Paulo um Exemplo
Missionário
Vivemos em pleno século XXI, século
marcado pelas grandes descobertas, pelos avanços tecnológicos e muitas mudanças
no âmbito social, político e religioso. Na atualidade, encontramos pessoas mais
independentes, materialistas e consumistas querendo construir seu império nesta
terra e esquecendo-se que a vida não é para sempre; estamos aqui só de
passagem.
As igrejas por sua vez, vivendo um
cristianismo cada vez mais pobre e sem compromisso com os perdidos. Observamos
o grande paradoxo vivido pela igreja hodierna; boa parte da liderança constrói
templos cada vez mais suntuosos enquanto o investimento no campo missionário é
pífio. Nunca houve tantos pastores com alto poder aquisitivo enquanto o
missionário é um chamado quase inexistente. A moda hoje é ser pastor presidente
ou itinerante. Está faltando missionário do calibre do apóstolo Paulo.
Buscando nas páginas da Bíblia,
mormente na vida do Apóstolo Paulo, convido-vos a meditar em alguns pormenores
que precisamos resgatar para que o nosso viver e a nossa igreja desemboque em
Missões.
Paulo nos ensina que ser chamado
por Deus implica em ouvir e obedecer a sua voz. Em vários momentos de seu
ministério é perceptível a sensibilidade paulina à voz divina. Em Atos 13 ele
ouviu o Espírito o separando para a obra missionária; em sua segunda viagem
missionária entendeu que o Espírito Santo estava impedindo-o de ir para região
da Ásia. A grande lição é que uma vez chamado por Deus, precisamos deixá-lo
reger a nossa vida. Infelizmente vivemos dias em que as pessoas estão ouvindo
outras vozes e não a de Deus, pessoas estão deixando o dinheiro, a fama e os
holofotes regerem sua vida; urge que venhamos ouvir a voz de Deus. O grande
brado de Deus neste século continua sendo o mesmo escutado por Isaías: “A quem
enviarei, quem há de ir por nós?”
Outra grande lição do apóstolo
dos gentios é o sentimento pelos perdidos. Em At 17, quando estava em
Atenas, seu espírito se comovia ao ver a cidade tão entregue a idolatria. Paulo
tinha uma chama em evangelizar e ganhar almas para Cristo. Um dos grandes males
em nossos dias é a apatia no que tange aos perdidos. Contemplamos a violência
dizimando pessoas todos os dias e não ficamos comovidos; presenciamos a droga
destruindo vidas e famílias e não nos sensibiliza. Este século tem sido marcado
pelo suicídio, pelos assassinatos e enésimos distúrbios psíquicos, no entanto;
isto não faz uma lágrima sequer rolar de nossos olhos. Precisamos ter este
sentimento que é fundamental na obra missionária. Que venhamos fazer a mesma oração
de Jeremias: “Oxalá que minha cabeça se tornasse em água e os meus olhos em
fontes de lágrimas, para chorar de dia e de noite os mortos da filha do meu
povo”.
A visão missionária de Paulo
contribuiu grandemente para o avanço do Evangelho. A visão de Paulo no que
tange à missões era simples; empreender viagens missionárias, plantar igrejas,
treinar líderes locais e escrever cartas para a edificação das mesmas. Em seu
labor missionário, Paulo empreendeu três viagens missionárias, passando por
lugares estratégicos, fundando igrejas e ensinando as escrituras. Em nossos
dias temos um gasto excessivo com missionários que ficam muitos anos no campo e
não treina líderes e nem estruturam igrejas nas escrituras. Uma estatística
revela que de cada 10 missionários enviados, 6 voltam frustrados e desamparados
pela sua igreja. Precisamos repensar a nossa missiologia; precisamos aprender
com Paulo a fazer missões. Mateus em seu relato foi enfático ao dizer que o ide
está associado ao ensino das Escrituras.
Deus conta conosco para uma grande
obra, que venhamos despertar de nossos sonhos, abrir mão de nossos projetos e
nos apaixonar com aquilo que fez Deus se tornar humano e morrer na cruz do
calvário... Almas. Que nossa oração venha ser a mesma de John Ryde, missionário
que ganhou 100 mil indianos para Cristo: “Dai-me almas, senão eu morrerei”.
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