A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

 Jesus e a sua Ótica Missionária

Estamos atravessando uma época de profundas mudanças no pensamento, nas ideologias, e estas por sua vez tem influenciado diretamente a maneira e o pensamento dos cristãos hodiernos.
Nossa época é caracterizada pelo mutantismo, onde as coisas estão em constantes transformações, materialismo, onde tudo se baseia mo ter e o imediatismo onde o pensamento das pessoas se concentra apenas no aqui e no agora. Lógico que existem outras características do nosso tempo, mas quero citar apenas estas para algumas considerações missiológicas na visão de Cristo.
Jesus nos advertiu a levantar os olhos e vê que os campos estão brancos para ceifa (Jo 4:35). Este verso nos revela o quanto Jesus estava preocupado com a nossa maneira de ver as coisas. A maneira como vemos, influencia diretamente na nossa maneira de viver. Jesus aqui nos adverte que a obra missionária é urgente. Infelizmente, estamos cegados pelo materialismo desta geração; estamos tão preocupados com nossas conquistas, desejos e sonhos pessoais que não conseguimos entender a urgência da obra missionária. É necessário orarmos para que Deus venha nos curar desta cegueira espiritual, e assim vermos o tempo propício para a ceifa. Enquanto estamos cegos pessoas estão morrendo sem Deus e sem salvação. Muitas igrejas e líderes hoje são como a igreja de Laodicéia que tinha uma visão equivocada a cerca de si mesma; se consideravam ricos e não tinha falta de nada, mas a visão de Deus sobre eles era: “não sabes que és desgraçado, miserável, pobre, cego e nu”.  E ainda aconselhou a ungir os olhos com colírio para que pudesse ver.  Que nossos olhos venham ser ungidos pelo Senhor, e assim, venhamos ser libertos deste engodo para termos a visão de Deus e de sua obra.
Em outro diálogo com seus discípulos Jesus foi categórico ao dizer: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4). A idéia que Cristo deixa para seus discípulos é que o tempo urge; exigem de nós uma disposição e um sacrifício para aproveitar as oportunidades. Este verso é cabível aos nossos dias, pois os cristãos hodiernos gostam de protelar aquilo que é urgente e fazer aquilo que é de nenhum valor. Uma prova disto é a quantidade de tempo que os cristãos gastam em redes sociais e jogos virtuais. O nosso problema não é falta de tempo, pois temos; nosso problema  é a conscientização que precisamos investir o nosso tempo na obra de Deus. O Apóstolo Paulo nos exorta a remir o tempo, porquanto os dias são maus. Estatísticas nos mostram que morrem por hora 6.178 pessoas no mundo, uma média de 103 por minuto. Baseado nisto vemos o tamanho de nossa responsabilidade diante daqueles que partem se Deus e sem salvação. Que Deus nos desperte a tal ponto que venhamos tributar e dedicar cada milésimo de nossa vida à sua obra.
Abordando sobre a necessidade da obra, Jesus disse aos seus discípulos: “Rogai, pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para sua seara” (Mt 9:38). A Palavra “rogar”, segundo o Aurélio é pedir com instância ou clamar. Por se tratar de uma obra imensa e de cunho espiritual, Jesus exorta seus discípulos a clamarem a Deus para que levante obreiros e os envie aos campos. Estatísticas nos mostram que de cada 10 missionários, seis voltam frustrados.  Na janela 10/40 existe 1 pastor para cada milhão de pessoas. Contrastando com esta realidade, aqui no Brasil existem pastores que não cabem nos púlpitos. É hora dos cristãos clamarem para que a voz de Deus brade em meio às nossas convenções requerendo Paulo e Barnabé para a obra missionária. É tempo dos cristãos rogarem com fervor para que Isaías, mesmo no palácio veja a glória de Deus a aceite o desafio de fazer a obra de Deus.
Que Deus nos ajude e nos desperte todos os dias para Missões. Não podemos nos olvidar de que Missões está no coração de Deus e que precisa estar no coração da igreja.

sábado, 5 de abril de 2014

O Profeta Samuel e Sua Grande Missão

Estudando a vida deste profeta que foi importante na história do povo de Israel, percebo o quanto precisamos de homens que assumam o papel e a responsabilidade que ele assumiu.  Vejamos alguns pormenores:
Samuel nasceu em uma época de mudanças. Esta mudança acontece entre a judicatura e a monarquia. Após intensos anos em que predominava a teocracia, o povo se olvidou dos mandamentos de Deus e chafurdou-se na idolatria e rebeldia, onde cada um fazia o que parecia certo aos seus olhos e mal aos olhos do Senhor. Justamente neste quadro, Samuel surge como agente de transformação. A exemplo de Samuel, estamos num contexto marcado de trágicas mudanças e precisamos ser agentes de transformação. Presenciamos hoje e antropocentrismo ganhando cada vez mais espaço em nossas hinódias, pregações e ministérios. Contemplamos o absoluto bíblico sendo sorrateiramente substituído pelos relativismos filosóficos. Deus nos conclama para sermos agentes de transformação e assumirmos a responsabilidade de nossa geração.
Como agente de transformação, Samuel foi fiel à mensagem divina. O relato bíblico nos conta que “a palavra de Deus era de muita valia, e não havia visão manifesta” (I Sm 3:1). A corrupção e o pecado estavam sobremaneira que havia bloqueado a revelação de Deus no centro espiritual da nação. A nação estava degenerada moralmente e politicamente, mas em meio a tudo isto, Samuel entregou na íntegra a palavra de Deus. Uma das maiores necessidade de nossos dias é de homens que sejam fiéis a Deus em toda a sua maneira de viver, mormente na pregação das Escrituras. Lembremo-nos que a palavra nos diz: “sem profecia o povo se corrompe (Pv 29:18)”.  O apóstolo Paulo chegou a dizer a Igreja em Éfeso que “nunca deixou de anunciar todo o conselho de Deus” (At 20:27) e que “tinha andado diante de Deus com toda a boa consciência” (At 23:1)
Em meio à crise eclesiástica, Samuel foi um agente de transformação, pois não temeu à liderança. O templo de Siló fora profanado e o sacerdote se mostrava corrupto e imoral. Eli estava tão cego espiritualmente falando, que interpretou mal o sofrimento de Ana; além deste embotamento espiritual compactuava com o erro de seus filhos. O texto nos diz que: “os filhos de Eli eram de Belial e não conheciam ao Senhor” (I Sm 2:12).   E o verso 17 sintetiza: “Era, pois muito grande o pecado desses jovens, perante o Senhor”. Este cenário apresenta bastante semelhança com os dias que estamos atravessando, pois muitos líderes perderam o temor, a visão e o discernimento espiritual; infelizmente não se ora mais para consagrar obreiros e nem tomar decisões.
 Muitos de nossos problemas eclesiásticos seriam evitados se orássemos mais e agíssemos menos.  Deus conta conosco para mudar este quadro lastimável, precisamos de profeta cheio de autoridade e unção que confronte a liderança com a palavra de Deus e não temam. Jesus nos advertiu quanto a temer ao home, dizendo: “Não temais aos que matam o corpo e depois não tem mais o que fazer. Mas Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que depois de matar, tem poder para lançar no inferno, sim, vos digo; a este temei” (Lc 12:4-5).
Samuel entendeu que para fazer a obra de Deus precisa estar com o vaso cheio. Este é um ingrediente indispensável para ser um agente de transformação. Deus já havia rejeitado Saul como rei sobre seu povo e estava levantando o outro, mas para tanto Samuel precisava encher o vaso de azeite. Lógico que encher o vaso de azeite era literal, pois precisava ungir o novo Rei de Israel.
Quero ensejar o momento para dizer que tem muito “Saul” no domínio, por que existem muitos “Samueis” sem unção. A Palavra de Deus nos exorta a encher o vaso. Creio, oro e profetizo um grande agir de Deus em nossos dias. Precisamos encher o vaso, pois Deus quer trocar a liderança  rejeitada por Ele por homens segundo o sEu  coração.

Estamos diante de um grande desafio e precisamos urgentemente assumir a responsabilidade e sermos agente de transformação em um mundo espiritualmente perdido.