A Urgência da
Mensagem de Isaías
Ao ler sobre os profetas, comecei a traçar
paralelos entre dois profetas contemporâneos, a saber; Isaías e Oséias. Sem
dúvida, estes profetas marcaram a história de Israel através dos oráculos
divino.
Oséias
vaticinou em um momento de grande prostituição espiritual da nação para com o
verdadeiro Deus de Israel, onde Deus usou a vida do próprio profeta para
transmitir lições valiosas à nação. Já Isaías, considerado o profeta
messiânico, fala também em tom hortativo para que a nação se arrependesse de
seus pecados e mudasse a maneira de viver caracterizado por um viver leviano e
superficial.
É perceptível
as semelhanças entre as profecias e que a falta do conhecimento de Deus leva
qualquer nação a descer no mais profundo poço de imoralidade e pecaminosidade.
Oséias disse que o povo de Deus estava sendo destruído por faltar conhecimento,
enquando Isaías diz que o povo estava sendo levado cativo por falta de
conhecimento. Parece paradoxal pensar que a nação de Israel tinha a lei e os 613
preceitos, sacerdotes e até mesmo vários profetas, mas faltava o conhecimento
de Deus. Diante de tal quadro, inquiro-me: Por que diante de tanta
religiosidade e cristandade, falta o conhecimento de Deus?
Nos
idos de 600 a. C. destacamos algumas crises que culminaram na degradação da
nação. A primeira crise estava nos profetas de conveniência. Muitos profetas
nesta época proclamavam não a verdadeira palavra de Deus, que leva ao
crescimento espiritual e a consciência da santidade de Deus, bem como a missão,
mas sim profecias que levavam o povo a viver uma vida descompromissada com o
pacto com Deus. Semelhantemente, vemos em nossos dias, pregadores que levado
pela lei de mercado abriram mãos da verdadeira palavra de Deus para enveredar
em um evangelho sem cruz, pregações triunfalistas levando as pessoas a viverem
uma vida baseada em barganha com Deus. Preferem a política da boa vizinha a
confrontar o povo e os líderes com a palavra de Deus.
Uma
outra crise detectada estava na liderança que se preocupava mais com alianças
políticas e conquistas pessoas do que com a espiritualidade do povo. Analisando a
vida dos reis, percebemos o quanto eles se preocupavam com a vida pessoal e com
os ganhos políticos e então se assessoravam de profetas que falavam aquilo que
ratificava sua maneira de viver, ou seja; os profetas eram comprados. Isaías
deixa registado em seu livro que os atalaias de Israel eram cegos, mudos e amam
tosquenejar. . . os pastores são gulosos e não se fartam, indo cada um atrás de
sua ganância (Is 56:10-11). Esta mensagem é tão atual que muitos líderes no afã
de sustentar a sua vida nababesca vendem votos de irmão, utilizam-se de caixa
dois e não se dedicam a uma vida de oração, jejum e estudo da verdade.
A terceira
crise é evidenciada pela vida descomprimissada dos sacerdotes. Isaías fala a
respeito do louvor que o povo prestava mais que Deus não recebia, vejamos: o
vosso incenso é para mim abominação…, as vossas festas solenes aborrecem a
minha alma. Vamos analisar estas duas frases; a primeira demonstra uma
formalidade na adoração e outra na comemoração das festas estabelecidas pelo
próprio Deus. Infelizmente, faltava ensino da parte dos sacerdotes e levitas.
Não diferente dos dias atuais, percebemos uma mixórdia na adoração; onde as
pessoas confudem adoradores com artistas gospel. . . cultos com shows e barulho
com avivamento. No âmbito das festas o povo perdeu a essência ou o memorial das
festas, tornando apenas movimentos nas agendas das igrejas.
Paulo
nos advertiu que viria tempos trabalhosos, por isso conclamo-vos para que
preguemos o genuíno evangelho de Cristo e não negociemos por bem terreno o dom
que Ele nos deu para a edificação de seu povo. . . que Deus nos ajude. . .
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