A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Santidade na Pós-modernidade

Nunca em nossa história falamos tanto em corrupção; a cada dia instaram CPI’s e o povo como muitas “pizzas”, tem de todos os sabores e. Em nossa cultura vigora a lei de Gerson e em nosso cotidiano vivenciamos uma verbete bem brasileira; é o famoso “jeitinho”. Jeitinho este que muitas vezes nos leva a ignorar direitos e deveres.
Como diz o poeta: “... assim caminha a humanidade”.
Neste caos que vivemos de valores éticos e morais, torna-se necessário pautar a nossa vida nos princípios bíblicos, pois a Bíblia ainda é a única regra de fé e prática.
Já no Antigo Testamento, Deus exigia do povo um viver santo, ou seja; separado de coisas que denigrem a nossa imagem como filho de Deus. A palavra “santo” é tão somente o ato de separar e consagrar algo para uso de alguém. Em todos os momentos Deus exigiu que o povo fosse santo, pois Ele era santo.
Para entendermos melhor o que é “santidade”, “santo” e “santificar”, é necessário saber que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus, mas com a queda esta imagem ficou distorcida. No Antigo Testamento, o foco de tais verbetes é tão somente o ato de separar e consagrar. O povo deveria viver uma vida separada de tudo o que era abominável a Deus como está resumido no decálogo. A palavra santificação significa apartar-se do mal e dedicar-se ao serviço de Deus. Só no livro de Levíticos, encontramos a palavra “santo” por 73 vezes.
No Novo Testamento, esta idéia ganha significados ainda maiores, pois não está circunscrita ao separar e consagrar, mas em processo de resgatar a “Imago Dei” (termo latim para Imagem de Deus). Vejamos.
O escritor aos Hebreus nos diz que sem a santificação ninguém verá a Deus, Paulo disse para que todo o nosso espírito, alma e corpo fossem conservados irrepreensíveis para a vinda do Senhor Jesus. O apóstolo João nos diz que ainda não é manifestado o havemos de ser, mas quando Cristo se manifestar, seremos como Ele é e o veremos face a face. Jesus no sermão do monte pediu para que fóssemos perfeitos como perfeito é nosso Pai que está nos céus. Diante de tais texto, concluímos que para ver Deus temos que ser primeiramente como Ele é. Neste caso a santificação é o processo pelo qual precisamos passar para que dia-a-dia esta “Imago Dei” seja resgatada em nós.
Baseado nisto, observamos que existia uma preocupação dos apóstolos do primeiro século em levar o povo a viver uma vida de santidade na presença de Deus. Paulo, um dos maiores expoentes do primeiro século, nos exorta ao dizer que a santificação é a vontade de Deus para as nossas vidas. Ao observar o contexto paulino constatamos que ele vivera em uma sociedade plurarista, pragmática, hedonista e que não difere de nada de nossa sociedade.
Lendo alguns artigos relacionados à minha pós-graduação sobre plágios de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso tive a tristeza de ver uma estudante de Teologia de um dos núcleos educandários das Ass. de Deus confessar para a repórter que vende cada monografia por uma quantia de R$ 200,00 (Duzentos Reais), e este dinheiro servia para suprir algumas necessidades básicas.
Pensando sobre tal reportagem, ilações vieram e comecei a enumerar enésimas coisas erradas que justificamos com nossas “necessidades”; e muitas vezes dizemos que “não tem problema”, “não faz mal” ou até mesmo “Deus perdoa” Precisamos estar cientes que os valores do Reino não podem ser trocados por necessidades e prazeres efêmeros.
Precisamos acordar de nosso torpor, abandonar nossas fantasias e começar a viver uma vida de santidade a Deus. Não esta santidade que muitos demonstram pelo seu exterior, mas principalmente com uma vida digna de ser vivida, vida de renúncia às vantagens dos “imperadores denominacionais e políticos”. Precisamos dizer não às negociatas, as festinhas juninas (festa a deusa Juna – deusa da fertilidade e sexo), parar de burlar o leão, frear nossas ambições e viver verdadeiramente Cristo em nossas vidas.
Paulo chegou a dizer que morria todos os dias. . .este deve ser o objetivo do cristão, morrer todos os dias para o mundo e para o próprio “EU”, e viver uma vida plena na presença de Deus.
Deus nos convida para sermos vasos de uso exclusivo. . .vivermos uma vida anormal onde tudo é normal.
            O último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, nos diz que: “Quem é puro purifica se mais”. É hora de mudar e transformar este mundo com a santidade de Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário