Jesus e a sua Ótica Missionária
Estamos
atravessando uma época de profundas mudanças no pensamento, nas ideologias, e
estas por sua vez tem influenciado diretamente a maneira e o pensamento dos
cristãos hodiernos.
Nossa
época é caracterizada pelo mutantismo, onde as coisas estão em constantes
transformações, materialismo, onde tudo se baseia mo ter e o imediatismo onde o
pensamento das pessoas se concentra apenas no aqui e no agora. Lógico que
existem outras características do nosso tempo, mas quero citar apenas estas
para algumas considerações missiológicas na visão de Cristo.
Jesus nos advertiu a levantar os
olhos e vê que os campos estão brancos para ceifa (Jo 4:35). Este
verso nos revela o quanto Jesus estava preocupado com a nossa maneira de ver as
coisas. A maneira como vemos, influencia diretamente na nossa maneira de viver.
Jesus aqui nos adverte que a obra missionária é urgente. Infelizmente, estamos
cegados pelo materialismo desta geração; estamos tão preocupados com nossas
conquistas, desejos e sonhos pessoais que não conseguimos entender a urgência
da obra missionária. É necessário orarmos para que Deus venha nos curar desta cegueira
espiritual, e assim vermos o tempo propício para a ceifa. Enquanto estamos
cegos pessoas estão morrendo sem Deus e sem salvação. Muitas igrejas e líderes
hoje são como a igreja de Laodicéia que tinha uma visão equivocada a cerca de
si mesma; se consideravam ricos e não tinha falta de nada, mas a visão de Deus
sobre eles era: “não sabes que és
desgraçado, miserável, pobre, cego e nu”.
E ainda aconselhou a ungir os olhos com colírio para que pudesse
ver. Que nossos olhos venham ser ungidos
pelo Senhor, e assim, venhamos ser libertos deste engodo para termos a visão de
Deus e de sua obra.
Em
outro diálogo com seus discípulos Jesus foi categórico ao dizer: “Convém que eu faça as obras daquele que me
enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4).
A idéia que Cristo deixa para seus discípulos é que o tempo urge; exigem de nós
uma disposição e um sacrifício para aproveitar as oportunidades. Este verso é
cabível aos nossos dias, pois os cristãos hodiernos gostam de protelar aquilo
que é urgente e fazer aquilo que é de nenhum valor. Uma prova disto é a
quantidade de tempo que os cristãos gastam em redes sociais e jogos virtuais. O
nosso problema não é falta de tempo, pois temos; nosso problema é a conscientização que precisamos investir o
nosso tempo na obra de Deus. O Apóstolo Paulo nos exorta a remir o tempo, porquanto
os dias são maus. Estatísticas nos mostram que morrem por hora 6.178 pessoas no
mundo, uma média de 103 por minuto. Baseado nisto vemos o tamanho de nossa
responsabilidade diante daqueles que partem se Deus e sem salvação. Que Deus
nos desperte a tal ponto que venhamos tributar e dedicar cada milésimo de nossa
vida à sua obra.
Abordando
sobre a necessidade da obra, Jesus disse aos seus discípulos: “Rogai, pois ao Senhor da seara que mande
ceifeiros para sua seara” (Mt 9:38). A Palavra “rogar”, segundo o Aurélio é
pedir com instância ou clamar. Por se tratar de uma obra imensa e de cunho espiritual,
Jesus exorta seus discípulos a clamarem a Deus para que levante obreiros e os
envie aos campos. Estatísticas nos mostram que de cada 10 missionários, seis
voltam frustrados. Na janela 10/40
existe 1 pastor para cada milhão de pessoas. Contrastando com esta realidade,
aqui no Brasil existem pastores que não cabem nos púlpitos. É hora dos cristãos
clamarem para que a voz de Deus brade em meio às nossas convenções requerendo
Paulo e Barnabé para a obra missionária. É tempo dos cristãos rogarem com fervor
para que Isaías, mesmo no palácio veja a glória de Deus a aceite o desafio de
fazer a obra de Deus.
Que
Deus nos ajude e nos desperte todos os dias para Missões. Não podemos nos olvidar
de que Missões está no coração de Deus e que precisa estar no coração da
igreja.