A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

RESGATANDO O VERDADEIRO VALOR DO NATAL

          Aproxima-se o Natal; as pessoas já começam a pensar na Ceia de natal, o vestido novo, na beleza das árvores de natal, pisca-piscas e presentes. Na tradição de nossa sociedade, o Natal correspondia à celebração do nascimento de Jesus Cristo. Hoje este fato deixou de ser ponto central do Natal, passando-se para a ênfase do consumismo. Sem dúvida, os cartões natalinos, enfeites e lembranças fazem com que à noite de natal recorde o Dia de Natal. Mas, o que realmente é o Natal? Qual é a verdadeira essência do Natal?
Para o mercado financeiro, o Natal representa investimento em propagandas e Markentig, tendo como objetivo a obtenção de lucros e vendas cada vez maiores. No âmbito familiar, é a oportunidade de reunir a família para cear, organizar um jantar luxuoso e trocar presentes.
Ao averiguar o dicionário da Língua Portuguesa, Natal é em primeiro lugar tudo o que é relativo ao nascimento e, em segundo lugar é uma festa anual em que a maioria dos protestantes e católicos comemoram em memória ao nascimento de Jesus Cristo.
No passado o Natal estava no fato de comemorar o nascimento do Deus encarnado na pessoa de Jesus Cristo. No meio de uma manjedoura estava nascendo aquele que daria esperança a humanidade perdida. Hoje, infelizmente o Natal virou marketing. Pessoas usam desta data para obtenção de lucros comerciais. Natal hoje é sinônimo de compras, presentes, passeios, luxos, bebidas e guloseimas.
Natal não pode ser símbolo simplesmente de compras e nem festas, pois logo a generosidade de dezembro se transformará nos pagamentos de janeiro e a mágica começará a desbotar. Pensar no Natal de maneira trivial é um acinte à encarnação de Deus.
É preciso resgatar a visão bíblica do Natal. Quando olhamos para os magos, vemos que os mesmos segundo a tradição histórica vieram da Mesopotâmia até Belém para adorar o Cristo e oferecer ouro, incenso e mirra. O que isto significa? Alguns enfatizam que o ouro fala de sua realeza, o incenso de sua Divindade e a mirra de seu sacrifício. Esta visão deve ser resgatada. O Natal é o momento propício para O vermos como Rei e dar a Ele aquilo que temos de melhor, a nossa vida para a sua obra; contemplarmos também a sua Divindade e darmos a adoração que lhe é devida, pois o incenso no tabernáculo representava a adoração, adoração e Divindade estão intimamente ligados; e também momento de lembrarmos que no seu nascimento estava nascendo a esperança de um Messias, era a prova cabal de todos os vaticínios proféticos. Ele nasceu e com ele os sonhos de Deus de libertar um povo cativo e tirá-los do vale das trevas.
Os Magos saíram de tão longe para lhe renderem adoração e presentes porque sabiam que aquele era um nascimento que mudaria o mundo e a vida das pessoas que tivessem a mesma percepção. Todas as pessoas que reconheceram o valor do nascimento de Cristo tiveram suas vidas mudadas: a mulher samaritana (Jo 4); a mulher adúltera (Jo 8); o endemoninhado gadareno (Mc 5) e milhões de pessoas espalhadas por este mundo que foram transformadas por conhecerem o verdadeiro sentido do Natal.
Uma das passagens mais belas que posso encontrar na Bíblia é a passagem do “Jantar em Betânia”. Jesus estava na casa de Simão, o leproso, quando uma mulher aproximou e derramou um vaso de nardo puro sobre a cabeça de Jesus. Notem bem que aquele perfume era equivalente a um ano de trabalho. O que fez esta mulher executar tal ato foi compreender a verdadeira essência de Cristo.
 O Natal é o momento propício para repensarmos sobre o que verdadeiramente Cristo significa para nós e assim devotarmos a Ele a nossa gratidão e devoção. Oferecendo aquilo que temos de mais precioso; a nossa vida com todos os nossos sonhos.
É hora de alegrar-nos, porque mais do que em qualquer outra ocasião pensamos nEle. Mais do que qualquer outra ocasião, seu nome está em nossos lábios.
Quero orar para que aqueles que contemplaram JESUS hoje possam encontrar com Ele nos demais dias do ano, pois reconhecer o Cristo do Natal, em sua forma mais pura, nada mais é do que viver a sua vida em nós, é imita-lo em tudo e ter os mesmos sentimentos, atitudes e pensamentos que houve em Cristo Jesus . . . essa é a síntese natalina.

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