A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Aspectos da Liderança

Falar sobre liderança se constitui em despir-se de alguns mitos que as pessoas absorveram durante alguns anos, mormente com as tendências e influências do mercado.
Vivemos em um mundo capitalista, onde somos treinados para produzir e cobrados quando não produzimos. O próprio conceito de líder mudou. Em sua etmologia líder é aquele que treina (um professor), mas hoje se tornou uma pessoa que tem a obrigação de gerar sucesso e expandir, enfim. . . temos a difícil meta de fazer as coisas acontecerem. Fomos infectados pela síndrome de Atlas. E quando não atendemos as expectativas do mercado, somos ejetados do sistema.
 O nosso labor é cheio de percalços e desafios e o que vai nos fazer não é simplesmente a capacidade de lhe liderar o mundo de fora, mas sim saber liderar a nossa própria vida sabendo contornar os obstáculos, entendendo as tendências e ao mesmo tempo as sutilezas das filosofias, encontrar força diante das perdas e se reerguer mesmo que diante das cinzas.
A sociedade através da educação muitas vezes nos ensina a lhe dar com o sucesso e com as conquistas, com a fama e com o glamour, mas não fomos ensinados a lhe dar com o caos, com as perdas e com os lugares fora dos pódios. É necessário superar a nos mesmos antes de superar os outros. Infelizmente muitas pessoas estão presas nas aparentes contradições da vida, isoladas em sua pequenez e lamuriando pelas oportunidades perdidas na vida.
A história nos lega a história de um homem simples, filho de lavradores e que com 9 anos de idade perdeu sua mãe. Por não ter recursos financeiros, muitas vezes pegava livros com os amigos e vizinhos para ler. Por 2 vezes tentou montar seu próprio negócio e faliu. Ao ser eleito deputado, um ano depois sua noiva veio a falecer e após 1 ano caiu em depressão profunda. Passou por 7 significantes perdas entre candidato a dep. Estadual, federal, senado e vice-presidente. Ele não de quedou, depois de todas estas derrotas se elegeu presidente dos EUA. Ele não foi apenas mais um presidente e sim Abraham Lincoln, um dos maiores líderes que emancipou os escravos de seu país, um poeta da democracia moderna e dos direitos humanos.
Precisamos aprender a esperar o tempo certo, não sermos prematuro na liderança e fugir de tudo que nos dê resultados imediatos. A sociedade hoje vive em prol de um pragmatismo, onde vigora a filosofia de que os fins justificam os meios. Aprendi um ditado que diz: “Aquele que toma posse de uma herança apressadamente, seu fim não é bom”.
Existe uma espécie de bambu conhecida como “bambu chinês”. Esta espécie me chama a atenção, pois durante de 5 anos plantando na terra ele não apresente nenhum sinal aparente de vida, fica debaixo da terra. Após 5 anos ele dá os primeiros sinais de vida e começa a romper a escuridão da terra para receber os primeiros raios solares. Esta espécie é uma das mais resistentes e atinge uma das maiores alturas. Durante os 5 anos de anonimato ele só cresce para baixo solidificando mais suas raízes e extraindo os melhores nutrientes. Em conseqüência disto, ele se torna resistente aos vendavais e temporais. Precisamos entender que o líder não nasce pronto e sim é um processo que demanda tempo. Vivo com o seguinte lema: “não é a ascensão meteórica que garante uma boa liderança, mas sim o tempo que se leva para estar em liderança”.
            Como líder, precisamos criar a idéia de corpo e não de membros. Quando não se tem um corpo, existe competição, traição e desavenças.
No reino animal, encontramos um animal que se comparado a outros teria enésimos motivos para se quedar diante dos desafios. Mas se eles não existissem os ecossistemas deixariam se existir e muitas espécies não existiriam. Estamos falando da formiga que se caracteriza pelo corporativismo, cuja união leva a força e neste lema elas se encorajam mutuamente. Elas se comunicam pelo cheiro. Quando uma formiga está em perigo, ela solta um odor para alertar as companheiras, transmitindo um aviso de que as demais devem fugir. O odor varia conforme a situação, mas o ser humano não consegue sentir esse cheiro. Se olharmos para a história, veremos que as vitórias só foram possíveis quando existiu união. Um reino dividido contra si mesmo ele está fadado ao fracasso. Precisamos voltar ao lema dos mosqueteiros: “Um por todos e todos por um”.             Temos que estar unidos para fortalecer a nossa unidade, a nossa empresa, a nossa casa, o nosso partido. . .precisamos criar o sentimento de que não é o líder que perde e sim todos. . .não é só o técnico, é o time e conseqüentemente seus torcedores.
            Estes são apenas alguns aspectos para repensarmos sobre um líder que faz e marca a história. 

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