A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sábado, 23 de julho de 2016


Jesus Breve Voltará



            Diante das doutrinas bíblicas, urge restaurar a mensagem de cunho escatológico em nossos dias. A Doutrina das últimas coisas nos levar a pensar sobre nossa responsabilidade espiritual e missionária.
O Novo Testamento está repleto de citações acerca da volta de Jesus. O escritor ao Hebreus disse que o “o que há de vir virá e não tardará”. O apóstolo João, em sua missiva disse que “já era a última hora”. Paulo em suas missivas adverte aos cristãos a se prepararem pois Jesus virá como um ladrão de noite. Temos respaldo escriturístico para asseverar e proclamar que a volta de Jesus é uma realidade inconteste e inevitável.
Tendo como premissa tais argumentos quero ressaltar alguns pormenores expressados pelo próprio Cristo sobre os sinais que antecederiam a sua volta, vejamos:
Jesus em seu sermão profético no adverte que devido o aumento da iniquidade o amor de muitos se esfriariam. Vivemos numa época que o pecado tem devastado a raça humana, solapado as famílias, destruído nações pela corrupção desenfreada e como consequência as pessoas se tornam insensíveis, incrédulas e se isolam em seu mundo pessoal. O pecado é justificável para alguns através do pragmatismo e do jeitinho brasileiro. O nível espiritual de muitos crentes é perceptível quando notamos os lugares em que eles frequentam, nas amizades que possuem, no tempo que se gasta com entretenimento e mundo virtual e por aí vai. Até mesmo o culto de “Santa Ceia” foi deixado em segundo plano. A falta de amor evidenciado pela falta de fervor espiritual, ardor missionário e ousadia na pregação do evangelho. O quadro se torna mais caótico quando vemos líderes mais preocupados com templos do que com vidas restauradas. Atentemos para os fatos, pois Jesus está voltando.
Jesus em uma de seus discursos ressaltou: “Quando o filho do homem vier, achará fé na terra”. Este é outro ponto nevrálgico relacionado por Jesus, pois vivemos em uma época marcada pelo misticismo onde se confunde fé com crendices, espiritualidade com manipulações psíquicas e avivamentos com movimentos. O pior é que importa estes amuletos de vários outros segmentos trazendo fogo estranho para o altar... tudo justificado pelo crescimento numérico das igrejas. Na concepção de Ciro Zibordi vivemos hoje um Evangelho empirista, que prioriza, sinais, revelações e experiências fantasiosas e não a Palavra de Deus.
Esta obsessão pela numerolatria tem gerado gurus evangélicos, mercado do sagrado e profissionais do altar querendo satisfazer pessoas que não nasceram de novo, insatisfeitas com tudo e com todos. Todo universo de pseudo-espiritualidade tem levado as pessoas a não acreditarem mais na Bíblia como regra de fé e prática, o poder no sobrenatural se tornou subjetivo e os milagres questionado. Precisamos entender que o que gera fé é estudo da Bíblia. Paulo diz que “a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus”. Uma igreja espiritual e forte não é medido pelos ajuntamentos e sim pelo tempo que passa de meditação profunda nas Escrituras. Não nos enganemos com toda esta onda de modismos dos neoliberais, Jesus está voltando e exige santidade.
Em seu famigerado sermão do monte, Cristo pontua que surgiriam antes da sua volta muitos falsos profetas e que enganariam a muitos. Esta realidade que esta latente em nossos dias. Se olharmos na no manual da igreja primitiva, a “Didaquê”, ela estabelece que se alguém cobra para pregar o Evangelho é falso profeta. Hoje, contemplamos falsos profetas que usam o nome de Jesus para satisfazer seus anseios pessoais, com lucros exorbitantes alegando sempre que Deus merece o melhor. Os programas televisivos servem apenas para propagação pessoal e denominacional.
Em seu livro Cristianismo em Crise, Hanegraaff comenta, que sob o pendão de Jesus é o Senhor, multidões estão sendo ludibriadas por um evangelho de ganância e abraçando doutrinas cuja a origem e inegavelmente mística. Verdades eternas tiradas da palavra de Deus, estão sendo pervertidas numa mitologia perversa.
Nesta arena, sobrevivem os que tem a melhor fórmula gospel, mais adeptos que o credencia a ser um “homem de Deus”. Infelizmente, a multidão que anda iludida, cega e sem pastor atrás destes aventureiros da fé é semelhante aos milhares que não ouviram o Evangelho.
É hora de atentarmos para o que diz as Sagradas Escrituras: “Eis que cedo venho... guarde o que tens para que ninguém tome a tua coroa”. Tudo o que Cristo vaticinou acerca de sua volta vai acontecer, por isto estejamos atentos, pois sua volta está próxima. Aos santos cabe dizer: Maranata!, ora vem Senhor Jesus.