A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Licões do Profeta Elias

Quando olhamos para a história de Elias vemos o quanto ele se destacou como um dos profetas de maior proeminência do Antigo Testamento. Dentre as suas proezas podemos destacar o destacar o que o escritor Tiago nos diz que o ele era homem sujeito as mesmas paixões e concupiscência que nos e orou para não chover e depois para chover.
Profetizou em um período de densas trevas; era um verdadeiro caos espiritual, moral e político. Mesmo em condições adversas ele se mostrou firme ao vaticinar as verdades de Deus para o povo de sua época e efetuou grandes prodígios. Mas o que me chama a atenção deste grande homem e que após mostrar quem era o verdadeiro Deus destruindo os profetas de Baal e Asera, ele fugiu para o deserto e pediu a morte. Por que um homem como Elias caiu em um estado de crise, de abatimento e medo?
O texto bíblico nos revela três possíveis causas desta mudança de coragem para o medo. A primeira delas é que Elias deixou de viver as promessas de Deus e passou a viver as ameaças de uma mulher. Precisamos entender que não podemos querer viver a nossa vida pelo que as pessoas pensam e dizem a nosso respeito e sim confiar nas promessas de Deus e nos preocupar com o conceito que Deus tem a nosso respeito. O apóstolo Paulo nos diz que precisamos atentar para as coisas que não vemos e não para as que vemos. Reitera em sua missiva à igreja de Corinto que vivemos por fé e não por vista. Precisamos saber administrar as coisas que ouvimos, pois elas têm o poder de nos destruir ou nos fazer mais fortes.
Outro ponto a considerar é o fato de Elias nivelar a sua vida com a de outras pessoas. Ao pedir a morte Elias declara que não era melhor do que seus pais. Precisamos entender que na dinâmica da vida, no milagre da existência somos únicos e ninguém em todo o universo se parece com o outro. Quando caímos neste processo de nos equiparar com os outros começamos a nos diminuir e valorizamos demais o outro, desprezamos nossas virtudes, esquecemos             que somos únicos, perdemos os sonhos e caímos em uma crise existencial, pois achamos que somos obras do acaso. Entendamos de uma vez por todas que somos únicos no palco da vida. . .somos especiais e a coroa da criação de Deus.
Em último lugar Elias diz para Deus que ele era o único que zelava pelos preceitos divinos. Elias se via sozinho e com grande responsabilidade nos ombros. Iludiu-se e quis parar por acreditar que estava sozinho. Muitas vezes caímos no engodo ao achar que só nós sofremos, nos decepcionamos e perdemos coisas na vida. Elias estava tão preso em seus sentimentos de autocomiseração que se esqueceu que existia 7000 profetas que também estava pagando um alto preço por serem verdadeiros profetas.
Estas lições de Elias nos levam a meditar que algumas crises, desertos e cavernas de nossa vida espiritual são criadas por nós na incapacidade de lhe dar com o que ouvimos, pensamos,vemos e falamos.
Precisamos romper com os pensamentos e obstáculos que querem nos fazer parar, pois só venceremos. . . quando entendermos que as aparentes contradições da vida são oportunidades para crescer. . . quando entendermos que a grandeza não estar em nunca errar, mas sim em reconhecer o erro. . . quando soubermos canalizar as perdas em ganhos. . . quando cuidarmos mais se nossas emoções do que de nossos bens. . .quando considerarmos que a vida é o bem mais precioso que temos.



domingo, 2 de outubro de 2011

O que nos faz Pentecostal. . . ?

Analisando o livro do autor Peter Wagner, com o título “Por que Crescem os Pentecostais?”, passo a rever alguns valores e conceitos da razão de ser de uma igreja que se diz pentecostal.
A palavra pentecostal é derivada de pentecostes, uma das festas comemoradas pelo povo de Israel lembrando que o Senhor era o seu sustendador, e que na ocasião ofereciam a primícia de suas colheitas. No Novo Testamento, a festa do pentecostes passa a ter uma idéia do derramamento do Espírito Santo.
Feita esta diferenciação, vemos que a primeira e mais essencial dinâmica do crescimento pentecostal é o Poder do Espirito Santo, onde os cristãos esperam e experimentam o poder de Deus operando através deles na cura de enfermos e na expulsão de demônios, como ocorrência regular na experiência normal cristã.
O início deste passo, na concepção do autor, se da com o “Batismo no Espirito Santo”, que após ser prometido por Jesus, os discípulos  receberam-no naquele que foi o dia de Pentecostes. Esta experiência tornou-se tão normativa entre os cristãos que ate escolheram seu nome para identificá-los com o Batismo com o Espírito Santo, tendo como evidência inicial o falar em línguas.
Um outro ponto a considerar sobre os pentecostais é que eles são agressivos em sua evangelização, eles proclamam incansavelmente a mensagem da salvação, persuadindo seus amigos incrédulos a entregar suas vidas a Cristo.
Nas palavras do autor, os pentecostais são altamente voltados para a sua Igreja, e isto aumenta a sua eficácia.  A expressão “voltados para a Igreja” indicam que eles sabem que Cristo lhes ordenou a fazer discípulos, e sabem também que discípulos são feitos daqueles lá de fora, no mundo. Eles não esperam que as pessoas venham para o evangelho, eles diligentemente levam o evangelho até as pessoas.
Um outro fator visto dentro deste principio do solo fértil e o fator “redenção e elevação” que passa a operar quando as pessoas de classe baixa de convertem, pois devido a elevação de sua vida moral, começam a subir na escala social.
Enquanto o pentecostalismo mantiver contato com as massas e prosseguir assim, lançando semente em solo fértil, crescera de maneira fenomenal.
Em quarto lugar, o autor demonstra que existe uma dedicação por parte dos membros a algum tipo de ministério. Na concepção dos pentecostais latino-americanos ser cristão e trabalhar para Deus.
Este envolvimento dos membros do corpo com o trabalho do corpo ficou cunhado como “Vida do Corpo”. Este vocábulo descreve a maneira sucinta o ensino de I Corintios 12, onde Cristo e a cabeça e todos os cristãos são os membros do corpo que recebem um dom especial para exercer no ministério. Algumas reverberações positivas que aconteceram com o envolvimento dos membros neste trabalho e que as barreiras existentes entre o clero e o laicato diminuem e a não profissionalização do clero.
A partir destes tópicos, convido-vos a meditar sobre o que representa ser pentecostal nesta sociedade mercantilista e capitalista. É hora de acordarmos e voltarmos para os princípios deixados pelos nossos pioneiros.