A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016


Abominação no Lugar Santo



Resultado de imagem para altar de deus com fogo            Jesus, ao falar sobre este assunto cita a profecia de Daniel, vejamos: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda”. (Mt 24:15). Esta passagem predita por Jesus deve nos levar a repensar sobre a cristandade hodierna e quais atitudes a tomar diante desta época que vivenciamos, considerada por muito a era da hiper-modernidade. Época marcada por mudanças profundas na espiritualidade, na filosofia e até mesmo no âmbito teológico.

            Durante o período inter-bíblico, Antíoco Epifânio, entrou no santuário e sacrificou uma porca no altar, profanando assim o lugar, onde se oferecia sacrifícios de animais limpo, sem manchas e sem defeito.

            Diante do exposto, quero lincar esta passagem com alguns eventos que acontecem no altar de nossos templos, pois em seu sermão profético, Jesus faz questão de nos exortar quanto à profanação do altar. A irreverência do sagrado e o descaso com a obra de Deus tem sido características marcantes deste momento crítico.

            Infelizmente, contemplamos o altar a Deus sendo transformado em palanques políticos. No contexto bíblico, altar é lugar de sacrifício, de morte, de entrega e de adoração. No Antigo Testamento vemos o Altar de Holocausto, onde o sacrifício era por inteiro e o Altar de Incenso, onde simbolizava a adoração somente a Deus. Em ambos, a centralidade era a morte e Deus aceitando a oferta. Tem muitas pessoas nos dias atuais usando o altar de maneira errada, buscando a sua própria glória, usurpando a glória divina e buscando sempre alimentar seu narcisismo. O Altar não é lugar de promoção e sim de morte... não é lugar para aparecer o homem e sim de manifestação divina. Muitos de nossos cultos se transformaram em vitrines de políticos que até se passam como crentes ao citar uns versículos isolados e levantando a bandeira da ética e da moral, porém, alguns envolvidos em escândalos. Somos homens do altar, nossa função é zelar para que o fogo venha arder continuamente no altar e não se apagar.

            Presenciamos também o altar de holocausto sendo substituído por palco para shows gospel. É lamentável, mas quando se perde a noção de altar, começamos a incrementar paliativos. Queremos atrair multidões ao nosso culto e esquecemos de atrair a presença do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Pagamos um alto “cachê” para um cantor, mas não temos coragem de colocar a nossa boca no pó e nos humilharmos diante de Deus. Promovemos eventos e mais eventos, caindo num ativismo religioso na tentativa de não esconder uma deficiência.

Uma verdadeira adoração estimula a consciência pela santidade de Deus, nutre a mente com a verdade de Deus e leva o adorador a dedicar a sua vida a inteira vontade de Deus. Um exemplo clássico disto encontramos na igreja de Éfeso, pois trabalhava arduamente, mas não existia mais o amor pelo Senhor da Obra. A sentença de Cristo a esta igreja foi: “Tenho contra ti, que deixaste o primeiro amor”. Vale ressaltar que quando os nossos sentimentos por Deus estão mortos, tudo o que fazemos pra Ele também é vão.

            Profanamos o altar quando colocamos para pregar, homens que vivem de carisma e não de caráter, de técnica e não de unção. Paulo combateu durante seu ministério os inimigos da Cruz e os falsos apóstolos. Em sua segunda missiva à igreja de Corinto, faz alusão aos “falsificadores da palavra de Deus. A expressão “falsificadores” (gr-kapuluo), dá-nos a ideia de traficar, adulterar e lucrar. É lamentável, mas temos visto o altar se transformar em balcão de negócios, mensagens sendo vendidas e as bênçãos de Deus comercializadas. O que dizer da pobreza na interpretação bíblica, onde as perícopes são interpretadas não a luz de uma exegese, mas sim pela conveniência mercadológica.

            Nós estamos abrindo mão do caráter pelo carisma. Convidamos para os congressos e seminários pessoas que ostentam e pregam tudo o que Cristo e os apóstolos jamais ministraria. João, chegou ao ponto de dizer: “se alguém vem ter convosco e não traz a sã doutrina, não o recebais em casa e nem tampouco o saudeis”. Para nosso espanto, nos dias atuais estes são recebidos na mais alta pompa. Judas deixa registrado que os tais são manchas em nossas festas, nuvens sem aguas levadas pelo vento, árvores murchas e infrutíferas e desarraigadas.

            No Antigo Testamento temos um relato trágico deste viver irresponsável. Os filhos do sacerdote Arão, Nadabi e Abiú vieram oferecer fogo estranho no altar e Deus os fulminou. Hoje vivemos o tempo da graça, talvez baseado neste pressuposto muitos tem vivido uma vida e um ministério de maneira tão irresponsável. Lembremo-nos do que Paulo disse: “Deus é um fogo consumidor e de Deus ninguém zomba”.

            Que venhamos tratar com mais seriedade o lugar santo, pois sem a palavra do evangelho, nossos cultos se tornam estéril e completamente vazio.

            Sola Fides.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Resultado de imagem para A visão de Isaías
A Vocação de Isaías
            
             Uma das chamadas mais lindas da Bíblia Sagrada é a chamada de Isaías. Deus o vocaciona de maneira sobrenatural; se revela a alguém que estava envolvido com a liturgia judaica, mas precisava de ser impactado pela majestade de Deus. Em tempos de degradação moral e espiritual, Deus desperta o fervor profético de um homem e faz com que se torne um profeta de autenticidade.
            O texto nos relata que a chamada de Isaías é datada da seguinte forma: "No ano que morreu o Rei Uzias", aproximadamente 740 aC.
            Segundo alguns historiadores, Isaías tinha um grau de parentesco com o Rei. Quem sabe pela proximidade com o palácio ou pela vida de influência, talvez Isaías não sentisse tanto o ardor da chamada profética. Mas no mesmo ano, que houve uma perda significativa, Isaías teve uma visão poderosa e impactante que mudou a trajetória de sua vida e ministério. O texto sagrado diz: "... eu ví o Senhor assentado num alto e sublime trono". O que legitima uma visão é o que ela promove em nós.
            Muitas vezes, passamos por momentos de perdas significativas; pode ser na área financeira, emocional ou física, não podemos desesperar, pois Deus sabe o que faz. Nós vemos apenas parte da nossa vida, Deus conhece a nossa existência por completo. Talvez todas estas questões incompreendidas sejam deliberações divina para nos levar a um patamar maior de glória, de intimidade e de responsabilidade ao comissionamento celestial. Às vezes, preme perdemos algo, para termos experiências mais significativas e sobrenaturais.
            O Contexto da chamada de Isaías nos chama muito a atenção. A nação estava passando por um momento de declínio e trevas espirituais. O culto se tornou apenas um ritual, os holocaustos e sacrifícios haviam perdido a essência. As mulheres estavam negligenciando as suas atividades e caindo em prostituição. A prática de venda e compra de sentenças pelos príncipes e juízes eram comuns. O grau de corrupção da nação estava em proporções incalculável.
            Diante deste quadro nefasto e corrupto, Deus se manifesta a Isaías e o vocaciona com uma mensagem exortativa e ao mesmo tempo consoladora para mudar a história de uma nação, fazendo-lhe revelações profundas.
            Ao olharmos para o caos estabelecido no mundo, vemos que é um momento similar ao vivido por Isaías. Deparamo-nos hoje com igrejas abarrotadas de cultos à personalidade, pessoas preocupadas em conquistas terrenas e pessoais e morrendo de inanição espiritual. No âmbito político, os escândalos não param, os processos não saem dos calhamaços judiciais. Humanamente falando, tudo caminha para o caos. Mesmo diante desta calamidade, Deus sempre chama homens para fazer a diferença. O agir de Deus não está limitado a tempo ou a momento histórico. Vocação independe de circunstâncias.
            Que nesta lassidão espiritual, venhamos estar sensíveis à voz divina. Que nossos corações venham clamar por uma experiência genuína e cabal com Deus, e assim; venhamos mudar a história do mundo com a voz profética, a voz do evangelho.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016


Resultado de imagem para a mulher de lóLembrai-vos da Mulher de Ló



            Jesus em seu discurso sobre os sinais da Volta do Filho do Homem, fez questão de frisar sobre o trágico fim da mulher de Ló, ao dizer: “Lembrai-vos da mulher de Ló”. Indubitavelmente, este evento nos traz lições no que tange à nossa conduta diante de uma ordem divina.

            Em Gênesis 18 vemos o desenrolar desta história; quando o texto sagrado nos diz que o “Clamor de Sodoma e Gomorra tem se multiplicado e o seu pecado tem agravado muito”. Diante disto, Deus diz que vai destruir estas duas cidades, mas salvaria Ló e sua família. Em Gn 19:16-17, observamos que os anjos tiraram Ló e sua família à força e disse para que eles não olhassem para trás. Quando estavam saindo, a mulher de Ló olha para trás, convertendo-se em uma estátua de sal.

            O que me intriga na narrativa é porque a mulher de Ló olhou para trás? Por que apesar de sair escoltada por anjos ela olhou para trás? Por que diante da companhia familiar, ela olhou para trás?

            Diante de tais inquirições, percebemos que o que permeava o coração da mulher de Ló falava mais alto do que a ordenança divina. Durante muitos anos, a família de Ló morou naquela cidade, criou laços de amizade, construiu uma história e uma vida financeira estável. Quando a mulher de Ló olha para trás, nos mostra o quanto é difícil abrir mão das coisas que conquistamos, mesmo diante do imperativo divino. O lar estava lá, seus bens materiais estavam lá, seus amigos estavam lá, seus prazeres estavam lá. Nos dias atuais, a história se repete, pois muitos tem se preocupado com conquistas terrenas e materiais, valorizam mais o que possuem do que a própria essência da vida. São capazes de perder a alma e a dignidade para conquistar seus objetivos egoístas; tornando-se uma pessoa petrificada, pois não vive, não sente e não compartilha. Salomão nos exorta a guardar o coração, pois dele se procede as saídas da vida; Jesus nos diz que onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração.

            Outro aspecto a pontuar é que a mulher de Ló quando olha para trás evidencia uma corrente com o passado. Olhar para trás é olhar para o passado; é achar que não existe esperança e nem possibilidade de uma vida melhor que a antiga. Ela preferiu olhar para o que tinha do que aquilo que poderia ter... valorizar mais o que vivia do que aquilo que poderia viver. Quantos de nós hoje, vivemos na mesma lógica e dinâmica desta mulher; sempre valorizando o passado, presas aos traumas, às frustrações, às derrotas; não acreditando nas vitórias e nem nas mudanças. Quando Deus dá a ordem para fugir disse: “Fuja para as montanhas”. Fugir para as montanhas nos dá idéia de refúgio, lugares altos e proximidade com os céus. Acredite, Deus sempre terá um futuro melhor para você. Rompa com os medos, com as algemas existenciais e acredite no novo de Deus em sua vida.

            Em terceiro lugar, a curiosidade fez aquela mulher olhar para trás. Imagine a cena daquela família escapando para as montanhas e de repente começa a escutar os trovões e o estrondo da destruição; os olhos percebendo os clarões do fogo e saraiva e o corpo sentindo a temperatura de todo aquele momento. Diante de tantas emoções e sentimentos habitando o ser daquela mulher, quem sabe em um momento de fragilidade e impulso, a curiosidade fala mais alto, ela olha para trás e morre. O mesmo acontece hoje, a curiosidade tem tomado conta das pessoas... muitos perdem horas olhando o “Facebook e Instagran” para ver onde as pessoas estão e o que estão fazendo. Temos a necessidade de saber o que se passa na casa do vizinho e esquecemos da nossa casa... queremos educar os filhos dos outros e esquecemo-nos dos nossos. A curiosidade, já dizia os antigos que mata. João nos adverte a olhar para nós mesmos para não perdermos o inteiro galardão. Paulo no texto áureo da santa ceia adverte: “examine-se a si mesmo”.

            Quando Jesus faz referência à mulher de Ló é porque sabia que mesmo passando anos e anos, muitas pessoas teriam a capacidade de refletir sobre a sua maneira de viver e ser.

            Que sejamos humildes o suficiente para reconhecermos nossa deficiência e sinceros para mudarmos, lembrando sempre que as escolhas são individuais. A família de Ló poderia ter chegado unida nas montanhas, mas sua mulher abriu mão de tudo por um único momento. Será que vale a pena... um momento de prazer .... uma traição ... um gole ... uma mentira ... uma tragada ...

            Pense nisto!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016


MOTIVAÇÕES



Resultado de imagem para motivações            A nossa vida é regida por motivações. As motivações são como propulsores que nos levam a tomar alguma decisão, fazer algo ou simplesmente ficar estático. Por detrás das atitudes escondem-se enésimas motivações. Precisamos tomar cuidado, pois atrás de um gesto puro e nobre pode esconder a mais sórdida das motivações.

            Acompanhando as Escrituras sagradas, percebemos vários exemplos de pessoas e suas motivações. A Bíblia nos diz que uma multidão seguia Jesus. Quando estudamos minuciosamente a expressão “seguir”, encontramos pelo menos três variantes, vejamos:

            Em Mateus 4:19, vemos: “e deixando logo a rede, seguiram-no”. O termo seguir aqui do original grego “ekolouphesan” nos transmite a ideia de alguém que é atraído pela conclamação de um Mestre. Ao escutar o chamado, os pescadores passam a seguir Jesus prontamente. Esta é uma atitude nobre diante do chamado. Seguir Jesus pois Ele nos convocou, vocacionou para sermos seus representantes.       

            As pessoas precisam entender que o fato de seguir Jesus nos impõe responsabilidades, obedecer seu chamado nos leva a renunciar o nosso ego e tomar a nossa cruz todos os dias. Nossa motivação em seguir deve nos levar a obedecer e ser fiel em toda a extensão do chamado que Ele nos fez.

            Já a expressão encontrada em Mateus 4:25, noz diz: “E segui-a o uma grande mltidão...” O próprio contexto no fornece uma explicação da verbete, pois Jesus, conforme os versículos 22 a 24 “ensinava, pregava o evangelho, curava todas as moléstias e enfermidades entre o povo, de sorte que eram trazidos à sua presença todo o tipo de enfermos, lunáticos, energúmenos e paralíticos”. Estas pessoas que o seguia, o seguia apenas até os seus desejos serem concedidos ou apenas até suas necessidades serem preenchidas.

Muitas pessoas optam por seguir Jesus apenas pelas benesses, pelo status e pela possibilidade de uma melhora de posição financeira. Paulo chegou até mesmo dizer que alguns pregam Jesus por inveja e porfia (Fp 1:15). Lamentavelmente, presenciamos muitas pessoas anunciando Jesus apenas pela promoção do ambiente Gospel, profissionais da oratória que usam o púlpito como meio de promoção pessoal. Visam apenas o lucro e a expansão do seu ministério. Isto se torna evidente quando vemos pregadores e cantores entregando seus smartphones para tirarem fotos enquanto estiveram “ministrando”, alguns até mesmo fazem poses e “looks”, pois precisam fazer propagando do seu “ministério”. Estamos usando o altar de Deus para promoção pessoal e não mais para culto de sacrifício racional, substituindo a presença de Deus por “egos inflados” de pessoas que acham que o nome que tem é mais importante do que a unção do todo-poderoso. Que Deus nos ajude a voltar para a simplicidade da pregação e vivermos como o apóstolo do Novo Testamento exclamou: Se anuncio o evangelho, não tem em nada do que me gloriar, pois me é imposta esta obrigação.

            Em terceiro lugar, destacamos Mateus 20:34, fala que Jesus tocou os olhos do cego, estes passaram a enxergar e seguiram Jesus. O que motivou estes seguidores é a gratidão, pois reconheceram que eram pessoas deficientes, e como recompensa resolveu seguir Jesus. Existe uma classe de pessoas que seguem Jesus por gratidão. São pessoas que entendem o real valor do Deus encarnado, que tiveram as suas vidas transformadas com o poder do evangelho e entendem que nada é sacrifício diante do que Cristo fez por eles. Encontramos no relato de Lucas 8:1-3 as mulheres que tiveram grande valia no ministério de Jesus, pois estas o servia com suas fazendas.

            O que Cristo fez por nós na cruz do calvário é o suficiente para o seguirmos com motivações nobres, pois estávamos mortos, mas Ele nos deu vida; estávamos perdidos, mas Ele nos achou.

            Diante destas três abordagens, precisamos realinhar nossas motivações em seguir Jesus, pois caso contrário teremos o mesmo fim de Judas que apesar de seguir Jesus, suas motivações eram ilícitas, estava com Jesus, mas seu coração nas coisas materiais, ouvia seus ensinamentos, mas não os internalizava e contemplava milagres, mas não se permitia ser tocados pelos mistérios do reino, e consequentemente, a sua vida mudada pelo Mestre do amor.

            Lembre-se: “Haverá um dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens”.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

 A Eira de Nacon

          Resultado de imagem para eira de nacom            Em II Samuel 6, encontramos uma narrativa que nos serve de meditação para um viver mais responsável e lições para que possamos desempenhar a obra de Deus com maior seriedade..
Após vários anos em que a Arca da Aliança esteve fora de Jerusalém, Davi, ao assumir o comando da nação, tem como empreendimento trazer de volta aquilo que representava a presença de Deus no meio do povo. A perícope nos informa que o rei reuniu 30 mil homens para que o transporte da Arca fosse feita em segurança; por determinação real fora feito também um carro novo, específico e com uma única missão; o de transportar a Arca da Aliança. Durante o cortejo houve cânticos e júbilos com Davi e toda a casa de Israel tocando todo o tipo de instrumento.
           Diante de um momento auspicioso como este, algo inusitado acontece. Ao chegar à eira de Nacom, o carro passa por uma depressão do terreno e começa a tombar, consequentemente; a Arca da Aliança cairia, mas Uzá estendeu a mão para impedir que isto acontecesse. O resultado de tal ato foi a morte. A Bíblia disse que a ira de Deus se acendeu contra Uzá é o feriu ali.
           Quero destacar alguns significados que podemos extrair da expressão “Eira de Nacom”.
           Em primeiro momento, destaco que a Eira de Nacon representa o tempo de Deus. O texto nos deixa claro que várias leis que Deus havia estabelecido no transporte da Arca da Aliança havia sido negligenciado. Mesmo diante de tanta desobediência aos ditames bíblicos havia regozijo e alegria diante do cortejo que conduzia a Arca de volta a Jerusalém. De repente a alegria se torna em tristeza e o que era pra trazer vida, traz morte. O tempo de Deus tratar com a rebeldia do povo chegara. Infelizmente, o mesmo acontece hoje; existe muita rebeldia, negligência e desobediência diante do sagrado. Em lugar do arrependimento existe cântico, em lugar da reverência muito barulho; quem sabe para tentar abafar a voz da consciência. Paul Tornier, em seu livro “Culpa e Graça”, nos evidencia que os gritos e barulhos muitas vezes são uma tentativa de abafar a voz interior.
           Não nos iludamos, o tempo de Deus vai chegar para cobrar as nossas intransigências diante do sagrado.
           A Eira de Nacon representa o basta de Deus à dubiedade cúltica. Após aproximadamente 40 anos sem a Arca, que simbolizava a presença de Deus no meio do povo, o líder resolve trazer a glória de volta. Imagine o ambiente de cânticos, danças e instrumentos diante da Arca. Na visão do povo, tudo se justificava, mas na divina existia reprovação, pois o obedecer é melhor que sacrificar. Vivemos numa época de muitas inovações em nossa hinódia e liturgia; fazemo-las achando que estamos agradando a Deus, quando na realidade encontramos um Deus irado. Vejamos o texto bíblico de Isaías 1:1-14: “De que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios? Diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs, o incenso é para mim abominação, as luas novas, os sábados, e a convocação de assembleias, não posso suportar, pois aborrecem a minha alma, são pesadas pra mim e estou cansado de sofrer”. Para Deus o culto só tem sentido se coexistir obediência, reverência e adoração sincera.
           Um outro aspecto a considerar é que a Eira de Nacom representa um memorial. Mesmo depois do episódio, aquele lugar ficou conhecido como Perez-Uzá, que significa irrompimento sobre Uzá. Quantas pessoas que passavam por aquele lugar e traziam a memória ou contavam para as gerações futuras sobre o ocorrido e o devido respeito para com a Arca de Deus. Quantos males foram evitados diante do fato de Uzá...
           Paulo nos diz na epístola aos Romanos que o que foi escrito para o nosso ensino foi escrito. Precisamos parar diante desta perícope e rever nossos postulados, avaliar nossa liturgia e a maneira como estamos conduzindo o sagrado em nosso viver.
          Embora trágico, este evento nos leva a refletir sobre a nossa conduta diante do sagrado. Que Deus nos ajude e que sua presença em nosso meio seja para vida e prosperidade, e não para morte.



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O Preço da Sinceridade

“Os meus olhos procuram os fiéis da terra para que habitem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me servirá”.

Resultado de imagem para SINCERIDADE                  Vivemos um período de nossa história onde se descobre fraudes e mais fraudes, conhecemos os pormenores do maior escândalo de corrupção instalado no país; o pior é que não pára, mas sempre está gotejando dos cofres públicos tirando a dignidade do povo e matando a esperança de uma nação. A Bíblia nos diz; no livro de Provérbios que a corrupção é a desgraça de qualquer nação, mas com a justiça se firma o trono.
                    Em todos os dias de nosso viver nos deparamos com situações que testa o tempo inteiro a nossa integridade. Quando estamos nos trânsito, em nome da pressa ou para tirar o atraso nos sentimos tentado a transgredir algumas regras de trânsito. A facilidade para o erro hoje está à nossa porta. Através de nosso “smartphone” temos acesso a praticamente tudo, e a possibilidade do sigilo parece tentar justificar nossas práticas. Caímos no engodo de achar que se ninguém sabe ou não traz escândalo não é errado. Diante disto é que me pergunto qual é o preço da sinceridade?
                    A sinceridade em sua etimologia, significa “sem cera”; aquilo que não precisa de cera para camuflar defeitos. Sinceridade é quando as nossas práticas corroboram o nosso ensinamento. Já no grego  “elikrineia”, dá-nos a ideia de “transparência” e “não adulteração”.
                    Sinceridade tem a ver com princípios; com caráter. É aquilo que somos quando estamos sozinhos. O texto acima é extraído de um salmo real, pois é uma espécie de manual para os governantes. Aqui o Rei estava em busca de pessoas sinceras para estar ao seu lado.
                   Davi, sabia que a imagem do rei e a longevidade do reinado estava atrelado também ao comportamento de seus assessores. Infelizmente, em nossos dias é o inverso, muitos fazem aliança, vendem a alma, a dignidade e o caráter para conseguir chegar no topo. E quando chegam no topo, chegam sem alma.
                   A Bíblia nos conta história de homens que jamais negociaram sua sinceridade. José, um jovem que fora traído e vendido por seus irmãos; agora em terra estranha, a mulher de Potifá tentou comprar sua sinceridade com os prazeres carnais, mas José fugiu. Preferiu deixar suas vestes nas mãos daquela mulher do que sua honra. Foi condenado injustamente, mas no devido tempo Deus o exaltou colocando-o em lugar de destaque.
                   Um outro exemplo é Daniel. Vivendo como exilado em uma terra politeísta tentaram comprar seus princípios com negociações imperiais. Mesmo não cedendo aos manjares oferecidos a ele, foi honrado, pois o Deus sempre tem honra para os sinceros. O que dizer de Jesus? A Bíblia disse que em tudo foi tentado, porém não pecou; nem mesmo em sua boca se achou engano.
                  Que venhamos aprender com estes ícones da Bíblia Sagrada a não negociar o nosso caráter. Não vale a pena sacrificar nosso caráter no altar da conveniência, trocar os princípios éticos e morais por efêmeros esplendores terreno e perder a alma tentando ganhar o reino terreno.
                  Será que podemos fazer a mesma oração do patriarca Jó, quando ele exclama: “Pesa-me o Deus em balanças fiéis e saberás a minha sinceridade”.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016


A Corrida Cristã



            A vida cristã segundo a Bíblia é uma corrida, cuja linha de chegada é a eternidade. Na epístola aos Hebreus, o autor da missiva exorta os cristãos a correr com perseverança para a carreira que está proposta. Olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé (Hb 12:1-2).

            Esta ideia de corrida coaduna com a visão paulina da lida cristã descrita em I Co 9:24-27, onde a nossa vida é comparada à de um atleta.

            A expressão "atleta", oriunda do grego nos dá uma ideia de "competir por um prê­mio"; sendo assim o atleta tendo como objetivo uma coroa (stephanos - grego) de ramos de oliveira tinha uma vida de intenso treinamento, autodisciplina e foco. Ao usar esta metáfora do atleta, o apóstolo Paulo nos diz que o atleta terreno vai até o limite do seu corpo para conseguir uma coroa que dias depois estará seca (corruptível); diante disse, o apóstolo nos exorta a ter um empenho ainda maior, pois a nossa herança é incorruptível. Nós, como atletas da causa do Evangelho precisamos de autodisciplina no que tange ao serviço cristão e espiritual. Os cristãos do primeiro século se tornaram mártires pela coroa incorruptível, lutaram contra impérios e perseguição, pois sabiam que a coroa celestial estava reservada aos vencedores da corrida cristã.

            O escritor aos Hebreus fala que precisamos deixar todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia. O verbo “deixar”, fala de renúncia ou abrir mão. O verdadeiro atleta quando foca a vitória e no prêmio abre mão de deleites, pois precisa de foco e treinamento. Na saga espiritual, não é diferente, precisamos renunciar o pecado que de perto nos rodeia. Todos os dias o pecado está diante de nós, mas o “prêmio da soberana vocação”, como disse Paulo deve ser maior do que qualquer coisa desta vida... maior do que qualquer deleite ou possibilidade de nos afastar do alvo. O grande apóstolo das missões primitivas nos diz que seu alvo era Cristo. Aconselhando seu filho espiritual Timóteo aulo disse: “Aquele que milita a boa milícia, não se embaraça com os negócios desta vida, pois agrada aquele que o alistou”.

            Em seus derradeiros momentos ele sentiu que sua partida estava próxima e por isso disse: … me aguarda a coroa que o justo juiz me dará naquele dia, não somente a mim, mas a todos que amarem a sua vinda”.

            O texto nos informa que a nossa carreira foi proposta. O verbo “agon”, termo que originou "agonia", era a competição ou carreira. Existe um curso definido, regras fixas e um alvo estabelecido. Esta é a carreira que nos foi proposta por Cristo. Como atletas temos regras que precisam ser obedecidas para não sermos desclassificados. Ao escrever à Timóteo, Paulo diz: “Ninguém é galardoado se não militar legitimamente”. No mundo desportista, muitos usam de “doping” para se beneficiarem de algum motivo, mas são desclassificados.

            Estamos em uma grande maratona, onde muitas coisas acontecem para nos tirar do foco. Enfrentamos a exaustão do corpo, as crises internas que nos levam a alguns revezes. Muitas vezes, nossa visão fica turva devido ao cansaço ou cegueira momentânea devido aos holofotes. Diante de tais situações o escritor aos Hebreus nos mostra duas fontes de motivações. A primeira é que estamos rodeados de uma grande nuvem de testemunha que são os heróis da fé que nos servem de inspiração. Em segundo lugar é que precisamos olhar firmemente para o autor da nossa fé – JESUS.   

            A Nossa corrida cristã começou no calvário e acabará na eternidade, por isso corra, ande, rasteje, mas não pare, pois a promessa é para os vencedores. Ao que vencer farei coluna do templo do meu Deus e jamais sairá; darei uma pedra branca e um novo nome; concederei autoridade sobre as nações e vara de ferro para reger as nações; concederei que se assente no meu trono; darei de comer da árvore da vida e vestirei de vestes brancas e confessarei o seu nome diante do Pai e dos anjos.

            Inflamados com o poder pentecostal, vamos rompendo em fé para a carreira que nos está proposta.

            Que Deus nos ajude!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Os Inimigos da Cruz
            Paulo, em sua missiva à igreja que estava na cidade de Filipos adverte aos irmãos quanto àqueles que são inimigos da cruz de Cristo (Fp 3:18). Sabemos pelo teor escriturístico do apóstolo, que o mesmo primava por uma doutrina sadia e zelava pelo bom andamento da obra de Deus, bem como o desenvolvimento do rebanho. Em diversas vezes encontramos as advertências paulinas contra os falsos mestres, pseudos apóstolos e líderes que só pensavam nos bens materiais. Aqui, no texto em questão, Paulo externa tal sentimento com choro. Estas lágrimas externam o zelo do apóstolo Paulo pela qualidade do evangelho, pois o evangelho da cruz é o centro da fé evangélica.
            Estes inimigos da cruz referem-se as pessoas que corrompiam a sã doutrina, pois degradavam o valor da expiação. No versículo 19, Paulo dá algumas características deste grupo, vejamos:
            Paulo enfatiza que o fim que os espera é a perdição. Embora no presente momento vivesse uma vida de aplausos e pompas o fim deles seria o completo extermínio. Esta idéia coaduna com a de Judas ao dizer que o juízo de Deus virá sobre estes inimigos da Cruz. Em nossos dias não é diferente, pois muitos estão barateando a graça, terceirizando a fé e fazendo do evangelho um negócio lucrativo e puramente humano. Paulo nos diz que tal caminho pode até ser atraente, mas na caminhada percebe-se os espinhos e cardos. Infelizmente existe uma multidão de líderes e seus respectivos seguidores iludido e hipnotizados pelo pseudo-evangelho. Este evangelho pregado pelos inimigos da cruz arrebata multidão, mas será impossível arrebatá-los ao seio de Abraão; pode até levá-los a conquistar riquezas terrenas, mas não as celestiais. Salomão já dizia: “Existem caminhos que ao homem parece ser o certo, mas o fim deles é morte”. Jesus sintetiza dizendo: “Um cego guiando outro cego, amos cairão numa cova”. Não se engane, o fim dos proponentes deste pseudo-evangelho é a perdição.
            Outro ponto enfatizado pelo apóstolo Paulo é que o deus destes é o ventre. O termo usado no grego clássico do novo testamento traduz a ideia de pessoas que a satisfação pessoal está acima de qualquer coisa. A satisfação de todos os seus apetites carnais e até mesmo espiritual. A sua lida é sempre em troca de recompensas... tudo o que ele faz é visando o lucro e o bem estar. Jesus nos advertiu quanto a esta maneira de viver quando fez referência a geração de Noé: “...comiam, bebiam e davam-se em casamento”. Este viver leva as pessoas a perderem a sensibilidade espiritual, toda esta busca pelos prazeres terrenos vai engodando a mente. Todo este viver descompromissado com os ditames bíblicos têm a sua origem no enaltecimento do “ego”. As pessoas buscam o “sucesso” espiritual a qualquer custo; vivem atrás da “fama” e de holofotes. Tem uma canção muito linda que diz: “quem já entrou no santo dos santos em outro lugar não sabe viver”. A nossa motivação em fazer a obra de Deus deve ser tão somente o senso de responsabilidade e de gratidão, e nada mais. Paulo nos exorta, dizendo: “Se anuncio o evangelho não tenho no que se gloriar, pois me é imposta esta obrigação”. Precisamos repensar nossas motivações
            Uma outra característica que Paulo destaca é que tais homens se orgulham do que é vergonhoso. O nível de embotamento espiritual destes é tão grande que eles vivem de maneira leviana e se orgulham disto. Pessoas que perderam a sensibilidade espiritual, líderes profissionais da oratória e da administração eclesiástica. Jesus advertiu dizendo que nem todos que me chamam de Senhor entrarão no reino; pode profetizar e anunciar o evangelho, mas se não for conhecido do Pai, perecerás...
            Por último, Paulo diz que os inimigos da Cruz se preocupam com coisas terrenas. Isto mesmo; se o deus é o ventre... seu tesouro é terreno, suas esperanças limitas e baseadas no que se vê. Naquela época, muitos líderes pensavam nas benesses do império e tiravam proveito de suas posições para alcançar status terreno. Quando estava preso, Paulo diz que Demas havia amado o presente século. Em nossos dias não é diferente, muitos usam o nome de Deus para construir seus  impérios; fazem verdadeiras fortunas e vivem uma vida nababesca com carrões de luxo. O lamentável é que tudo isto é feito em nome da fé, financiados por seguidores cegos. O conselho de Paulo serve para os nossos dias quando diz que precisamos pensar nas coisas que são de cima e não nas que são da terra. Em outra passagem diz que convêm atentar para as coisas que não vemos, pois as que vemos são temporais, mas as que não vemos são eternas. Urge orarmos a Deus e vivermos debaixo de sua graça para que não venhamos iludir com as coisas passageiras.
            Que sejamos apologistas da Cruz de Cristo como Paulo. Para Stott, em seu livro "A Cruz de Cristo"; a cruz é o símbolo da fé cristã e da revelação de Deus em Jesus Cristo e que toda luta da Reforma protestante não passou de busca em resgatar o verdadeiro significado da Cruz de Cristo.
            Que Deus nos ajude!

sábado, 23 de julho de 2016


Jesus Breve Voltará



            Diante das doutrinas bíblicas, urge restaurar a mensagem de cunho escatológico em nossos dias. A Doutrina das últimas coisas nos levar a pensar sobre nossa responsabilidade espiritual e missionária.
O Novo Testamento está repleto de citações acerca da volta de Jesus. O escritor ao Hebreus disse que o “o que há de vir virá e não tardará”. O apóstolo João, em sua missiva disse que “já era a última hora”. Paulo em suas missivas adverte aos cristãos a se prepararem pois Jesus virá como um ladrão de noite. Temos respaldo escriturístico para asseverar e proclamar que a volta de Jesus é uma realidade inconteste e inevitável.
Tendo como premissa tais argumentos quero ressaltar alguns pormenores expressados pelo próprio Cristo sobre os sinais que antecederiam a sua volta, vejamos:
Jesus em seu sermão profético no adverte que devido o aumento da iniquidade o amor de muitos se esfriariam. Vivemos numa época que o pecado tem devastado a raça humana, solapado as famílias, destruído nações pela corrupção desenfreada e como consequência as pessoas se tornam insensíveis, incrédulas e se isolam em seu mundo pessoal. O pecado é justificável para alguns através do pragmatismo e do jeitinho brasileiro. O nível espiritual de muitos crentes é perceptível quando notamos os lugares em que eles frequentam, nas amizades que possuem, no tempo que se gasta com entretenimento e mundo virtual e por aí vai. Até mesmo o culto de “Santa Ceia” foi deixado em segundo plano. A falta de amor evidenciado pela falta de fervor espiritual, ardor missionário e ousadia na pregação do evangelho. O quadro se torna mais caótico quando vemos líderes mais preocupados com templos do que com vidas restauradas. Atentemos para os fatos, pois Jesus está voltando.
Jesus em uma de seus discursos ressaltou: “Quando o filho do homem vier, achará fé na terra”. Este é outro ponto nevrálgico relacionado por Jesus, pois vivemos em uma época marcada pelo misticismo onde se confunde fé com crendices, espiritualidade com manipulações psíquicas e avivamentos com movimentos. O pior é que importa estes amuletos de vários outros segmentos trazendo fogo estranho para o altar... tudo justificado pelo crescimento numérico das igrejas. Na concepção de Ciro Zibordi vivemos hoje um Evangelho empirista, que prioriza, sinais, revelações e experiências fantasiosas e não a Palavra de Deus.
Esta obsessão pela numerolatria tem gerado gurus evangélicos, mercado do sagrado e profissionais do altar querendo satisfazer pessoas que não nasceram de novo, insatisfeitas com tudo e com todos. Todo universo de pseudo-espiritualidade tem levado as pessoas a não acreditarem mais na Bíblia como regra de fé e prática, o poder no sobrenatural se tornou subjetivo e os milagres questionado. Precisamos entender que o que gera fé é estudo da Bíblia. Paulo diz que “a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus”. Uma igreja espiritual e forte não é medido pelos ajuntamentos e sim pelo tempo que passa de meditação profunda nas Escrituras. Não nos enganemos com toda esta onda de modismos dos neoliberais, Jesus está voltando e exige santidade.
Em seu famigerado sermão do monte, Cristo pontua que surgiriam antes da sua volta muitos falsos profetas e que enganariam a muitos. Esta realidade que esta latente em nossos dias. Se olharmos na no manual da igreja primitiva, a “Didaquê”, ela estabelece que se alguém cobra para pregar o Evangelho é falso profeta. Hoje, contemplamos falsos profetas que usam o nome de Jesus para satisfazer seus anseios pessoais, com lucros exorbitantes alegando sempre que Deus merece o melhor. Os programas televisivos servem apenas para propagação pessoal e denominacional.
Em seu livro Cristianismo em Crise, Hanegraaff comenta, que sob o pendão de Jesus é o Senhor, multidões estão sendo ludibriadas por um evangelho de ganância e abraçando doutrinas cuja a origem e inegavelmente mística. Verdades eternas tiradas da palavra de Deus, estão sendo pervertidas numa mitologia perversa.
Nesta arena, sobrevivem os que tem a melhor fórmula gospel, mais adeptos que o credencia a ser um “homem de Deus”. Infelizmente, a multidão que anda iludida, cega e sem pastor atrás destes aventureiros da fé é semelhante aos milhares que não ouviram o Evangelho.
É hora de atentarmos para o que diz as Sagradas Escrituras: “Eis que cedo venho... guarde o que tens para que ninguém tome a tua coroa”. Tudo o que Cristo vaticinou acerca de sua volta vai acontecer, por isto estejamos atentos, pois sua volta está próxima. Aos santos cabe dizer: Maranata!, ora vem Senhor Jesus.