A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sábado, 16 de maio de 2015


Paulo um Exemplo Missionário
 
 
  
            Vivemos em pleno século XXI, século marcado pelas grandes descobertas, pelos avanços tecnológicos e muitas mudanças no âmbito social, político e religioso. Na atualidade, encontramos pessoas mais independentes, materialistas e consumistas querendo construir seu império nesta terra e esquecendo-se que a vida não é para sempre; estamos aqui só de passagem.
            As igrejas por sua vez, vivendo um cristianismo cada vez mais pobre e sem compromisso com os perdidos. Observamos o grande paradoxo vivido pela igreja hodierna; boa parte da liderança constrói templos cada vez mais suntuosos enquanto o investimento no campo missionário é pífio. Nunca houve tantos pastores com alto poder aquisitivo enquanto o missionário é um chamado quase inexistente. A moda hoje é ser pastor presidente ou itinerante. Está faltando missionário do calibre do apóstolo Paulo.
            Buscando nas páginas da Bíblia, mormente na vida do Apóstolo Paulo, convido-vos a meditar em alguns pormenores que precisamos resgatar para que o nosso viver e a nossa igreja desemboque em Missões.
            Paulo nos ensina que ser chamado por Deus implica em ouvir e obedecer a sua voz. Em vários momentos de seu ministério é perceptível a sensibilidade paulina à voz divina. Em Atos 13 ele ouviu o Espírito o separando para a obra missionária; em sua segunda viagem missionária entendeu que o Espírito Santo estava impedindo-o de ir para região da Ásia. A grande lição é que uma vez chamado por Deus, precisamos deixá-lo reger a nossa vida. Infelizmente vivemos dias em que as pessoas estão ouvindo outras vozes e não a de Deus, pessoas estão deixando o dinheiro, a fama e os holofotes regerem sua vida; urge que venhamos ouvir a voz de Deus. O grande brado de Deus neste século continua sendo o mesmo escutado por Isaías: “A quem enviarei, quem há de ir por nós?”
            Outra grande lição do apóstolo dos gentios é o sentimento pelos perdidos. Em At 17, quando estava em Atenas, seu espírito se comovia ao ver a cidade tão entregue a idolatria. Paulo tinha uma chama em evangelizar e ganhar almas para Cristo. Um dos grandes males em nossos dias é a apatia no que tange aos perdidos. Contemplamos a violência dizimando pessoas todos os dias e não ficamos comovidos; presenciamos a droga destruindo vidas e famílias e não nos sensibiliza. Este século tem sido marcado pelo suicídio, pelos assassinatos e enésimos distúrbios psíquicos, no entanto; isto não faz uma lágrima sequer rolar de nossos olhos. Precisamos ter este sentimento que é fundamental na obra missionária. Que venhamos fazer a mesma oração de Jeremias: “Oxalá que minha cabeça se tornasse em água e os meus olhos em fontes de lágrimas, para chorar de dia e de noite os mortos da filha do meu povo”.
            A visão missionária de Paulo contribuiu grandemente para o avanço do Evangelho. A visão de Paulo no que tange à missões era simples; empreender viagens missionárias, plantar igrejas, treinar líderes locais e escrever cartas para a edificação das mesmas. Em seu labor missionário, Paulo empreendeu três viagens missionárias, passando por lugares estratégicos, fundando igrejas e ensinando as escrituras. Em nossos dias temos um gasto excessivo com missionários que ficam muitos anos no campo e não treina líderes e nem estruturam igrejas nas escrituras. Uma estatística revela que de cada 10 missionários enviados, 6 voltam frustrados e desamparados pela sua igreja. Precisamos repensar a nossa missiologia; precisamos aprender com Paulo a fazer missões. Mateus em seu relato foi enfático ao dizer que o ide está associado ao ensino das Escrituras.
            Deus conta conosco para uma grande obra, que venhamos despertar de nossos sonhos, abrir mão de nossos projetos e nos apaixonar com aquilo que fez Deus se tornar humano e morrer na cruz do calvário... Almas. Que nossa oração venha ser a mesma de John Ryde, missionário que ganhou 100 mil indianos para Cristo: “Dai-me almas, senão eu morrerei”.

           

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