A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sendo Luz numa Geração de Trevas

               Jesus, no famigerado "Sermão do Monte", falou sobre a grande necessidade de se fazer a diferença. Para os seus discípulos, ele disse: "Vós sois a luz do mundo"; ainda reforçou dizendo: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está no céu". Esta é a responsabilidade que temos na contemporaneidade. O apóstolo Paulo disse aos irmãos primitivos que eles deveriam resplandecer como astros do mundo diante de uma geração perversa e corrompida. Vejamos bem, que no primeiro século da era cristã, a sociedade já estava marcada pela perversidade e corrupção.
              Jó, em seu livro poético chegou a dizer: "trocaram a noite pelo dia, e que o dia estava perto do fim devido as trevas" (17:12). Analisando o nosso contexto, vemos o cunho de verdade que este verso transmite, pois a nossa sociedade é marcada pelo relativismo, hedonismo, materialismo e pragmatismo fazendo com que as pessoas vejam o pecado de maneira normal, a corrupção comum, e a verdade como um ponto de vista. Diante de tais ideologias, urge conscientizarmos da grande missão que temos como agente de transformação, pois o deus deste século, como relatou Paulo, cegou o entendimento dos incrédulos para não resplandecer a glória do evangelho.
             Para fazermos a diferença nesta geração de densas trevas é necessário não se conformar com este mundo. O Apóstolo Paulo exortou os crentes a não se amoldarem suas vidas com as estruturas mundanas e isto é uma ordenança extensiva a todos os filhos de Deus, pois como mencionou João o que há no mundo é concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida. Vemos o agir diabólico nos sistemas a cada dia que passa, utilizando-se dos meios de comunicação em massa para denegrir e minar os valores religiosos, familiares e sociais. Os tempos podem ter mudado, mas a conduta em nosso trabalho, negócios e prestação de conta deve ser regida pela Palavra de Deus.
             Um outro conselho paulino é que sejamos imitadores de Deus como filhos amado. Se Jesus é o nosso referencial e o fundamento de tudo o que cremos e vivemos, devemos tê-lo como fonte de inspiração em tudo. Existe um livro que tem como título: "Em seus passos, o que faria JESUS? Este livro mostra como deve ser a vida daqueles que são seguidores de Jesus, sendo caracterizada pela humildade, obediência, santidade e total submissão à sua vontade. Se realmente vivermos Jesus em nossa vida seremos mais do que discípulos, seremos testemunhas vivas durante nosso viver. Precisamos reconhecer que nos falta a vida de Jesus todos os dias. Precisamos nos parecer mais com o nosso Mestre. Ao entender esta grande verdade, Paulo exortou aos irmãos a terem o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. Que a partir de hoje, venhamos sempre nos indagar: O Que Jesus faria em determinada situação ou como Ele agiria?
             É imprescindível também encher-nos do Espírito Santo para fazermos a diferença nesta geração de densas trevas. Jesus sempre falava sobre a necessidade do revestimento de poder. Durante seu ministério deus aos discípulos autoridade sobre toda a força do mal (Lc 10:19); no momento pós ressurreição ordenou aos discípulos a ficarem em Jerusalém até serem revestidos de poder (Lc 24:49) e perto de sua subida aos céus pontou sobre a virtude do Espírito santo que viria sobre os crentes para serem testemunhas (At 1:8). Diante deste fato, concluímos que somente com este revestimento de poder conseguiremos fazer a diferença, destituindo o reino das trevas. O poder do Espírito Santo não é uma opção e sim uma necessidade e urgência dos cristãos hodiernos.
            Infelizmente muitos acham tudo normal e natural, mas precisamos ter os nossos olhos abertos, pois existe a realidade do mundo espiritual. Os pioneiro dos Novo Testamento pontuaram que o "ministério da iniquidade já opera", "o mundo jaz no maligno" e que a nossa luta não é contra a carne e sangue e sim contra as hostes espirituais da maldade. Sozinhos e com armas naturais jamais venceremos esta guerra. É necessário poder de Deus e unção do Espírito Santo para triunfarmos em Cristo e destruir as fortalezas do inimigo.
           Indubitavelmente, grande é a nossa responsabilidade, mas temos ao nosso lado Jesus, que nunca perdeu uma batalha e nos alistou para está em seu poderoso exército.
            Avante, luzeiros de Jesus. . .

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

            
Homens que fizeram história. . .
 
             Analisando as histórias bíblicas, verifica-se homens que marcaram épocas, conquistaram muitas terras, lideraram multidão e reinou por anos deixando o seu nome na história de um povo. Mas diante de tantos heróis, fico a meditar no que disse o profeta Ezequiel: "Ainda que estivesse no meio da terra; Noé, Daniel e Jó, eles por sua justiça livrariam apenas a sua alma, diz o Senhor Jeová".
             No meio de tantos homens e heróis do Antigo Testamento, Deus faz alusão a estes três homens, e me pergunto por que? Se olharmos para o histórico deles percebemos que seus ministérios não tiveram grandes proezas, mormente ao comparar com os sucessos divulgados nas homilias moderna.
              Nóe se destaca por ter sido um homem justo e reto em sua geração. Diante de uma geração perversa e corrompida, Noé achou graças diante dos olhos de Deus. Pedro em sua epístola disse que ele foi "pregoeiro da justiça". Nossa geração precisa aprender com Nóe a se manter puro diante de tanta corrupção. Aqui está a razão do Deus se referir a Noé, pois sua conduta era ilibada e ele passava isto para a sua família; a prova disto é que apenas Nóe, sua esposa, seus filhos e suas noras foram salvas do terrível dilúvio.
              Outro personagem apresentado por Deus foi Daniel que assentou em seu coração não se contaminar com as iguarias do rei. Apesar de ocupar um cargo de governador em uma das 127 províncias, ele se manteve puro e o seu coração sempre voltado para a sua vocação diante do povo de Deus. É lamentável quando contemplamos líderes espirituais perdendo a visão e correndo atrás de fantasias imperiais e esquecendo do galardão aos granjeadores de talento.
Para terminar, vemos a pessoas de Jó que era homem sincero, íntegro e que se desviava do mal. Mesmo diante de todas as tragédias e perdas, vemos um homem com uma teologia firmada no caráter de Deus e não nas circunstâncias da vida. Jó é um exemplo as cristãos hodierno que precisam enxergar um Deus que está no choro e no riso, nas perdas e nos ganhos da vida.
               As lições que podemos extrair destes personagens são as seguintes: Noé nos mostra que a nossa vida não pode ser regida pela sociedade e sim pelas convicções do nosso Deus. Infelizmente, a cada dia que passa o pecado vem se tornando mais normal, atrativo e parecendo ser inofensivo, e muitos até chegam dizer que não tem problema. Precisamos ter nossa conduta regida pela palavra de Deus e não pelos relativismos desta sociedade que chafurda no pecado. Jesus advertiu que "assim como foi nos dias de Nóe, será a vinda do filho do homem; comiam e bebiam e não se aperceberam do tempo". Bem característico desta geração que só pensa em curtir a vida loucamente sem se importar com o amanhã. João nos explicita que o que há no mundo é concupiscência da carne, dos olhos e soberba da vida e que isto não é do Pai, mas do mundo.
                Através de Daniel aprendemos a vocação de Deus independe do lugar que estamos do cargo que ocupamos. Apesar de está longe de sua terra natal e ocupar cargo de destaque no governo babilônico, Daniel nunca esqueceu que sua função era ser profeta de Deus e testemunha nos meio daquele povo. Infelizmente muitas pessoas ficam enfeitiçadas com o poder que se esquecem de cumprir o desígnio de Deus. Daniel tinha tanta convicção que o poder terrenos é transitório que rejeitou os presentes e honrarias do rei, pois sabia que naquela mesma noite o império babilônico chegaria ao fim. Não podemos trocar o céu por coisas efêmeras, nem mesmo nossas convicções pela conveniência terrestre. Lembremo-nos que a glória celeste é para os que jamais esquecerem o vitupério de Cristo.
                 Por último, Jó nos ensina que devemos buscar o caráter de Deus e não suas benesses. O homem mais rico de todo o oriente perdeu tudo o que tinha, até mesmo seus 10 filhos. Em um só dia escutou as piores notícias que um servo fiel poderia e teme escutar: morreu. . .robou... diante de tais notícias este homem adora a Deus. Numa sociedade em que as pessoas estão atrás das bênçãos de Deus, precisamos levantar a bandeira da verdadeira vida cristã. Aprender que a vida cristã tem perdas, mortes, enfermidades e más notícias, mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores por aquele que nos amou. O apóstolo Paulo resume os labores da vida cristã ao dizer: Todas as coisas contribui para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados por seu decreto... continuando ele diz: nem a morte ou alguma criatura pode nos separar do amor de Deus. . .

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O Conhecimento de Deus

            Presenciando alguns fatos em nossa luta diária, contemplamos e sofremos algumas perdas e frustrações pessoais; algumas portas que imaginamos será vontade de Deus em nossas vidas, mas elas se fecham sem nenhuma explicação. Algumas tragédias inexplicáveis, perdas abruptas e lágrimas rolando de nossos olhos por um momento que não compreendemos.
            O Apóstolo Paulo, o grande teólogo da igreja primitiva, em sua missiva aos Romanos exclamou: “Ó profundidade de riquezas, tanto de ciência como de sabedoria, quão insondáveis são os teus juízos e inescrutáveis os seus caminhos!”. Esta frase nos revela a conclusão que Paulo diante de anos de estudos e vivência cristã. Se estudarmos o capítulo 11 da carta aos Romanos veremos que nela Paulo abarca sobre o futuro de Israel, bem como a maneira como Deus fez para incluir os gentios no plano revelatório.
            Em primeiro lugar, Paulo usa o termo “Profundidade de riquezas”, trazendo a ideia de e riquezas inexauríveis, revelando assim a incomensurabilidade e a incalculabilidade no tocante ao  conhecimento e sabedoria de Deus. Pelos estudos teológicos sabemos muito bem que Deus é onisciente, o salmista diz que antes de haver uma palavra em nossa boca, Deus tudo sabe. Não tem como um ser finito entender o infinito, o terno compreender o eterno. Como disse certo teólogo que o que conhecemos de Deus não é nada comparado ao que Ele realmente É. Por mais que o momento presente seja de dor e lágrimas, as coisas pareçam ilógicas, precisamos render a Deus toda glória, pois Ele sabe o que faz e detém o poder da história. Seu conhecimento vai muito mais além do que os nossos poderiam ousar em pensar.
            Prosseguindo com a síntese paulina sobre a grandeza de Deus, Paulo revela que os juízos de Deus são insondáveis. Quando dizemos que algo é insondável, estamos dizendo que algo não pode ser descoberto com a lógica, pois ultrapassa a capacidade mental do homem. O maior teólogo do primeiro século estava asseverando que o homem não possui  capacidade intelectual e intuitiva para falar dos juízos de Deus. Os estudos podem apenas nos dar um breve parecer dos feitos do Senhor, mas jamais chegaremos no plenos conhecimento de Deus, enquanto estiver em corpo terrestre, pois Deus não é palpável para podermos estudá-lo em uma lâmina através de microscópio... Deus não é teoria para caber em nossos pressupostos teológicos... Deus transcende toda a razão humana. Bonhoeffer chegou a dizer que Deus não é peixe para pegarmos em uma rede e sim água para passar por ela. Deus é soberano e ao homem cabe concluir que os planos de Deus jamais serão frustrados.
            Em último lugar, Paulo destaca que os caminhos de Deus são inescrutáveis. O que está sendo ratificado por Paulo é que a mente humana não consegue entender os métodos de Deus e se perde em uma teia de pensamentos. Inescrutável e usada para indicar que e incompreensível e inatingível pela mente humana. Se olharmos para a história bíblica veremos os grandes milagres de Deus com metodologias que a razão não consegue explicar. Lembremo-nos de algumas: Soprar nas narinas de um boneco de barro dando-lhe a vida; A sarça ardia e não se consumia; o Mar Vermelho se abrindo ao meio, bem como o Rio Jordão e o povo passando a pés enxutos; o machado flutuando no rio e vários agir de Deus que a mente humana não consegue explicar. Paulo na realidade está se rendendo ao conhecimento de Cristo. Em sua epístola à igreja de Filipos ele chega a dizer que considera o seu conhecimento como esterco comparado à excelência do conhecimento de Cristo.
            Deus está acima de qualquer teologia e filosofia. Paulo termina sua exclamação dizendo: “Quem primeiro deu a Ele para que seja recompensado, ou quem foi seu conselheiro? Por que dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas para todo o sempre, amém!”
            Que esta também venha ser a nossa conclusão a respeito de Deus. Deus é perfeito em suas obras e nada foge de seu controle. Deus tem o melhor para as nossas vidas; as aparentes perdas de hoje, Ele transforma em vitórias amanhã. . .as lágrimas que hoje rolam de nossos olhos, Ele transforma em unção para as nossas vidas. . .os conflitos que enfrentamos servem para fortalecer a nossa fé e a nossa fé nos leva a descansar nos braços da soberania de Deus. Quando fazemos isto vivemos apenas com o agir invisível da mãos de Deus.