A Teologia nossa de cada Dia - Reflexões sobre os valores do Reino em uma sociedade dita pós-moderna.

terça-feira, 21 de abril de 2015


Sejam Uma Só Carne. . .

 
         Quando Deus cria o homem é a mulher no jardim do Éden, o grande ideal foi: “seja uma só carne”. Este termo uma só carne traz grandes implicações, incluindo união sexual, geração de filhos, intimidade espiritual e emocional e demonstração de respeito um para com o outro. Muitos investem verdadeira fortunas em seu casamento, viajam em lua de mel, mas voltam em crise.
            Infelizmente, estamos vendo muitos casos de divórcios, no ano de 2010 teve a mais alta taxa de divórcios já registrada, de cada três casamentos, um foi desfeito. O sentimento que une as pessoas tem servido apenas de combustão, mas não gasolina para fazer este grande empreendimento funcionar.
Diante de tais questões, pergunto: Por que pessoas que se amam, durante a vida deixam de se amar?
Por que muitos casamentos se acabam?
            Analisando alguns textos e a própria vivência em aconselhamentos, quero elencar alguns pormenores que fazem toda diferença na vida conjugal.
            Infelizmente muitos casais moram juntos e não se tornam uma só carne por faltar diálogo. Em nossa sociedade de correria, stress e conquistas estamos perdendo a capacidade do diálogo, mormente dentro de nosso lar. Já não priorizamos o culto doméstico, nem mesmo as conversas à mesa em nossas refeições. Tal procedimento tem produzido um grande prejuízo na vida familiar. Vivemos a época das redes sociais; facebook, instagran e whatsapp. Através destes mecanismos temos acesso as informações e acabamos perdendo nossa privacidade. Muitos não estão preparados para esta realidade e ter relacionamentos virtuais passou a ser fácil e um “refúgio” que se torna uma prisão de culpa e remorso diante de seu consorte. Estatísticas mostram que o facebook é citado como motivo de uma a cada três separações no país.
O apóstolo Paulo nos adverte a “aproveitar bem as oportunidades, pois os dias são maus”. Precisamos valorizar o tempo com nosso cônjuge e família.
Outro aspecto a considerar é que muitos se casam, mas não divorciam de seus pais. O texto é bastante claro ao dizer: “deixará pai e mãe e se unirá...”. no casamento é necessário entender a grande dinâmica da vida. Acho lindo a entrada dos nubentes no dia do casamento, onde o pai leva a noiva até a metade do trajeto e o noivo vem buscar a noiva e ambos se despedem dos pais. Esta metáfora é fantástica, pois retrata como deve ser a vida dos casados. É necessário ter uma independência financeira, emocional e material, mas nunca esquecer de honrar. Infelizmente muitos tem compartilhado a intimidade conjugal aos pais expondo as deficiências um do outro ante a família. Na dinâmica do casamento, é necessário entender o limite entre a nossa família e o nosso cônjuge. Lembremo-nos sempre; somos responsáveis pelo casamento que temos.
Muitos casais não se tornam uma só carne, pois não conseguem lhe dar com as verdades ditas pelo cônjuge. Na vida a dois precisamos cultivar a sinceridade e a verdade em nosso relacionamento. As verdades têm um poder curador e libertador. No casamento não podemos lhe dar com mias verdades; precisamos ser franco entendendo sempre que a verdade tem de ser dita com sabedoria e regado com muito amor. Existem pessoas que tem medo de expor para o seu cônjuge as coisas que ferem, que matam e que minam qualquer possibilidade de viver a dois. Se quisermos ter um relacionamento frutífero, precisamos ser leais conosco e com nosso cônjuge. Salomão nos diz que “beijados são os lábios que respondem com verdades”.
Que Deus nos ajude a sermos leais a Ele e ao nosso cônjuge, para que venhamos viver o grande projeto nesta vida: “Ser uma só carne”. Que sejamos íntimos a ponto do coração bater na mesma sincronia. . . onde a dor de um seja sentido pelo outro à distância. . . a alegria seja radiosa e contagiante. . .

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