A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

terça-feira, 7 de julho de 2015


Verdades Missionárias em Atos 13

 
Um dos maiores missionários do Novo Testamento, o apóstolo Paulo, indubitavelmente nos ensina com suas atitudes, escritos e a maneira como executava a obra de Deus. Diante de tantos desafios missionários, preme que olhemos para a vida deste arauto do evangelho e aprendamos com ele a viver incondicionalmente pela causa máxima de um chamado: desempenhar com excelência o ministério recebido do Senhor.
O grande apóstolo dos gentios nos ensina em Atos 13 que Deus é que comissiona para a obra missionária. O texto bíblico nos revela que estavam eles servindo ao Senhor, quando o Espírito Santo disse: “Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra que eu os tenho chamado”. O comissionamento divino é imprescindível no envio de missionários.
Um dos homens mais preparados do Novo testamento está sendo comissionado por Deus para gastar a sua vida fazendo missões. Talvez, em nossos dias, muitos não enviariam Paulo ao campo, pois este era o grande teólogo e ensinador, mas também um grande desbravador para levar o evangelho aos gentios.
Infelizmente falta critério no envio de missionários hoje, estatísticas nos mostram que mais de 50% dos que são enviados ao campo, não voltam trazendo seus molhos, mas sim frustrações e decepções. O próprio Jesus nos disse para orarmos ao Senhor da seara para que mande trabalhadores; o que aprendemos aqui é que Deus designa trabalhadores aos campos missionários.
Em Atos 13, Paulo nos ensina que precisamos ser enviado ao campo. O texto nos diz que “depois de jejuarem e orarem, puseram sobre eles a mãos, e os despediram”. Isso nos evidencia que Paulo saiu com as bênçãos do ministério e de sua igreja. É necessário que o missionário seja enviado. Willian Carey, pai das missões modernas, quando estava sendo enviado disse: “estou descendo em busca de almas, mas vocês precisam segurar a corda”. Quando a igreja envia missionário existem algumas verdades que precisamos considerar.
Quando a igreja envia, ela deve-se comprometer com o missionário. O comprometer significa dar todo o apoio que o enviado precisa para o bom funcionamento da obra de Deus, mormente em orações e financeiramente. Um dos grandes males é que muitas igrejas depois de enviar missionários, o abandona no campo e não honra os compromissos financeiros.
Outro ponto a considerar é que o missionário passa a ser o representante da igreja no campo. O fato da igreja orar e impor as mãos implica em delegar autoridades e poder para ser o representante da igreja no campo missionário. Este ato é importantíssimo, pois o missionário é enviado debaixo das bênçãos ministeriais e eclesiásticas, suporte necessário no campo.
Infelizmente não sabemos, quanto tempo durou entre o comissionamento e o envio de Paulo, mas o certo é que precisamos entender que entre o comissionamento e o envio necessita de preparo. Paulo era um homem preparado e versado nas leis, mas precisava de estratégias missionárias.
Hoje não é diferente, Deus vocaciona, a igreja envia, mas o enviado deve se preparar. Temos várias escolas de cunho missiológico para que o vocacionado vem se preparar teologicamente, biblicamente e culturalmente. Quando não existe o preparo e etapas são queimadas pode comprometer todo o processo e os planos serem frustrados, mormente em missões transculturais onde ocorrem os “choques culturais”, a barreira do idioma ou dialetos e a não adaptação do missionário no campo.
Precisamos sim, orar pedindo Deus para vocacionar obreiros, preparar candidatos para o exercício missionário e posteriormente enviar aos campos que estão brancos para a ceifa. Existem vários desafios missionários; o maior deles é a janela 10-40, composta por 62 países, 2.3 bilhões sem conhecimento de Cristo, 97% dos povos não alcançados, 99% dos pobres menos evangelizados do mundo.
Hudson Taylor nos diz que "a obra de Deus começa difícil, torna-se impossível e então é feita".
            Façamos missões enquanto é dia, pois a noite vem enquanto ninguém pode trabalhar.

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