A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

domingo, 4 de novembro de 2012


A Urgência da Mensagem de Isaías

             Ao ler sobre os profetas, comecei a traçar paralelos entre dois profetas contemporâneos, a saber; Isaías e Oséias. Sem dúvida, estes profetas marcaram a história de Israel através dos oráculos divino.
            Oséias vaticinou em um momento de grande prostituição espiritual da nação para com o verdadeiro Deus de Israel, onde Deus usou a vida do próprio profeta para transmitir lições valiosas à nação. Já Isaías, considerado o profeta messiânico, fala também em tom hortativo para que a nação se arrependesse de seus pecados e mudasse a maneira de viver caracterizado por um viver leviano e superficial.
            É perceptível as semelhanças entre as profecias e que a falta do conhecimento de Deus leva qualquer nação a descer no mais profundo poço de imoralidade e pecaminosidade. Oséias disse que o povo de Deus estava sendo destruído por faltar conhecimento, enquando Isaías diz que o povo estava sendo levado cativo por falta de conhecimento. Parece paradoxal pensar que a nação de Israel tinha a lei e os 613 preceitos, sacerdotes e até mesmo vários profetas, mas faltava o conhecimento de Deus. Diante de tal quadro, inquiro-me: Por que diante de tanta religiosidade e cristandade, falta o conhecimento de Deus?
            Nos idos de 600 a. C. destacamos algumas crises que culminaram na degradação da nação. A primeira crise estava nos profetas de conveniência. Muitos profetas nesta época proclamavam não a verdadeira palavra de Deus, que leva ao crescimento espiritual e a consciência da santidade de Deus, bem como a missão, mas sim profecias que levavam o povo a viver uma vida descompromissada com o pacto com Deus. Semelhantemente, vemos em nossos dias, pregadores que levado pela lei de mercado abriram mãos da verdadeira palavra de Deus para enveredar em um evangelho sem cruz, pregações triunfalistas levando as pessoas a viverem uma vida baseada em barganha com Deus. Preferem a política da boa vizinha a confrontar o povo e os líderes com a palavra de Deus.
            Uma outra crise detectada estava na liderança que se preocupava mais com alianças políticas e conquistas pessoas do que com a espiritualidade do povo. Analisando a vida dos reis, percebemos o quanto eles se preocupavam com a vida pessoal e com os ganhos políticos e então se assessoravam de profetas que falavam aquilo que ratificava sua maneira de viver, ou seja; os profetas eram comprados. Isaías deixa registado em seu livro que os atalaias de Israel eram cegos, mudos e amam tosquenejar. . . os pastores são gulosos e não se fartam, indo cada um atrás de sua ganância (Is 56:10-11). Esta mensagem é tão atual que muitos líderes no afã de sustentar a sua vida nababesca vendem votos de irmão, utilizam-se de caixa dois e não se dedicam a uma vida de oração, jejum e estudo da verdade.
            A terceira crise é evidenciada pela vida descomprimissada dos sacerdotes. Isaías fala a respeito do louvor que o povo prestava mais que Deus não recebia, vejamos: o vosso incenso é para mim abominação…, as vossas festas solenes aborrecem a minha alma. Vamos analisar estas duas frases; a primeira demonstra uma formalidade na adoração e outra na comemoração das festas estabelecidas pelo próprio Deus. Infelizmente, faltava ensino da parte dos sacerdotes e levitas. Não diferente dos dias atuais, percebemos uma mixórdia na adoração; onde as pessoas confudem adoradores com artistas gospel. . . cultos com shows e barulho com avivamento. No âmbito das festas o povo perdeu a essência ou o memorial das festas, tornando apenas movimentos nas agendas das igrejas.
            Paulo nos advertiu que viria tempos trabalhosos, por isso conclamo-vos para que preguemos o genuíno evangelho de Cristo e não negociemos por bem terreno o dom que Ele nos deu para a edificação de seu povo. . . que Deus nos ajude. . .
           


           


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