chegará em sua vida. Não importa o quanto esperaremos, mas sim que vale a pena esperar, pois toda noite termina em dia, depois de toda tempestade vem uma grande bonança, depois da tentação vem os anjos para estar conosco, depois de 40 anos no deserto tem a terra que mana leite e mel e depois da prisão existe um reino para governar.
            José precisava aprender que independente do lugar que estamos e do momento que atravessamos não podemos deixar nosso coração azedar. José tinhas motivos de sobra para ser uma pessoa decepcionada com a vida e se queixar de tudo e de todos, mas mesmo estando preso injustamente ele não se quedou, mas continuou perseverante , vivendo com alegria e alimentando-se de esperança todos os dias. Usando o momento adverso para crescer e desenvolver seu caráter. Mesmo estando preso, José se tornou o chefe dos prisioneiros. Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e como queremos viver a vida. Não importa o que a vida fez, e sim a maneira como nos portamos diante do fato. José, apesar de estar longe do casa e em meio a um momento totalmente adverso ela alimentou a sua mente com pensamentos que lhe dava alento e vontade de continuar a viver. O que faz a diferença não é o lugar que estamos e sim a maneira como lidamos com as situações da vida.
            Deus queria que José aprendesse que podem manter o homem preso, mas não os sonhos de Deus. Não existe lugar mais propício do que na adversidade para acreditarmos que os sonhos de Deus não morrem. Não importa o que a vida fez de você, nem mesmo o que as pessoas pensam a seu respeito; oque importa são os sonhos de Deus que não podem morrer em nossa vida. Nossa vida não deve ser regida por horóscopos, nem por achismos e sim pelos sonhos de Deus. Os irmão de José jogaram-no numa cova, venderam-no como escravo e depois foi parar no cárcere, mas o que Deus tem para as nossas vidas homem nenhum pode matar ou impedir. Deus quando quer agir transforma bênção em maldição, fracasso em sucesso, dívida em prosperidade, morte em vida e prisão em palácio.
            José teria que aprender que o agir de Deus é invisível e imprevisível. José estava em um cárcere e nem sabia como Deus estava trabalhando a seu favor em cada circunstância da vida, em cada perda, em cada injúria e em cada lágrima. Nós, necessitamos entender que tudo na vida tem um motivo e que Deus está em cada detalhe. Paulo, ao entender esta verdade teológica pode dizer: “Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam a Deus, a saber; os que são chamados por seu decreto”. O que mais angustia o ser humano é o fato de não ter controle sobre a situação. Quando aceitamos o agir de Deus nos submetemos ao seu agir; embora não vemos, mas a mão invisível de Deus está trabalhando. O outro fator é que não sabemos como virá a solução, pois o agir de Deus tem hora marcada pra Ele e não para nós; não é segundo os nossos métodos, mas segundo os seus desígnios. O profeta Isaías ao entender esta verdade disse: “Desde a antiguidade não conheceu, nem viu com os olhos um Deus além de tyi que trabalha em prol daqueles que nele esperam”.
            Algumas lições podem ser aprendidas em sala de aula ou em um banco confortável de uma igreja, mas na escola divina nada é perdido, Ele nos leva para os lugares mais escabrosos da vida para nos ensinar algo. Jacó precisou de passar o vau de Jaboque para entender que uma vida de engano e de fuga não vale a pena. Davi precisou de uma caverna e da companhia de homens vadios e endividados para entender que dentro de cada ser humano existe um diamante a ser lapidado. Moisés precisou está no deserto para aprender que para libertar um povo não é com violência e sim com o poder de Deus. . .
            Deus poderia muito bem nos deixar na zona de conforto, mas Ele quer cresçamos e vivamos uma vida mais rica sendo útil para Ele.


sábado, 15 de junho de 2013


Gerenciando Conflitos no Casamento

            Vivemos em uma época de muita correria em prol do crescimento profissional, acadêmico, bem como a gama de trabalho que nos submetemos no afã de termos um dinheiro a mais que nos garanta um pouco mais de prazer e um futuro melhor.
            Infelizmente, este ritmo de vida moderno tem levado as pessoas a viverem uma vida cheia de estresse, cansaço físico e de enésimas doenças psicossomáticas. Estatísticas nos mostram o alto índice de afastamento do trabalho e esgotamento físico e mental. Estes problemas acabam reverberando no ambiente familiar, onde muitas vezes é o ambiente mais prejudicado, pois tendemos a descontar nas pessoas mais próximas de nós o nosso cansaço, nossas frustrações e fracassos.
            A Bíblia nos aponta caminhos para que a nossa casa venha ser um lugar de cura e não de enfermidade, de bênção e não de maldição, de vitória e não de fracasso. Somos responsáveis pela nossa vida, pela nossa casa e nossa família. Escolhemos todos os dias a maneira como queremos ser, ter e viver a nossa vida. Certo escritor disse que "querer melhorar o casamento por conta própria, sem colocar nas mãos de Deus, é o mesmo que tentar esculpir pedra com as mãos".            
            É triste que a sociedade atual tenha jogado Deus para a margem e excluído de suas vidas, mas se quisermos ter uma família próspera, e necessário chamar Deus par morar em nossa casa. Vejamos algumas recomendações que os conflitos sejam resolvidos e não ignorados.
            Precisamos desenvolver a arte de ouvir. O apóstolo Tiago nos recomenda a sermos “prontos para ouvir e tardio para falar”. Saber ouvir as pessoas, mormente o cônjuge precisa ser desenvolvida todos os dias. Saber ouvir consiste em entender o que está sendo dito; parar tudo o que estiver fazendo ou pensando e emprestar os ouvidos para o cônjuge. Uma das maiores queixas em aconselhamento de casais consiste no fato do cônjuge não prestar atenção no que está sendo dito. Quando adiamos os diálogos, antecipamos as crises.
            O grande Mestre da vida, Jesus, nos advertiu também quanto aos nosso pensamento. Precisamos guardar os nossos pensamentos. As nossas ações e palavras são reflexos daquilo que pensamos. Jesus disse que “é do coração que procede os maus pensamentos”; em outra passagem,  Ele assevera que “a boca fala da abundância do coração”. Lutero certa vez disse que: “não podemos impedir que o pássaro voe sobre a nossa cabeça, mas podemos impedir que o mesmo faça ninho”. Temos que tomar cuidado com os sentimentos que estamos alimentando em nossa mente. Nosso pensamentos precisam ser direcionados pelo que traz edificação e vida para o nosso casamento e família.
            O casal que gerencia seus conflitos precisa aprender a falar sabiamente. Jesus disse que “toda a palavra ociosa que o homem disser dará conta dela no dia do juízo”. Infelizmente muitas pessoas falam palavras que ofendem e de maneira rancorosa e irada promovendo sentimentos de ódio e revolta. Não convém que isto aconteça,  pois a Bíblia diz que “as palavras do justo produz vida”. O relacionamento deve ser franco e baseado na verdade; não podemos nos acostumar com relacionamento baseado em insinuações e indiretas. Discutir a relação não é gritar, pois os gritos endurecem o coração, fecham o pensamento, destroem o respeito  e nos tornam violentos.
            Para gerenciar conflitos precisamos entender a grandeza do perdão. Pedir perdão não deve ser apenas para terminar uma discussão e sim ao reconhecer que errou e tomar a decisão de lutar para não errar mais. Jesus disse que precisamos perdoar  70 x 7. O Perdão é um ensinamento bíblico e que precisa ser cultivado na família. O sábio Salomão disse que o acordo é um remédio que aquieta grandes males.
            Paulo nos recomenda também a aproveitar bem as oportunidades, pois os dias são maus. A família hodierna precisa ser uma boa administradora de seu tempo. O tempo hoje tem sido uma fera faminta que tem devorado a nossa vida, sepultado nossas emoções e tornado os relacionamentos descartáveis. Precisamos de tempo para crescer em família, pois como disse Shakespeare: "O tempo é muito longo para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam, mas para os que amam, o tempo é eterno".
            Que Deus nos ajude a sermos agente de vida em nossos lares.

quarta-feira, 5 de junho de 2013


A Arte de não Esperar. . .

 
Vivemos em um contexto denominado de hipermodernidade onde as coisas se processam de maneira rápida demais. Compra-se um smartphone e em poucos instantes ele está ultrapassado; no mundo automotivo os modelos e acessórios mudam quase que no mesmo instante.
Toda esta maneira de perceber e viver o mundo que nos cerca nos leva a mudar nossas atitudes e terem as nossas decisões pautadas por ideologias como o capitalismo, consumismo e o pragmatismo. Bombardeado 24 horas por estas filosofias através da mídia e pelas comunidades sociais, nos perguntamos: Por que esperar se sou livre e posso tomar as minhas próprias decisões?
O certo é que não gostamos de esperar; não gostamos de esperar no trânsito. . . não gostamos de esperar na fila do supermercado. . . não gostamos de esperar uma promoção no emprego. . . não gostamos de esperar o tempo certo das coisas acontecerem. . . e como diz o poeta: “assim caminha a humanidade”. Por não gostar de esperar, estamos sempre atropelando as coisas, queimando etapas, perdendo momentos mágicos de nossa existência e nos frustrando com o desastre de nossas escolhas. Consideramos-nos adultos na tomada de decisão, mas crianças nas conseqüências.
Infelizmente, este ciclo de vida e o frenesi da vida moderna têm acarretado uma série de conseqüência na vida das pessoas. Estudos mostram uma mudança de comportamento na vida das pessoas tornando-as mais irritadas, explosivas, impacientes, inconseqüentes e apáticas quanto ao verdadeiro sentido da vida.
Indubitavelmente, esta é uma geração que descobriu muitos prazeres, mas convive com o caos da solidão e da culpa; tem a possibilidade de conversar com pessoas do mundo inteiro com um click, mas está carente de calor humano e de  relacionamentos; geração que conquista liberdade, mas se tornam prisioneiras do seu próprio EU, geração que não aceita limites, mas convivem com conseqüências muitas vezes irreversíveis.
As doenças psicossomáticas viraram uma constante no mundo hodierno. Segundo estatísticas, existem no Brasil aproximadamente 28 milhões de psicopatas, 18 milhões de esquizofrênicos e aliado a isto pessoas que sofrem algum tipo de fobia.
Segundo Cury, o ser humano aprendeu a conquistar o mundo de fora, mas esqueceu de conquistar a si mesmo. Estas demências têm tomado conta da vida das pessoas pelo fato de não saberem lidar com suas emoções e sentimentos.
O Mestre da Vida, JESUS, disse certa feita que “é através da vossa paciência que obterão a própria alma”. Em outro texto chegou a asseverar: “de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Alma aqui é derivada da palavra grega “psiquê”, dando idéia das emoções e sentimentos do ser humano ou aquilo que faz dele um ser vivente.
As palavras de Jesus se tornam atuais e preme de profunda meditação, pois apesar de terem sido proferidas a mais de 2000 anos atrás, nos serve de antídoto para este mal que tem acometido o presente século.
Precisamos lutar por nossos ideais, sonhos e investir tempo e forças em nossa carreira profissional, mas não nos esquecermos que somos seres humanos e temos limites. . . que venhamos correr, mas não perder a saúde, que venhamos crescer, e chegar ao zênite profissional sem perder a nossa alma. . .
Lute e espere, pois quem espera sempre alcança!

quinta-feira, 16 de maio de 2013


A Família de Elimeleque e suas Decisões.

chm8caminho             No pequeno livro de Rute, situado entre o livro de Juízes e I Samuel, encontramos a história de Elimeleque e sua família. Embora esta história tenha aproximadamente 3000 anos, ela nos traz lições valiosas. No primeiro capítulo, encontramos até o verso 5 a triste história deste homem e de sua família, vejamos: "Nos dias que os juízes julgavam Israel, houve uma fome na terra, pelo que um homem de judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe; ele, sua mulher e seus dois filhos. O nome deste homem era Elimeleque, e o nome de sua mulher Noemi, e o nome de seus dois filhos, Malom e Quilion. E Morreu Elimeleque e ficou Noemi com seus dois filhos os quais tomaram para si mulheres moabitas e ficaram ali quase 10 anos. E morreram ambos os filhos e ficaram as mulheres desamparadas".
            Percebemos neste simples relato o quanto uma decisão errada traz sérias implicações na vida de uma pessoa, bem como de sua família.
            A primeira lição que tiramos é que nossas decisões não podem ser pautadas pelo senso comum. No livro de juízes vemos que o povo estava vivendo um momento em que cada um fazia o que era bom aos seus próprios olhos. Assim vivia a sociedade da época, as pessoas tomavam as decisões de acordo com suas emoções e vontades. Bem parecido com a nossa época; é comum vermos pessoas em nosso tempo tomar decisão baseado no que está sentido e no senso comum. Lembre-se que a vida é única e as conseqüências é exclusivamente de sua responsabilidade.
            Aprendemos também através desta família que nossas escolhas não podem ser tomadas mediante as circunstâncias. O texto nos diz que houve fome na terra e Elimeleque passou a peregrinar pelos campos de moabe. A decisão de se mudar foi determinada pela necessidade de suprir a falta de pão, mudou-se para procurar alimento e socorro. Aparentemente esta seria uma decisão plausível, mas não foi; basta olharmos o final da história. Infelizmente muitas pessoas se desesperam quando as adversidades chegam e passam a procurar soluções temporais para seus problemas. Já dizia o sábio Salomão que existem caminhos que ao homem parece direito, mas o fim dele é morte.
            Infelizmente esta decisão foi tomada por Elimeleque sem que existisse um diálogo com sua esposa e família. Sabemos muito bem que nesta época a sociedade era predominantemente paternalista e cabia ao homem as decisões e suprir as necessidades do lar. Nos dias atuais, houve uma mudança de paradigma no que tange aos papéis. O homem e a mulher trabalham compondo assim a renda do lar. É comum vermos casais que ainda não se ajustaram quanto ao salário fazendo divisão e não prestando conta aos respectivos cônjuges quanto aos gastos e projetos financeiros. A base de qualquer união está no diálogo e na capacidade de tomarem decisões juntas. Se não existe consenso na família o fracasso é certo. O grande sábio diz que onde não há sábia direção o povo perece.
            Esta decisão trouxe sérias conseqüências na vida desta família, onde morreram os homens da casa. Depois de muito tempo, Deus visitou a terra de Belém novamente e houve alimentos. Precisamos entender que as crises são passageiras, mas o peso de nossas decisões são eternas e irreversíveis. Portanto, tenha serenidade na tomada de decisões. . . Creia que Deus tem uma história linda para você e sua família. 

quarta-feira, 17 de abril de 2013


O Cristão e a Política

Diante dos atuais noticiários envolvendo pastores e a política, percebe-se uma certa indagação no meio evangélico sobre o relacionamento do pastor e a política. De um lado encontramos aqueles que pensam que o pastor é para pastorear igrejas, e outros que advogam que os tempos mudaram e que precisamos de pastores representando o povo evangélico na esfera política.
Nos EUA encontramos homens que lutaram por causas sociais como Luther King e por outro lado vemos o Ev. Billy Ghran que rejeitou ser presidente daquela nação por acreditar que a posição que ele estava era infinitamente superior a qualquer outra posição nesta terra. 
Buscando nas histórias bíblicas percebemos dois homens na Bíblia que fizeram parte de governo terreno, em épocas distintas, em locais de misticismo religioso e onde imperava o paganismo. Obviamente estou falando de José e Daniel. A vida destes dois homens se tangenciam por alguns motivos que destacaremos a seguir: Os dois saíram muito cedo de sua terra natal, com aproximadamente 16 anos de idade; José foi traído e vendido pelos seus irmãos e viveu como escravo no Egito, foi caluniado e viveu grande parte de sua vida em um cárcere. Daniel fora levado cativo para a Babilônia e lá foi um profeta de Deus junto ao Palácio.
Estes personagens nos deixa um legado e um caminho a seguir como homens de Deus que fizeram a diferença no meio político.
A primeira lição a aprender é que não importa o lugar onde estamos, precisamos ser fiéis aos princípios divino. Tanto José quanto Daniel não venderam as suas convicções diante da luxúria do império. Apesar de estarem longe da pátria Israel, os preceitos de Deus estavam correndo em suas veias a ponto de não adorar outro deus e não se contaminar com as iguarias. Daniel diante de um problema, convocou seus amigos para jejuar e orarem ao Deus do céu em prol de uma solução. Infelizmente vivemos em uma sociedade onde a ética é situacional, depende das circunstâncias e do local; época marcada pelo instantâneo, pelo jeitinho brasileiro e pelas entrelinhas da lei onde as pessoas não jejuam e oram mais afim de obter resposta divina. Precisamos a crer no poder da oração e voltar a prática do jejum. Não podemos nos olvidar de que a ética bíblica está acima de qualquer benefício e situação terrena. Os governos e as leis humanas passarão, mas a palavra de Deus dura eternamente.
Outro ponto a considerar sobre estes dois personagens é a sua conduta ilibada diante do poder. Em todos os momentos da vida destes servos de Deus percebemos a nobreza de caráter, a humildade, o padrão de santidade e o propósito de fazer jus a vocação. José cuidava de todos os pertences de seu senhor, mas nunca usou desta confiança para traí-lo. Daniel, os homens procuraram defeito, mas não puderam achar. Ao contrário do que acontece hoje, influenciadas pelo estilo de vida pós-moderno as pessoas praticam nepotismo, a sinecura e até mesmo a simonia. Precisamos ser homens de verdade e acima de qualquer suspeita. Urge, que venhamos levantar a bandeira da ética e do evangelho.
Em terceiro lugar, Daniel e José não perderam o foco e a visão pelo qual estavam no poder. José manteve-se firme como governador cumprido na íntegra o que Deus o designara a fazer; Daniel também, mesmo diante de tantas investidas não perdeu a visão e o ministério  profético. Diante de tantas propostas e facilidades da vida terrena, muitos líderes tem perdido a visão que um dia arderam em seus corações e lacrimejaram seus olhos, trocando as promessas divina pelas propostas humanas, as convicções pela conivência e a vocação pelas benesses  imperiais. Precisamos entender que a nossa vocação está acima de qualquer bem terreno. A Bíblia nos diz que teremos cem vezes nesta vida e por fim a vida eterna.
Que venhamos viver como sintetizou o apóstolo Paulo: Não atentando para o que vemos e sim para aquilo que não vemos, pois o que vemos são coisas temporais, mas o que não vemos são eternas.
Que Deus nos ajude a cumprir com excelência o ministério e a carreira que recebemos do Senhor, o nosso supremo pastor e bispo das nossas almas.

sábado, 23 de março de 2013


O Julgamento de Deus

           Acompanhando os noticiários, ouvimos sobre uma série de julgamentos acontecendo, uns de muita importância e outros quase sem muito destaque na mídia. Alguns meses atrás presenciamos um dos julgamentos mais aguardado, que foi o do “Mensalão”, este no âmbito político; outro aconteceu a pouco tempo que foi o caso do “Goleiro Bruno”.
            As técnicas são sempre as mesmas, o jeitinho brasileiro, os meandros da lei para defender seus interesses, a impunidade e a contestação de provas como vídeo e escuta telefônica. Em prol da reputação e do ganho financeiro vale a pena ganhar qualquer causa, pois acima da justiça está um jogo de interesse. Esta maneira de pensar faz com que algumas pessoas não levam a sério o julgamento de Deus sobre a humanidade.
            Sem me prender muito aos pormenores de cada julgamento quero apenas mencionar um julgamento que acontecerá e que marcará eternamente a história das pessoas. Julgamento este que as pessoas ignoram ou não pensam, pois se pensassem  com seriedade neste evento viveriam a vida com mais responsabilidade e temor.
            A Bíblia nos fala acerca do “Juízo Final”, registrado em Apocalipse 20:11-15. A Bíblia assevera que o juízo será sem misericórdia. Será o acerto de contas de Deus com o homem que escolheu viver uma vida de rebelião contra os ditames divino.
            Precisamos atentar em primeiro lugar é que o Juiz é o próprio Deus. Em Deus habita a verdadeira justiça, nEle não há mudança nem sombra de variação e Ele julga com imparcialidade, Ele é onisciente e onipresente. Hoje, diante de um crime as pessoas querem saber se foi doloso ou culposo, mas no juízo de Deus, até mesmo as motivações Ele conhece. Deus não se corrompe ante as propostas humanas, não é pressionado a favorecer um em detrimento do outro. Com Ele não existe negociação, e sim justiça. Não nos enganemos, Deus não se deixa escarnecer, como disse Paulo, pois tudo que o homem semear, isto também colherá.
            Outro fator a observar é que as pessoas foram julgadas pelas coisas que estavam escritas no livro. Tudo que o ser humano faz está registrado nos livros celestiais, durante a sua vivência terrena no pecado o homem vai acumulando provas contra si mesmo diante do Deus todo-poderoso. Neste dia, Deus julgará os segredos dos homens, como asseverou Paulo em sua missiva. Infelizmente o homem pós-moderno vive na ilusão de que a vida se restringe ao aqui e agora entregando-se ao hedonismo chafurdando-se em uma vida pecaminosa e sem limites. Até mesmo as palavras ociosas o homem dará conta delas no juízo.
            Segundo o texto, todas as pessoas que morreram sem Cristo ressuscitarão para serem julgadas e receberem a devida sentença. Em sua visão apocalíptica João disse que viu mortos grandes e pequenos. Entendemos que independente de classe social, posses financeiras, contas bancárias recheadas, sexo, raça e tribo estarão diante da fonte de toda a justiça. A Bíblia diz que todos quanto os nomes não estiverem escritos no livro da vida serão lançados no lago de fogo.
            Ao contrário do que acontece hoje, os que forem condenados neste grande julgamento não serão beneficiados por terem cursos superiores, nem regime semi-aberto ou redução de pena por bom comportamento. A sentença será por e para toda a eternidade; sem direito a recorrer em outras instâncias, pois é o juiz de toda a terra, o Deus todo-poderoso é que julgará e dará a sentença.
            Jesus ao referir-se a este lugar onde os condenados serão lançados, resumiu dizendo: “onde o bicho não morre e o fogo jamais se apaga”e “onde haverá prantos e ranger de dente”.
            Que não venhamos a nos enganar, A Bíblia fala que Deus é juiz justo e que se  ira todos os dias, mas ao mesmo tempo é longânimo e espera que o homem se arrependa antes que seja tarde demais.
            O fim do mundo e o Juízo Final é uma realidade. . .Pense nisto, antes que seja tarde demais!