A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

terça-feira, 3 de abril de 2012

                                         Reflexões Pastorais

Na Pequena ilha de Faros, Ptolomeu Philadelfo, mandou construir uma importante e majestosa torre de alvíssimo mármore, com 35 metros de altura. No cimo do monumento foram instalados potentes faróis a projetar luz abundante a grande distância, a fim de orientar os navegantes que por ali passassem. Esse monumento, por sua grandeza e riqueza, passou a ser conhecido com Farol de Alexandria e na época foi considerada uma das sete maravilhas do mundo. Qualquer pessoa que vivesse naquela época, ao contemplar a solidez da construção do notável monumento concluiria estar diante de uma obra de eterna duração. Entretanto, um terremoto, no ano de 1302, destruiu a ação que parecia desafiar a ação dos séculos. A catástrofe teve como resultado a extinção do farol mais famoso da terra.
Tendo como pano de fundo, as Sete Igrejas da Ásia Menor bem como o conteúdo das cartas a elas endereçadas, temos que entender que hoje, quase 2000 anos depois, urge resgatar o valor daquelas cartas, pois ao analisarmos a igreja, vemos que falta visão, ausência de brilho, escassez de visão, secularização, acomodação à superficialidade, fragilidade doutrinária, a inexistência de uma missiologia no programa da Igreja, debilidade teológica e tantas outras enfermidades.
Todos os que possuem alguma parcela de responsabilidade na obra de Deus estão convictos de que a Igreja de nossos dias não é luzeiro dos dias apostólicos e que algo está faltando para seu perfeito funcionamento. A igreja possui o mesmo nome de cristã, mas não tem a mesma vida, a mesma vitalidade.
Esboçando um pouco a história da Igreja, veremos que passou por caminhos escabrosos. Em sua saga, defendendo o Evangelho do Senhor Jesus Cristo experimentou altos e baixos, sendo que, durante um tempo enorme a igreja preferiu o caminho diplomático da convivência daquilo que agride o puro evangelho. A Secularização do sagrado e a espiritualização do secular, esta inversão está acontecendo e, resultando num casamento misto entre a igreja e a sociedade divorciada de Deus, tal qual o de Salomão com a Filha de Faraó do Egito (I Rs 3:1).
Quando falo de igreja, refiro-me a cada um de nós, a cada pessoa que se diz lavada pelo sangue do Cordeiro. Estou escrevendo à pessoa e não à massa; ao indivíduo e não às aglomerações; aos seres vivos, humanos, e não às instituições, por isso convido ao leitor a fazermos a diferença nesta sociedade.

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