A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

quarta-feira, 5 de junho de 2013


A Arte de não Esperar. . .

 
Vivemos em um contexto denominado de hipermodernidade onde as coisas se processam de maneira rápida demais. Compra-se um smartphone e em poucos instantes ele está ultrapassado; no mundo automotivo os modelos e acessórios mudam quase que no mesmo instante.
Toda esta maneira de perceber e viver o mundo que nos cerca nos leva a mudar nossas atitudes e terem as nossas decisões pautadas por ideologias como o capitalismo, consumismo e o pragmatismo. Bombardeado 24 horas por estas filosofias através da mídia e pelas comunidades sociais, nos perguntamos: Por que esperar se sou livre e posso tomar as minhas próprias decisões?
O certo é que não gostamos de esperar; não gostamos de esperar no trânsito. . . não gostamos de esperar na fila do supermercado. . . não gostamos de esperar uma promoção no emprego. . . não gostamos de esperar o tempo certo das coisas acontecerem. . . e como diz o poeta: “assim caminha a humanidade”. Por não gostar de esperar, estamos sempre atropelando as coisas, queimando etapas, perdendo momentos mágicos de nossa existência e nos frustrando com o desastre de nossas escolhas. Consideramos-nos adultos na tomada de decisão, mas crianças nas conseqüências.
Infelizmente, este ciclo de vida e o frenesi da vida moderna têm acarretado uma série de conseqüência na vida das pessoas. Estudos mostram uma mudança de comportamento na vida das pessoas tornando-as mais irritadas, explosivas, impacientes, inconseqüentes e apáticas quanto ao verdadeiro sentido da vida.
Indubitavelmente, esta é uma geração que descobriu muitos prazeres, mas convive com o caos da solidão e da culpa; tem a possibilidade de conversar com pessoas do mundo inteiro com um click, mas está carente de calor humano e de  relacionamentos; geração que conquista liberdade, mas se tornam prisioneiras do seu próprio EU, geração que não aceita limites, mas convivem com conseqüências muitas vezes irreversíveis.
As doenças psicossomáticas viraram uma constante no mundo hodierno. Segundo estatísticas, existem no Brasil aproximadamente 28 milhões de psicopatas, 18 milhões de esquizofrênicos e aliado a isto pessoas que sofrem algum tipo de fobia.
Segundo Cury, o ser humano aprendeu a conquistar o mundo de fora, mas esqueceu de conquistar a si mesmo. Estas demências têm tomado conta da vida das pessoas pelo fato de não saberem lidar com suas emoções e sentimentos.
O Mestre da Vida, JESUS, disse certa feita que “é através da vossa paciência que obterão a própria alma”. Em outro texto chegou a asseverar: “de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Alma aqui é derivada da palavra grega “psiquê”, dando idéia das emoções e sentimentos do ser humano ou aquilo que faz dele um ser vivente.
As palavras de Jesus se tornam atuais e preme de profunda meditação, pois apesar de terem sido proferidas a mais de 2000 anos atrás, nos serve de antídoto para este mal que tem acometido o presente século.
Precisamos lutar por nossos ideais, sonhos e investir tempo e forças em nossa carreira profissional, mas não nos esquecermos que somos seres humanos e temos limites. . . que venhamos correr, mas não perder a saúde, que venhamos crescer, e chegar ao zênite profissional sem perder a nossa alma. . .
Lute e espere, pois quem espera sempre alcança!

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