Procura-se Trabalhadores para a Ceifa. . .
Esta tem sido a urgência de nosso
tempo. Urgência de ceifeiros. Jesus, em seus sermões salientou para que
rogássemos ao Senhor da seara para enviar trabalhadores para a ceifa (Lc 10:2).
Em outra passagem, exortou aos discípulos a levantar os olhos, pois os campos
estavam brancos para a Ceifa (Jo 4:35).
Durante o ministério de Ezequiel, o
profeta nos mostra que Deus procurou alguém que estivesse na brecha, e a
ninguém achou (Ez 22:30). Em nossos dias, a história se repete, de modo que
estamos com falta de trabalhadores na obra. Vemos convenções repletas de
“obreiros”, púlpitos onde pastores fazem rodízio para se assentar, no entanto
estamos com uma falta imensa de obreiros. Como justificar este grande paradoxo?
Esta urgência de trabalhadores se
deve ao fato de vivermos um período dominado pelo sucesso e não pelo triunfo
ministerial. Hoje, ministério bem-sucedido se caracteriza por agenda cheia,
estabilidade financeira e prosperidade material. Nesta “obsessão santa” pelo
sucesso, as pessoas abrem mão de valores éticos e morais e passam a viver numa
ilusão de que estão trabalhando na seara do mestre. Quem trabalha para Deus
busca glória para Deus e não pra si mesmo (Jo 3:30); divulga Jesus e não seu
ministério (II Co 10:12); visa almas e não fama e sua motivação em fazer a obra
é os céus e não o enriquecimento (I Pe 5:2). Paulo, o incansável arauto da
igreja primitiva, é um dos exemplos clássicos de triunfo ministerial, vejamos:
“recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos uma. Três vezes fui
açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma
noite e um dia passei no abismo (II Co 11:24-25). O Rev. Hernandes Lopes disse
que as pessoas amam a obra, mas não o seu dono. Que nossas motivações venham
ser alinhadas de acordo com a Palavra de Deus.
Esta urgência de obreiros está no
fato de termos muitos que estão apenas envolvidos com a obra e não
comprometidos. Encontramos em várias esferas, pessoas que acostumaram a
fazer determinadas coisas, mas que infelizmente perderam a motivação inicial,
vivendo quase que no piloto automático. Os envolvidos vão à igreja, mas não
adoram e nem prestam culto, os envolvidos amam a teoria, mas não a práxis
cristã. Vivemos a época da pregação mecânica. O comprometimento vem quando
amamos Deus acima de todas as coisas, quando os sonhos de Deus se tornam o
nosso sonho e quando aceitamos sem ressalvas a vontade de Deus em nossa vida.
Os envolvidos acabam caindo em um ativismo religioso como a igreja de Éfeso que
fazia de tudo, mas não tinha a motivação que era o amor. A Igreja de Éfeso
sofria as tribulações, testavam os apóstolos, no entanto, foi tenazmente
repreendida por Jesus, pois faltava amor. Em nossos dias contemplamos esta
síndrome destruindo as pessoas, fazem por que são obrigadas ou alguém está
vendo. Nossa necessidade é de obreiros servos e fiéis que se deixam gastar pela
obra do mestre.
Esta urgência de obreiros está no
fato de termos muitos que amam o título e não o desempenho da função. A Bíblia nos fala que foi Deus que escolheu
uns para Evangelistas, Apóstolos, Profetas, Pastores e Mestres para a
edificação do Corpo de Cristo. Cada um destes títulos traz uma grande missão a
desenvolver, mas infelizmente em nossos dias existe muito mais uma hierarquia
ministerial do que funções diversas dentro do ministério. Lembremo-nos do
apóstolo Paulo em sua missiva à igreja de Corinto dizendo: “ora, há diversidade
de ministérios, mas é o Senhor que opera”. Estamos com falta de servos fiéis
que cumpram com excelência seu ministério. Estevão foi um diácono que serviu a
Jesus ratificando com seu sangue todo ardor ministerial aos ser o primeiro
mártir da igreja primitiva; Felipe foi um evangelista que ouvia a voz de Deus a
ponto de sair de uma metrópole e ir ao caminho deserto por causa de uma alma
que necessitava ouvir o evangelho. João, o apóstolo do amor foi parar na Ilha
de Patmos por ser fiel à palavra do Senhor. Paulo era um missionário, pastor e
mestre que incansavelmente batalhou pela excelência do ministério confiado a
ele.
Estamos
com falta destes obreiros, obreiros que gastam e se deixam gastar na obra do
mestre... obreiros que pregam todo o designo de Deus... obreiros que conheçam o
valor de uma alma... obreiros que entendem a urgência da obra... obreiros que
tenham olhos e ouvidos abertos... obreiros cujo coração sejam inflamados pela
vocação e não pelo tilintar das moedas... obreiros que amem a Deus acima de
todas as coisas...
Roguemos
sim a Deus, para que envie estes obreiros para sua Seara!
Pastor, li e gostei do artigo, pois trás a tona uma triste realidade que a tona"Igreja" tem presenciado nos nossos dias. Oxalá quando cedamos à tentação de mercantilizar evangelho de Cristo, e ao invés disto devemos, assim como o mestre Jesus, "expulsar" os mercadores que tendem a mudar a essência do evangelhos .
ResponderExcluirOutra vez, parabéns pelo artigo!