A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Lições Aprendidas no Cárcere

           Meditando sobre a difícil e desafiadora história de José, passo a rever alguns pormenores que nos levam a pensar algumas questões enfrentadas em nosso viver diário. Podemos dividir a vida de José em 3 etapas; primeiro a fase da infância onde são lhe passado valores e ao mesmo tempo sofre com algumas perdas e rejeição. A segunda fase podemos definir quando é vendido como escravo pelos próprios irmãos indo para uma terra distante, e lá injustamente foi parar no cárcere. A terceira e última  se caracteriza por sua ascensão a governador do Egito.
            Quero me ater na segunda etapa de sua vida e extrair algumas lições para que possamos entender mais sobre os descaminhos que muitas vezes acontecem durante o nosso jornadear. Após algumas decepções, perdas e calúnias, José ainda tem que aprender algumas coisas no cárcere. O que o cárcere tem a ensinar? Vejamos. . .
            José precisava aprender que enquanto pensamos em soluções temporárias, Deus tem um plano bem maior. Percebemos isto quando José interpreta o sonho do copeiro e faz um pedido para que o mesmo lembrasse dele quando estivesse diante de Faraó. Isto revela o quanto José estava de maneira desconfortável naquela prisão, apesar de o chefe dos prisioneiros. Isto acontece em nossas vidas, somos exímios em perguntar sobre os “porquês” das coisas e procuramos soluções temporárias; precisamos entender que a prisão em nossa vida é temporária e que estamos ali para aprender algumas lições. Temos o problema de termos uma visão limitada e por isso queremos soluções rápidas, pois pensamos apenas no presente e não em nosso futuro. Deus cuida de nós em todas as esferas; Ele que que tenhamos um presente abençoado e um futuro promissor. Nossas vidas deve estar sempre nas mãos do Deus todo-poderoso.
            A segunda grande lição era aprender que o tempo de Deus não é o nosso e que existe um tempo determinado para todo o propósito debaixo do céu. Computando a vida de José desde que foi vendido como escravo até se tornar governador do Egito temos 15 anos. Em nossa vivência sempre achamos que estamos pronto, Deus não queria apenas libertar um escravo e sim fazê-lo governador, Deus não queria apenas tirá-lo da prisão e sim exaltá-lo diante de todo o povo egípcio. O tempo é maior escola que temos. . . muitas vezes o tempo nos angustia, os minutos parecem uma eternidade, mas precisamos crer que Deus está nos preparando para algo muito maior, segundo o apóstolo Paulo é algo que não subiu ao coração do homem. Creia que o tempo de Deus chegará em sua vida. Não importa o quanto esperaremos, mas sim que vale a pena esperar, pois toda noite termina em dia, depois de toda tempestade vem uma grande bonança, depois da tentação vem os anjos para estar conosco, depois de 40 anos no deserto tem a terra que mana leite e mel e depois da prisão existe um reino para governar.
            José precisava aprender que independente do lugar que estamos e do momento que atravessamos não podemos deixar nosso coração azedar. José tinhas motivos de sobra para ser uma pessoa decepcionada com a vida e se queixar de tudo e de todos, mas mesmo estando preso injustamente ele não se quedou, mas continuou perseverante , vivendo com alegria e alimentando-se de esperança todos os dias. Usando o momento adverso para crescer e desenvolver seu caráter. Mesmo estando preso, José se tornou o chefe dos prisioneiros. Somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e como queremos viver a vida. Não importa o que a vida fez, e sim a maneira como nos portamos diante do fato. José, apesar de estar longe do casa e em meio a um momento totalmente adverso ela alimentou a sua mente com pensamentos que lhe dava alento e vontade de continuar a viver. O que faz a diferença não é o lugar que estamos e sim a maneira como lidamos com as situações da vida.
            Deus queria que José aprendesse que podem manter o homem preso, mas não os sonhos de Deus. Não existe lugar mais propício do que na adversidade para acreditarmos que os sonhos de Deus não morrem. Não importa o que a vida fez de você, nem mesmo o que as pessoas pensam a seu respeito; oque importa são os sonhos de Deus que não podem morrer em nossa vida. Nossa vida não deve ser regida por horóscopos, nem por achismos e sim pelos sonhos de Deus. Os irmão de José jogaram-no numa cova, venderam-no como escravo e depois foi parar no cárcere, mas o que Deus tem para as nossas vidas homem nenhum pode matar ou impedir. Deus quando quer agir transforma bênção em maldição, fracasso em sucesso, dívida em prosperidade, morte em vida e prisão em palácio.
            José teria que aprender que o agir de Deus é invisível e imprevisível. José estava em um cárcere e nem sabia como Deus estava trabalhando a seu favor em cada circunstância da vida, em cada perda, em cada injúria e em cada lágrima. Nós, necessitamos entender que tudo na vida tem um motivo e que Deus está em cada detalhe. Paulo, ao entender esta verdade teológica pode dizer: “Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam a Deus, a saber; os que são chamados por seu decreto”. O que mais angustia o ser humano é o fato de não ter controle sobre a situação. Quando aceitamos o agir de Deus nos submetemos ao seu agir; embora não vemos, mas a mão invisível de Deus está trabalhando. O outro fator é que não sabemos como virá a solução, pois o agir de Deus tem hora marcada pra Ele e não para nós; não é segundo os nossos métodos, mas segundo os seus desígnios. O profeta Isaías ao entender esta verdade disse: “Desde a antiguidade não conheceu, nem viu com os olhos um Deus além de tyi que trabalha em prol daqueles que nele esperam”.
            Algumas lições podem ser aprendidas em sala de aula ou em um banco confortável de uma igreja, mas na escola divina nada é perdido, Ele nos leva para os lugares mais escabrosos da vida para nos ensinar algo. Jacó precisou de passar o vau de Jaboque para entender que uma vida de engano e de fuga não vale a pena. Davi precisou de uma caverna e da companhia de homens vadios e endividados para entender que dentro de cada ser humano existe um diamante a ser lapidado. Moisés precisou está no deserto para aprender que para libertar um povo não é com violência e sim com o poder de Deus. . .
            Deus poderia muito bem nos deixar na zona de conforto, mas Ele quer cresçamos e vivamos uma vida mais rica sendo útil para Ele.


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