A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O Preço da Pós-modernidade

           Somos seres modernos. . .vivemos na época das grandes descobertas, conquistas e do desenvolvimento tecnológico. A tecnologia assumiu a centralidade em diversos âmbitos da sociedade, tornando-se tão presente que é impossível imaginar uma separação do homem pós-moderno da “máquina”.
As pessoas conjugam verbos que nunca pensava existir tais como: orkutar, twittar  e blogar. . .o que dizer dos famosos smartphones que trazem a praticidade na palma da mão prendendo as pessoas em uma aldeia global. . .estudos mostram que em médias as pessoas gastam mais de 10 horas por dias conectados às redes sociais.
No iluminismo falava-se que com a razão teríamos pessoas melhores e que o progresso traria uma vida melhor.  Se por um lado, o homem aprendeu a dominar o átomo e as tecnologias, por outro não aprendeu a lhe dar com o mundo de dentro compreendendo os imensos territórios da sua alma.
Nesta era dita “pós-moderna”, temos visto o índice de criminalidade, suicídio e toda espécie de barbárie aumentar de maneira assustadora. . . estamos assistindo a degradação moral da sociedade, pois não tem mais limites éticos e morais; hoje, tudo depende do ponto de vista. Tudo é valido pela satisfação social. . .
Hoje, as pessoas são uma máquina de trabalhar, fonte de lucros para sua empresa e um consumidor em potencial. Muitas vezes somos presas fáceis das enésimas propagandas que todos os dias somos expostos; seja pelos filmes, novelas ou pela internet.
Convivemos com um trânsito que mata milhares e milhares de pessoas, sem falar do stress causado pelos engarrafamentos nas grandes metrópoles. Literalmente vemos uma competição no trânsito onde o troféu dos ganhadores é a própria vida.
A facilidade de crédito tem levado as pessoas a gastarem mais do que pode e depois além de se matar de trabalhar acaba se enforcando em uma cadeia de dívidas tentando se encaixar em um padrão de vida nababesco. Em nome do capitalismo estão acabando como nossas áreas verdes para a construção de grandes edifícios para aquecer o mercado imobiliário.
A praticidade da vida moderna, tais como o controle remoto e os “fast-foods” têm levado as pessoas ao sedentarismo ocasionando assim hipertensão, doenças cardíacas e outras. Os aparatos tecnológicos como microondas e celulares são os responsáveis pela grande incidência de câncer nos dias atuais.
Como conseqüência desta maneira inconseqüente de viver, o homem tem experimentado o caos existencial caracterizado pela superficialidade dos relacionamentos, pois os relacionamentos são descartáveis. . . o outro(a) se tornou uma fonte de prazer temporária, seja no real ou no virtual. . .as pessoas vivem a obsessão do corpo perfeito; nesta busca desenvolveu a vigorexia (obsessão em malhar) e a tão famigerada anorexia e bulimia.
No âmbito familiar, vemos uma crise sem precedentes, pois as pessoas não têm tempo mais para a convivência... o sonho da família tem sido perdido pelos sonhos individuais. . .o casamento se tornou trivial e o divórcio uma aparente “solução” para os problemas conjugais. . .
Indubitavelmente, o ritmo alucinante da vida pós-moderna tem gerado enésimas doenças psíquicas tais como depressão, esquizofrenia, psicopatias, síndrome do pânico, estresse e outras. Infelizmente as pessoas estão anestesiadas com todo este estilo de vida, quando o efeito passar verão que cavaram a própria cova e estão num beco sem saída. Dizem que viver uma vida pós-moderna é como patinar em um lago congelado.
Que Deus nos ajude a viver uma vida de maneira sábia para que não venhamos nos arrepender mais tarde. . .

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