Presenciando alguns fatos em nossa
luta diária, contemplamos e sofremos algumas perdas e frustrações pessoais;
algumas portas que imaginamos será vontade de Deus em nossas vidas, mas elas se
fecham sem nenhuma explicação. Algumas tragédias inexplicáveis, perdas abruptas
e lágrimas rolando de nossos olhos por um momento que não compreendemos.
O Apóstolo Paulo, o grande teólogo
da igreja primitiva, em sua missiva aos Romanos exclamou: “Ó profundidade de
riquezas, tanto de ciência como de sabedoria, quão insondáveis são os teus
juízos e inescrutáveis os seus caminhos!”. Esta frase nos revela a conclusão
que Paulo diante de anos de estudos e vivência cristã. Se estudarmos o capítulo
11 da carta aos Romanos veremos que nela Paulo abarca sobre o futuro de Israel,
bem como a maneira como Deus fez para incluir os gentios no plano revelatório.
Em primeiro lugar, Paulo usa o termo
“Profundidade de riquezas”, trazendo a ideia de e riquezas inexauríveis, revelando assim a
incomensurabilidade e a incalculabilidade no tocante ao conhecimento e sabedoria de Deus. Pelos
estudos teológicos sabemos muito bem que Deus é onisciente, o salmista diz que
antes de haver uma palavra em nossa boca, Deus tudo sabe. Não tem como um ser
finito entender o infinito, o terno compreender o eterno. Como disse certo
teólogo que o que conhecemos de Deus não é nada comparado ao que Ele realmente
É. Por mais que o momento presente seja de dor e lágrimas, as coisas pareçam
ilógicas, precisamos render a Deus toda glória, pois Ele sabe o que faz e detém
o poder da história. Seu conhecimento vai muito mais além do que os nossos
poderiam ousar em pensar.
Prosseguindo com a síntese paulina
sobre a grandeza de Deus, Paulo revela que os juízos de Deus são insondáveis.
Quando dizemos que algo é insondável, estamos dizendo que algo não pode ser
descoberto com a lógica, pois ultrapassa a capacidade mental do homem. O maior
teólogo do primeiro século estava asseverando que o homem não possui capacidade intelectual e intuitiva para falar
dos juízos de Deus. Os estudos podem apenas nos dar um breve parecer dos feitos
do Senhor, mas jamais chegaremos no plenos conhecimento de Deus, enquanto
estiver em corpo terrestre, pois Deus não é palpável para podermos estudá-lo em
uma lâmina através de microscópio... Deus não é teoria para caber em nossos
pressupostos teológicos... Deus transcende toda a razão humana. Bonhoeffer
chegou a dizer que Deus não é peixe para pegarmos em uma rede e sim água para
passar por ela. Deus é soberano e ao homem cabe concluir que os planos de Deus
jamais serão frustrados.
Em último lugar, Paulo destaca que os
caminhos de Deus são inescrutáveis. O que está sendo ratificado por Paulo é
que a mente humana não consegue entender os métodos de Deus e se perde em uma
teia de pensamentos. Inescrutável e usada para indicar que e incompreensível e
inatingível pela mente humana. Se olharmos para a história bíblica veremos os
grandes milagres de Deus com metodologias que a razão não consegue explicar.
Lembremo-nos de algumas: Soprar nas narinas de um boneco de barro dando-lhe a
vida; A sarça ardia e não se consumia; o Mar Vermelho se abrindo ao meio, bem
como o Rio Jordão e o povo passando a pés enxutos; o machado flutuando no rio e
vários agir de Deus que a mente humana não consegue explicar. Paulo na
realidade está se rendendo ao conhecimento de Cristo. Em sua epístola à igreja
de Filipos ele chega a dizer que considera o seu conhecimento como esterco comparado
à excelência do conhecimento de Cristo.
Deus está acima de qualquer teologia
e filosofia. Paulo termina sua exclamação dizendo: “Quem primeiro deu a Ele
para que seja recompensado, ou quem foi seu conselheiro? Por que dEle, por Ele
e para Ele são todas as coisas para todo o sempre, amém!”
Que esta também venha ser a nossa
conclusão a respeito de Deus. Deus é perfeito em suas obras e nada foge de seu
controle. Deus tem o melhor para as nossas vidas; as aparentes perdas de hoje,
Ele transforma em vitórias amanhã. . .as lágrimas que hoje rolam de nossos
olhos, Ele transforma em unção para as nossas vidas. . .os conflitos que
enfrentamos servem para fortalecer a nossa fé e a nossa fé nos leva a descansar
nos braços da soberania de Deus. Quando fazemos isto vivemos apenas com o agir
invisível da mãos de Deus.
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