A Corrida Cristã
A vida cristã segundo a Bíblia é uma
corrida, cuja linha de chegada é a eternidade. Na epístola aos Hebreus, o autor
da missiva exorta os cristãos a correr com perseverança para a carreira que
está proposta. Olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé (Hb
12:1-2).
Esta ideia de corrida coaduna com a
visão paulina da lida cristã descrita em I Co 9:24-27, onde a nossa vida é
comparada à de um atleta.
A expressão "atleta",
oriunda do grego nos dá uma ideia de "competir por um prêmio"; sendo
assim o atleta tendo como objetivo uma coroa (stephanos - grego) de
ramos de oliveira tinha uma vida de intenso treinamento, autodisciplina e foco.
Ao usar esta metáfora do atleta, o apóstolo Paulo nos diz que o atleta terreno
vai até o limite do seu corpo para conseguir uma coroa que dias depois estará
seca (corruptível); diante disse, o apóstolo nos exorta a ter um empenho ainda
maior, pois a nossa herança é incorruptível. Nós, como atletas da causa do
Evangelho precisamos de autodisciplina no que tange ao serviço cristão e
espiritual. Os cristãos do primeiro século se tornaram mártires pela coroa
incorruptível, lutaram contra impérios e perseguição, pois sabiam que a coroa
celestial estava reservada aos vencedores da corrida cristã.
O escritor aos Hebreus fala que precisamos deixar todo
embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia. O verbo “deixar”, fala de renúncia
ou abrir mão. O verdadeiro atleta quando foca a vitória e no prêmio abre mão de
deleites, pois precisa de foco e treinamento. Na saga espiritual, não é
diferente, precisamos renunciar o pecado que de perto nos rodeia. Todos os dias
o pecado está diante de nós, mas o “prêmio da soberana vocação”, como disse
Paulo deve ser maior do que qualquer coisa desta vida... maior do que qualquer
deleite ou possibilidade de nos afastar do alvo. O grande apóstolo das missões
primitivas nos diz que seu alvo era Cristo. Aconselhando seu filho espiritual
Timóteo aulo disse: “Aquele que milita a boa milícia, não se embaraça com os
negócios desta vida, pois agrada aquele que o alistou”.
Em seus derradeiros momentos ele sentiu que sua partida
estava próxima e por isso disse: … me aguarda a coroa que o justo juiz me dará
naquele dia, não somente a mim, mas a todos que amarem a sua vinda”.
O
texto nos informa que a nossa carreira foi proposta. O verbo “agon”, termo que
originou "agonia", era a competição ou carreira. Existe
um curso definido, regras fixas e um alvo estabelecido. Esta é a carreira que
nos foi proposta por Cristo. Como atletas temos regras que precisam ser
obedecidas para não sermos desclassificados. Ao escrever à Timóteo, Paulo diz:
“Ninguém é galardoado se não militar legitimamente”. No mundo desportista,
muitos usam de “doping” para se beneficiarem de algum motivo, mas são
desclassificados.
Estamos em uma grande maratona, onde
muitas coisas acontecem para nos tirar do foco. Enfrentamos a exaustão do corpo,
as crises internas que nos levam a alguns revezes. Muitas vezes, nossa visão
fica turva devido ao cansaço ou cegueira momentânea devido aos holofotes.
Diante de tais situações o escritor aos Hebreus nos mostra duas fontes de
motivações. A primeira é que estamos rodeados de uma grande nuvem de testemunha
que são os heróis da fé que nos servem de inspiração. Em segundo lugar é que
precisamos olhar firmemente para o autor da nossa fé – JESUS.
A Nossa corrida cristã começou no
calvário e acabará na eternidade, por isso corra, ande, rasteje, mas não pare,
pois a promessa é para os vencedores. Ao que vencer farei coluna do templo do
meu Deus e jamais sairá; darei uma pedra branca e um novo nome; concederei
autoridade sobre as nações e vara de ferro para reger as nações; concederei que
se assente no meu trono; darei de comer da árvore da vida e vestirei de vestes
brancas e confessarei o seu nome diante do Pai e dos anjos.
Inflamados com o poder pentecostal,
vamos rompendo em fé para a carreira que nos está proposta.
Que Deus nos ajude!
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